terça-feira, 23 de junho de 2009

Os ingredientes do "bolo" da vida


Joubert de Oliveira Sobrinho, pr.

Equipe CRE em 20.06.09

Família Campo Belo em 21.06.09

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Rm 8.28,29

Sempre que coisas ruins acontecem, uma série de questionamentos é gerada. Procuramos entender o porquê dos acontecimentos, mas nem sempre temos respostas. Recentemente a queda do Air France reiniciou o processo de questionamentos. Alguns procuram alguma explicação lógica. Os mais frios, uma resposta técnica. Mas, não poucos, culpam a Deus dizendo: Se Deus existe, por que não evitou este acidente?

Abaixo estão duas variações da tradução do texto do livro de Romanos acima descrito:

· “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” NVI

· “Deus coopera com você, que o ama, para trazer a existência o que é bom...”

Sem dúvida, a afirmação categórica é que Deus está no controle de tudo o que acontece, quer seja bom ou ruim, para o benefício de seu povo.

Este texto guarda um princípio da Palavra de Deus especialmente aplicável aos momentos difíceis de nossas vidas. Tê-lo no coração significa consolo certo e esperança em tempos de crise. Convém lembrarmos da famosa história do rei que perdeu o polegar.

Tudo o que Deus faz é bom

Era uma vez um rei gostava muito de caçar. Dentre seus amigos que levava às caçadas, havia um que era muito piedoso e temente a Deus (o monarca, por sua vez, não se detinha nas questões da fé).

Sempre que o rei conseguia abater um animal, aquele sujeito gritava:
- Aleeeluuuuia! Tudo que Deus faz é bom!

E o rei se envaidecia destas palavras.

Um dia, quando o rei disparou sua arma de caça, o tiro saiu pela culatra, arrancando-lhe o polegar da mão direita. Enquanto voltavam para casa, carregando o rei numa maca, o sujeito disse: - É... Tudo que Deus faz é bom!
O rei ficou furioso, mandou prendê-lo num calabouço e jogar a chave fora.

Passado o trauma inicial do acidente, o rei e os seus demais amigos voltaram a caçar.
Numa destas viagens, o grupo caiu nas mãos de uma tribo de canibais e, um a um, eles foram sendo devorados pelos selvagens. O rei ficou por o último. Mas, quando chegou sua hora, ao vir examiná-lo, o sacerdote dos canibais percebeu que lhe faltava o polegar da mão direita, desqualificou-o como oferenda e ordenou que o libertassem.

Ao voltar para seu reino, o rei mandou soltar seu amigo e contou-lhe toda a história.
- Se o senhor não tivesse perdido o polegar naquele dia, estaria morto esta hora. Eu lhe disse meu rei, tudo o que Deus faz é bom!

O rei se desculpou com seu amigo, por ter-lhe mandado prender e fez-lhe uma pergunta: - Meu amigo, eu ainda tenho uma questão não resolvida em meu coração. Se tudo o que Deus faz é bom, porque Ele permitiu que eu mandasse lhe prender, injustamente, por dois anos atrás das grades?

O amigo logo respondeu:
- Ah, meu rei, tudo o que Deus faz é muito bom!!! Se eu não estivesse aqui, preso, estaria agora na barriga dos canibais. (autor desconhecido).

Para o pensamento judaico com base no Antigo Testamento, os justos seriam grandemente recompensados por quaisquer sofrimentos neste mundo. Deus, sendo soberano, conduziria a História a um clímax quando justificaria seu povo e faria com que obtivesse vantagem de seu sofrimento passado, recompensando-o. Alguns chegavam a conjecturar que tais sofrimentos “pagariam” os pecados da pessoa (somente o sacrifico de Jesus pode operar isto, Rm 3.25).

A fonte dos males no mundo

A Bíblia nos revela que a raiz de todos os males é o pecado que entrou em nossas vidas através de Adão e Eva. No entanto temos compreendido pelos relatos bíblicos que há sofrimentos que nos sobrevém de situações variadas.

· Às vezes sofremos por causa de nossos pecados,

Gálatas 6:7.8 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.

Assim aconteceu com Davi, 2Sm 11. Ele, sua família e até o reino sofreram muito o fruto de seu pecado.

· Outras vezes, sofremos pelos pecados dos outros (pecado coletivo).

Moisés, Arão, Josué e Calebe tinham plenas condições de entrar na terra prometida logo que saíram do Egito, Nm 14. No entanto, por causa do pecado do povo, tiveram que peregrinar pelo deserto por quarenta e cinco anos antes de tomarem posse dela, Josué 14.

· Às vezes sofremos para que outros sejam libertos ou beneficiados.

