quarta-feira, 1 de julho de 2009

O PENSAMENTO DE CHARLES DARWIN NO LEITO DE MORTE

DARWIN DIANTE DA MORTE


A postura de cada um na iminência da morte pode esclarecer suas motivações e escolhas durante a vida. Em geral, quanto mais maturidade se tem, mais condições de avaliar tais escolhas. As fotos mostram Darwin em sua juventude e em sua idade avançada.

Como estamos no ano de Darwin (2009), 150 anos de sua obra A Origem das Espécies e 200 anos de seu nascimento, que se inclua na lembrança deste ícone da ciência contemporânea, suas tão importantes palavras no leito de morte. Elas podem indicar onde estão as chaves que abrem as portas do cativeiro do pensamento humano. Medite e avalie por si mesmo.

A VISITA DE LADY HOPE A CHARLES DARWIN

Os estudantes da teoria da evolução podem surpreender-se ao saber que, no final de sua vida, Charles Darwin retornou à sua fé na Bíblia. O relato a seguir foi feito por Lady Hope, de Northfield, Inglaterra, uma maravilhosa mulher cristã que esteve muitas vezes ao lado de sua cama nos seus dias finais.
Foi numa dessas gloriosas tardes de outono que às vezes temos na Inglaterra que fui chamada para entrar e sentar-me com Charles Darwin. Sempre que eu o via, com sua presença elegante, eu imaginava que dele se podia pintar um quadro formidável para nossa Academia Real, mas nunca pensei tanto nisso como nesta ocasião em particular.
Ele estava sentado na cama, apoiado em travesseiros, olhando fixamente para uma cena distante no bosque e nos campos de milho que reluziam à luz de um maravilhoso pôr-do-sol.
Seu semblante iluminou-se de prazer quando entrei no quarto. Ele acenou em direção àjanela, apontando para a bela cena do poente. Em sua outra mão ele segurava uma Bíblia aberta, a qual ele sempre estava estudando.
“O que você está lendo agora?”, perguntei.
“Hebreus”, ele respondeu. “O Livro Real, como eu o chamo”. Então, à medida que colocava seus dedos sobre certas passagens, ele comentava sobre elas.
Fiz algumas alusões às fortes opiniões expressas por muitos sobre a história da criação, e sobre os julgamentos que faziam a respeito dos primeiros capítulos de Gênesis. Ele pareceu angustiado, crispando seus dedos nervosamente, e um ar de agonia tomou conta do seu rosto ao dizer: “Eu era um jovem com idéias informes. Soltava perguntas, sugestões, indagando o tempo todo sobre tudo. Para meu espanto, as idéias se alastraram como fogo. As pessoas fizeram delas uma religião”.
Ele ficou em silêncio por um tempo e depois de dizer algumas frases sobre a santidade de Deus e a “grandeza deste Livro”, olhando com carinho para a Bíblia que estava segurando o tempo todo, ele disse:
“Tenho um quiosque no jardim que comporta cerca de trinta pessoas. É ali (ele apontou através da janela aberta). Gostaria muito que você falasse lá. Sei que você lê a Bíblia nas aldeias. Amanhã à tarde gostaria que os empregados neste lugar e alguns inquilinos e vizinhos se reunissem ali. Você lhes falaria?”.
“Sobre que devo falar?”, perguntei.
“Cristo Jesus”, ele respondeu num tom claro e enfático — e acrescentou num tom mais baixo: “e Sua salvação. Não é o melhor tema? Depois quero que você cante alguns hinos com eles. Você pode acompanhá-los com seu pequeno instrumento, não pode?”
O brilho do seu rosto, quando ele disse isto, eu nunca esquecerei, pois acrescentou: “Se você fizer a reunião às três horas, esta janela estará aberta, e você saberá que estou cantando junto com vocês”.
Haveria uma cena mais dramática? O âmago da tragédia nos é exposto aqui! Darwin, um entusiasta da Bíblia, falando sobre a “grandeza deste Livro”, e sendo lembrado de que o movimento evolucionista moderno na teologia, unido ao criticismo cético, destruiu a fé bíblica de multidões. Darwin, com um ar aflito, lamentando-se por tudo e declarando: “Eu era um jovem com idéias informes”. Que condenação avassaladora! As “idéias informes” do jovem Darwin são a base da teologia (e da ciência) moderna!

(Oswald 3. Smith, Litt. D., artigo extraído de Prayer Crusade, publicada por The Little Church by the Sea, mc.) Citado no livro: O que eles disseram a um passo da eternidade, John Myers, pp. 244, Worship Produções, D’Sena Editora.

P.S.
SOBRE A VERACIDADE DESTA HISTÓRIA
Citei ipses verbis a fonte referida, mas não de forma irresponsável. 
Ao contrário do que dizem, o fato não é tão lendário assim. Cito: 

"The Survival of Charles Darwin, de Ronald W. Clark, explica a estória mas não entra em muitos detalhes. 
Em 1994, o professor da Open University, James Moore, publicou o livro The Darwin Legend, do qual alega que Hope visitou Darwin entre 28 de setembro à 2 de outubro de 1881, quando Francis e Henrietta estavam ausentes e a esposa de Darwin, Emma, estava presente, mas que Hope subsequentemente enfeitou a estória."

O assunto se tornou alvo de várias pesquisas acadêmicas.