quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Adiada votação de projeto que criminaliza preconceito contra idosos, deficientes e homossexuais

COMISSÕES / Direitos Humanos
18/11/2009 - 11h41


Foi concedido pedido de vista coletiva ao substitutivo da senadora Fátima Cleide (PT-RO) ao PLC 122/06, que torna crime a discriminação contra idosos, deficientes e homossexuais. A expectativa é que a proposição entre novamente em pauta na reunião da próxima semana.

O projeto divide opiniões: os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES), por exemplo, temem que os religiosos possam ser punidos por ensinar a seus filhos que a homossexualidade é um pecado, de acordo com valores religiosos. Malta afirma temer que se crie uma "casta" ao proteger pessoas que, segundo afirma, já tem direitos como cidadãos garantidos na Constituição.

Já a relatora da proposta, senadora Fátima Cleide, salienta que a sociedade brasileira "não pode mais continuar se omitindo" diante da violência, física e psicológica, a que são submetidos os homossexuais. O presidente da CDH, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), afirmou que o projeto já não se trata mais de homofobia, mas sim de "sociofobias".

A CDH deverá realizar uma audiência pública para discutir o tema.

Senador bate de frente com projeto que criminaliza homofobia

18 Novembro 2009 por vilamissoes

O senador Magno Malta (PR-ES) convocou os senadores a comparecerem nesta quarta-feira, 18, às 10h, à reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), cujo primeiro item da pauta é o projeto de lei que criminaliza o preconceito contra os homossexuais.

Magno Malta voltou a reiterar que o projeto (PLC 122/06), que tem como relatora a senadora Fátima Cleide (PT-RO), é inconstitucional por estar “eivado de sutilezas” que, em sua avaliação, “criam o império do homossexualismo no Brasil”.

“Não discuto a opção sexual de ninguém; o que estou discutindo é o projeto que está nesta Casa, que está eivado de sutilezas nocivas à sociedade e que não podemos aceitar. Não podemos permitir que essa aberração passe na comissão” afirmou.

De autoria da ex-deputada Iara Bernardi, o projeto foi aprovado no último dia 8 na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), na forma do substitutivo apresentado por Fátima Cleide. Na mesma reunião, também foi aprovado requerimento que suspendeu a realização de mais uma audiência pública para debater a proposta. Três dias depois, a decisão da comissão foi criticada em Plenário por Magno Malta e pelos senadores Valter Pereira (PMDB-MS) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), para quem o projeto nega aos cristãos o direito à livre expressão.

Após a análise da CDH, a matéria será encaminhada a exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de seguir para votação em Plenário. Como foi alterado no Senado, o projeto retornará à Câmara dos Deputados.

Em aparte, o senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que “tem um profundo respeito por cada cidadão que segue seu destino e tem o direito de escolher a sua vida”, mas considerou o projeto inconstitucional, dizendo que a proposta “discrimina os próprios gays”, constituindo “uma afronta à religião católica, à sociedade e à dignidade”.

Também em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) manifestou sua preocupação com os movimentos que, conforme afirmou, isolam e discriminam determinados segmentos da sociedade, citando como exemplo as cotas raciais nas universidades. Ele disse considerar a política de cotas uma “medida paliativa”, uma vez que o país precisa de investimentos em educação para que todos tenham a mesma oportunidade.

Em resposta aos senadores, Magno Malta disse que a sociedade e a Igreja não são homofóbicas, observando que os cristãos querem, apenas, poder dizer que o homossexualismo é pecado.

“O cara não pode dizer que é pecado? Estamos criando uma casta especial” afirmou.

Magno Malta disse ainda que, em vez de aprovar o projeto, “o que é preciso fazer é uma grande campanha de conscientização e respeito à pessoa humana”, tendo em vista que a atual Constituição “diz que é crime discriminar sexo, etnia e cor, o que já é suficiente”.

“É só fazer cumprir a lei, mas a senadora Fátima Cleide insiste nesse projeto, que cria problemas entre pais e filhos. Se o pai não aceitar não pode falar nada. Se não se aceita a opção sexual de alguém, comete-se crime” protestou.