Certamente, só pelo fato de pertencermos a Cristo e servi-lo, traremos para nós motivo de sofrimento. Jesus não nos enganou a respeito disso: Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. João 15.19.

A história de José, a partir de Gênesis 37, é das mais significativas neste sentido. Ele sofreu muito por causa dos irmãos, Gn 42.21. Porém, por duas vezes revelou o seu entendimento a respeito do ocorrido. José considerava que era Deus que o havia enviado para o Egito, apesar dos irmãos terem intentado o mal contra ele, Gênesis 45.4-8; 50.19-21. Para José Deus reverteu o mal em bem e cumpriu a sua vontade. Ele entendeu que seu sofrimento foi necessário para o fim que se evidenciava: preservar a descendência de sua família. Hoje, sob a perspectiva bíblica, entendemos que, mais do que preservar sua família, José sofreu para resguardar a linhagem na qual, a seu tempo, o Messias Jesus Cristo se manifestaria.

A promessa da Palavra é que todas as coisas que acontecerem conosco vão contribuir juntamente para o bem daqueles que amam a Deus. É difícil pensar isto quando nossos pais estão se separando, estão desempregados ou quando nossos amados estão seriamente doentes ou até morrem. Nessas horas muitos se sentem “azarados”, solitários, abandonados, não amados ou até mesmo culpados.

O benefício último das provações

Podemos não vir a conhecer especificamente a razão de nossos sofrimentos. Jó não o soube apesar de Deus falar com ele por muito tempo sobre muitos assuntos, Jó 38. Para o apóstolo Paulo o derradeiro bem das provações é a obra delas de conformação do crente à imagem de Cristo no final: Rm 8.29 - Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

Um pouco de sofrimento antes da glória

Rm 8.18 Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. (ainda não plenamente conhecida).

Paulo entendia que para participar da herança da glória futura deveríamos compartilhar os sofrimentos do Messias (incluindo sua morte), Cl 1.24-27 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja; da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus: o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;

A atitude cristã diante do sofrimento

De acordo com o texto de Lc 21.8-19, Jesus nos deu nove sinais para os quais deveríamos estar atentos antes de sua vinda: falsos mestres e líderes, guerras (confronto de nações), sedições (tumultos populares, revoltas), grandes terremotos, fomes, pestilências, coisas espantosas e grandes sinais do céu, perseguição aos cristãos. Porém, com base no texto concluímos que, em relação ao sofrimento:

· a desgraça é uma oportunidade, “E vos acontecerá isto para testemunho”, (v.13); note que a afirmativa de Jesus é de que estas coisas acontecerão aos cristãos. É o que inferimos da lista toda e não somente da perseguição.

· a postura de vitória é a de perseverança (paciência) diante das crises, (v.19).

Quando nos sentimos culpados

Há uma tendência a nos sentirmos culpados pelo mal que sofremos. Achamos que estamos sendo acusados e punidos por Deus ou por Jesus. No entanto, Paulo deixa muito claro que nem Deus nem Jesus tomam esta postura acusadora, Rm 8.31-39.

· Deus não é o seu acusador

Rm 8.31-33 Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.

Justificar é um ato próprio de um juiz, é um termo forense que significa “absolver”, “declarar justo”, o oposto exato de “condenar”. Como pode o Deus que nos deu o seu Filho e nos justifica ser ao mesmo tempo o acusador? Rejeite essa idéia.

· Jesus não é o seu acusador

Rm 8.34-35 Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

Jesus entregou-se como sacrifício por nós, venceu a morte e ressuscitou e, hoje, intercede por nós à direta do Pai. Como pode interceder e nos acusar ao mesmo tempo? Um dia Jesus voltará como Juiz, mas hoje ele é nosso Advogado, 1Jo 2.1.

Que fique claro: o acusador é o diabo, Ap 12.10.

· Por amor a Deus enfrentamos a morte todos os dias sendo mais que vencedores

Rm 8.36-37 Como está escrito: Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadourohttp://, (Sl 44.22). Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

Paulo afirma que ainda que morramos somos mais que vencedores!!! Quando ele diz “em todas estas coisas” ele está listando todos os tipos de sofrimento incluindo a morte.

· Nada pode nos separar do amor de Cristo

Rm 8.38-39 Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônioshttp:, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Não é porque sofremos nesta terra em maior ou menor intensidade, seja qual for a causa (podendo até morrer), que devamos duvidar do amor de Jesus por nós. Nada poderá nos separar de seu amor. Nem a morte, nem o diabo do inferno, nem todo o universo criado pode impedir o amor de Jesus por nós. Esta é a verdade que nos consola na tribulação. Esta é a certeza que a que podemos nos refugiar nas crises da vida.