Fonte: Agência Senado
Via www.creio.com.br; vilamissoes.wordpress.com

terça-feira, 10 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Dívida eterna


"Amar é ter contraído uma dívida infinita"
Soren A. Kierkegaard

Incredulidade coerente


"Se tivesse razão aquela sagacidade presunçosa, orgulhosa de não ser enganada, ao achar que não se deve crer em nada que não se possa ver com seus olhos sensíveis, então em primeiríssimo lugar dever-se-ia deixar de crer no amor."
Soren A. Kierkegaard

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Por uma fé viva e provada


Joubert de O. Sobº - pastor e capelão do CRE

1 Tm 1.19 ...conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé.

1 Pe 1.7 para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo;

Temos o desafio de manter a fé saudável ao longo do tempo. O tempo pode corroer a fé? Como manter a fé ao longo da vida? Como ter uma fé permanentemente produtiva? Como não correr o risco de naufragar na fé? Essas questões se enchem de significado quando pensamos no futuro de nossos filhos. Eles permanecerão fiéis quando não pudermos mais conduzi-los?

O que é fé? - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem, Hb 11:1.

Fé não é somente crer, é confiar, ter certeza da ação divina, em razão de sua palavra. É a convicção da verdade de algo. A fé carrega a idéia predominante de confiança em Deus que nasce dele. Fé é fidelidade, lealdade, o caráter de alguém em quem se pode confiar. A fé é gerada ao sermos instruídos pela Palavra de Deus, Rm 10.17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Sem fé não podemos agradar a Deus, Hb 11:6.

A história da fé vem desde o Gênesis. A fé foi minada em Adão por satanás. Ali a Palavra de Deus foi posta em dúvida com aceitação do homem e da mulher causando a separação de Deus, a queda. A nossa fé nasceu em Abraão quando ele creu na palavra de Deus, Gn 12.1-5. A fé de Abraão apontava para o descendente, Jesus Cristo. Portanto, esta fé precisava ser preservada ao longo de sua descendência, como foi profetizado em Gn 18.17-19; Gl 3.16. A fé de Abraão foi chancelada, oficializada, quando do oferecimento de seu filho único, Isaque em sacrifício a Deus. Deus jurou por si mesmo que cumpriria a promessa, dando origem a uma aliança com Abraão e sua descendência, Gn 22.16-18.

A aliança da fé foi e é combatida até hoje

Esaú, neto de Abraão, desprezou a fé, vendeu a primogenitura, Gn 25.27-34 – era fornicador e profano, Hb 12.16. Através de José, o irmão desprezado, Deus preservou a família de Jacó e a fé (eles eram receptores e transmissores da promessa), Gn 50.15-21. Os Filhos de Israel foram escravizados no Egito com tirania e com pena de morte para crianças, Êx 1.11-21. Mas Deus preservou e chamou Moisés para libertar o povo do Egito, Êx 3.6-10. Não fosse a fé de Josué e Calebe e a intercessão de Moisés o povo de Israel não entraria na terra prometida por ter perdido a fé, Nm 14.1-20. O livro de Josué mostra a conquista da terra prometida. O povo se manteve fiel enquanto Josué e os anciãos que viram aqueles fatos viviam.

Em alguns momentos a fé não foi preservada. Veio uma geração que não conhecia ao Senhor: Jz 2.7-14 E serviu o povo ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do SENHOR... e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o SENHOR, nem tampouco a obra que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do SENHOR; e serviram aos baalins. E deixaram o SENHOR, Deus de seus pais...,.

O desafio da manutenção da fé nos indivíduos é constante. Há inúmeros casos bíblicos tanto de indivíduos como de famílias e nações que não conseguiram manter a fé saudável ao longo do tempo da vida. Tanto jovens como pessoas maduras. Os reis Davi, Salomão e Uzias, cometeram pecados na maturidade desprezando a fé.

A história da Ilha Pitcairn

Nesta ilha se refugiaram menos de trinta pessoas homens e mulheres. A maioria amotinados do navio Bounty. Com as disputas entre si, a violência os dizimou a ponto de sobrar apenas um dos marinheiros originais. Este encontrou uma Bíblia e começou a ensiná-la aos demais da comunidade recém-formada. Vinte anos depois os americanos encontraram uma comunidade cristã exemplar: sem violência, morte, degeneração ou qualquer crime.