Os ingredientes do bolo

Assim sentia aquela menina que chegou triste em casa.

Foi só encontrar a mãe na cozinha para começar a lamentar:

- Por que tudo isto está acontecendo comigo? Não agüento mais!

- O que aconteceu filha? Exclamou a mãe interessada.

A menina logo foi falando separando um dedo da mão esquerda para cada frase:

- Fui mal na prova de matemática, mesmo tendo estudado.

- A minha melhor amiga, vai sair da escola porque está mudando para outra cidade.

- A vovó está doente.

- E eu perdi a minha melhor lapiseira.

- Por que tudo tem que acontecer comigo? O que eu fiz de errado para merecer isto?

A mãe ouviu atentamente e, sem comentar, perguntou:

- Quer um pedaço de bolo?

– Oba, tem bolo? Eu amo seus bolos!

A mãe pegou uma colher e a garrafa de óleo e disse: - Tome umas colheres de óleo.

- Credo! Disse a menina fazendo careta.

- Que tal uns ovos crus? Propôs a mãe alcançando a cesta de ovos.

- Bah!

- Então experimenta a farinha de trigo e um pouco de bicarbonato de sódio...

- Que nojo, mãe! Que é isso?

Então a mãe respondeu:

- Deus trabalha do mesmo jeito. Às vezes a gente se pergunta por que ele quis que nós passássemos por momentos difíceis, mas Deus sabe que quando ele põe todas essas coisas na ordem exata, elas sempre nos farão bem. A gente só precisa confiar nele e todas essas coisas ruins se tornarão em algo fantástico! (autor desconhecido).

Deus é poderoso para unir os ingredientes peculiarmente desagradáveis da vida e, por sua vontade, transformá-los num apetitoso, atraente e inigualável “bolo” que há de maravilhar e abençoar a muitos e, quem sabe, gerações, na história da Igreja na terra!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uma mesma pergunta em sentidos opostos


Vamos desmembrar esta imagem?

Em 1969 temos:
  1. Um garoto que não se esforçou nos estudos e tirou notas baixas.
  2. Pais que questionam o filho como responsável pelo seu mal desempenho.
  3. Professora que está segura de sua posição como educadora.
Em 2009 temos:
  1. Um garoto que não se esforçou nos estudos e tirou notas baixas e está seguro.
  2. Pais que questionam a professora como responsável pelas notas baixas de seu filho.
  3. Professora insegura que teme a "violência" dos pais e é culpada pelo mal desempenho do garoto.
Conclusão:
  1. A situação das crianças "evoluiu" muito através dos anos; hoje eles têm "proteção" e "segurança".
  2. Os pais continuam fazendo o mesmo "esforço", porém, em sentido oposto.
  3. Os professores se deram mal com a "evolução" que se deu através destes quarenta anos. Será que correm risco de extinção?
Rir ou chorar, eis a questão...


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Um jeito naturalista de ver as coisas


Essa é Darwinianamente profunda: 

Ser despedido é a natureza mostrando que você estava mesmo no emprego errado.
Hal Lancaster

terça-feira, 9 de junho de 2009

A Sabedoria em Pessoa


Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos. Tiago 1:5 

 

CRE - Centro Renovo de Educação

Devocional da Capelania - 08/06/2009

Pr. Joubert de Oliveira Sobrinho


A sabedoria divina

 

Quando se fala em sabedoria muita gente é levada a pensar em filósofos de barba branca e comprida que falam coisas tão difíceis de entender, assuntos profundos, questões irrespondíveis e indecifráveis a ponto de dar sono. Mas a sabedoria verdadeira não é assim. Ela não se origina nas meditações profundas ou trabalho intelectual. Na Bíblia a sabedoria não é teórica, mas intensamente prática. Ela é a arte de ser bem sucedido, de formar o plano correto para alcançar os resultados desejados.

 

Em seu aspecto mais amplo a sabedoria pertence exclusivamente a Deus, Jó 12.13; Is 11.2; Dn 2.20-23, e se origina no temor do Senhor (temor é a admiração reverente, respeito, percepção ou compreensão do crente sobre Deus):

·         Sl 111.10 - O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento tem todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.

·         Jó 28.28 - Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.

Tiago diz como ela é:

·         Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Tg 3.17.

 

A sabedoria humana

 

Porém, sabemos que existe a sabedoria humana que, segundo Tiago, é terrena, animal e diabólica, Tg.3.15. Esta é a sabedoria dos invejosos, dos egoístas, dos facciosos, dos perturbados e perversos. A sabedoria humana é limitada, pobre, insensata e até diabólica, isto porque está desvinculada da revelação divina.

 

O valor da sabedoria

 

Quanto custa uma ação sábia na hora certa?

Conta-se que numa indústria uma enorme máquina hidráulica parou de funcionar. Vieram os técnicos gastaram um dia inteiro e não conseguiram resolver o problema. Chamaram os engenheiros que procuraram, consultaram os manuais, os mapas, testaram e lá se foi mais um dia de prejuízo. Os gerentes e diretores já não sabiam o que fazer. Era já o terceiro dia de prejuízo de milhões. Até que alguém sugeriu que se chamasse um velho encanador do bairro. Desesperados, incrédulos, mas sem opções chamaram o velhinho que chegou com seu macacão surrado e sua caixa de ferramentas. O gerente, com desprezo incontido, relatou a história da máquina, do barulho que fez quando parou de funcionar e as tentativas dos especialistas. Depois calou cético.

 

O velhinho rodeou a máquina no galpão, procurou as entradas e saídas dos encanamentos. Parou e colocou um ouvido no chão ao lado da máquina. Levantou, sorriu com o canto da boca e abaixou para ouvir de novo. Ainda ajoelhado abriu a caixa, pegou um martelo e começou a bater no chão com força meia-dúzia de vezes. Imediatamente a máquina fez um barulho e começou a funcionar. Foi uma festa e uma surpresa fenomenal; ninguém esperava aquilo. O gerente impressionado elogiou o velhinho e perguntou quanto custou o serviço. Sem titubear o velhinho disse: - Mil dólares. O gerente espantou-se: - Espere, o senhor não trabalhou quinze minutos!

– É o meu preço, respondeu o velhinho.

- Não sei se o financeiro vai concordar com isso... Bem, então descreva o serviço num relatório que eu vou enviar... Não garanto.

O encanador pegou uma folha em branco e após os dados pessoais, descreveu o serviço:

·         Algumas marteladas – 01 dólar;

·         Dar as marteladas no lugar exato – 999 dólares.

 

A sabedoria é valorosa. Ela provê soluções quando ninguém as tem, trás alívio na tensão, resolve crises, acalma corações, faz justiça e satisfaz.

 

O pedido de Salomão

 

O texto com o qual abrimos este devocional diz que Deus dá generosamente a sabedoria a quem a pedir. Salomão é o maior exemplo, 1Re 3.5-14. Deus lhe ofereceu dar qualquer coisa que ele pedisse e, ao invés de pedir riqueza, poder, glória, etc., pediu sabedoria, entendimento para julgar o povo, para ser rei. Deus se agradou de seu pedido e além de sabedoria lhe deu tudo o mais. Por esta razão seu reino foi esplendido. Ficou famoso pela riqueza, mas muito mais pela sabedoria.

 

A sabedoria divina é prática

 

Uma vez minha conta de água aumentou em demasia. A empresa me notificou a existência de algum vazamento interno. Duvidei, a princípio, pois não havia sinal visível. Então chamei um encanador que, fazia um serviço numa igreja. Expliquei-lhe o ocorrido e ele, crente, logo foi dizendo que confiava que Deus o ajudaria a descobrir o vazamento. Deixei-o a sós enquanto se preparava para iniciar o trabalho. Meia hora depois ele me chamou para avisar que havia encontrado o local do vazamento dentro de um banheiro na parte de baixo da casa. Ele quebrou apenas dois azulejos e consertou o encanamento. Admirado perguntei como o havia descoberto tão rapidamente e ele, como quem conta um segredo, disse: - Pastor, eu entrei neste banheiro, troquei de roupa e, antes de começar a trabalhar, ajoelhei-me e orei ao Senhor, como sempre faço, pedindo sabedoria para solucionar o problema. Ao final da oração resolvi começar quebrando ali naquele azulejo. Era exatamente o lugar onde estava o vazamento.

 

Jesus, nossa sabedoria

 

No Antigo Testamento a sabedoria é personificada, dá conselhos e fala de si no livro de Provérbios:

·         Pv 8.15-23. Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam justiça. Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra. Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão. Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça. Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades, melhores do que a prata escolhida. Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros. O SENHOR me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra.

 

No Novo Testamento temos a revelação plena da essência e da Pessoa da sabedoria:

 

·         Jesus Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus, 1Co 1.24.

 

Ele é a fonte suprema de toda a sabedoria para nós cristãos, 1Co 1.30. A sabedoria é necessária em todos os momentos da vida, quer sejam de decisão, perigo, tentação, serenidade, provação ou escolhas. Isto implica em dar a Deus, em sua vida, o lugar apropriado. Isto fará toda a diferença na qualidade dos frutos que havemos de colher.