Esta comunidade de Pitcairn, desde então, se tornou exemplo de como a Palavra de Deus transforma a sociedade. E, sempre que se queria exemplificar o poder transformador das Escrituras, usava-se a história da ilha. Até que li esta notícia em 2004 em 29 de setembro, 2004: Metade dos homens de ilha na Polinésia são réus em caso de pedofilia (15h31 GMT (12h31 Brasília) Phil Mercer de Sydney). O artigo mostrava que a liderança da ilha de Pitcairn, descendentes dos cristãos originais, estavam envolvidos em abuso sexual de menores. O fato é que a fé foi sendo minada ao longo do tempo e as gerações que sucederam os homens e mulheres transformados pelo impacto do evangelho nas páginas das Escrituras não preservaram o legado de virtude. Antes perverteram sua conduta a ponto de se tornarem vergonha para o mundo. Recentemente uma longa reportagem foi publicada na Revista Seleções (setembro de 2009) sobre a história de pedofilia dos habitantes da ilha e seus julgamentos e condenações pelo governo britânico.

A fé sofre embates e ameaças que a colocam em condições difíceis: há os que não têm fé por incredulidade, há os que têm pouca fé; os que são enfermos na fé; os que tiveram fé pervertida por ensinos errados; os que se desviaram da fé pela falsa ciência; os que se desviaram da fé pelo amor ao dinheiro; os que negam a fé por descuidarem da família, enfim, a fé saudável sofre contrariedade.

Jesus e a fé QUE CRESCE como grão de mostarda - Um enfoque mais detalhado do ensino de Jesus sobre a fé nos posiciona ativamente na manutenção e crescimento dela. Lc 17 3-6, na Tradução de Weymouth diz: “Se tivésseis que cresce como um grão de mostarda”; dá a entender como em Mt 13.31,32, que não é pouca fé, mas fé crescente que faz muitas coisas. Pouca fé fará algumas coisas, mas muita fé fará muito mais. Esta fé deve crescer para o ideal que Jesus ensinava. Lembremo-nos que há outro tipo de fé: o dom da fé, 1 Co 12:9 com outra finalidade. Aqui falamos da fé desenvolvida, crescente, que Jesus quer que esteja em todo cristão.

A fé precisa ser preservada com cuidado, 2Tm 4.6-8, Paulo diz: guardei a fé. A palavra guardar significa atender cuidadosamente, tomar conta; manter algo ou alguém no estado saudável e a salvo, observar.

A fé se alimenta e se mantém pela visão das coisas futuras, Hb 11.1 -3. O exemplo dos mártires nos mostra isso. A fé foi mantida, como ainda hoje é, por homens e mulheres que decidem perseverar na confiança em Deus ao longo de suas vidas. A fé sempre será combatida, mas a decisão de manter-se fiel é uma escolha de nossa parte. Muitos caíram na jornada, no entanto muitos permaneceram fiéis até a morte e são exemplos para a nós hoje: Hb 11. 33-40.

Como faremos a manutenção da fé?

Estes são os passos fundamentais para a manutenção da fé com base em Hb 12.1-3:

1. Inspiração: Os heróis da fé, Hb 11; Os que lhes pregaram a palavra inicialmente, Hb 13.7, o testemunho dos mártires de Hb 11

Testemunha = martus = Testemunha num sentido legal ou histórico; alguém que presencia algo. Num sentido ético é aquele que por seu exemplo provou a força, genuinidade e pureza de sua fé em Cristo por sofrer morte violenta.

2. Incentivo: Olhar para Jesus Cristo, Alfa e Ômega, O que iniciou a boa obra e há de terminá-la, Autor e Consumador, Iniciador e Destino, Hb 12.2; 2.10

3. Condição:

a. Largar os pesos (práticas, idéias, relações, etc. que, sem ser pecaminosas em si, nos prejudicam no avanço espiritual), Mc 4.17-19; Fp 3.8-12,

b. Largar os pecados (não somente um pecado individual, mas nossa pecaminosidade), 1Jo 1.6-9

4. Exigência: Perseverança, Hb 12.1,3

Perseverança significa estabilidade, constância, tolerância; no NT, é a característica da pessoa que não se desvia de seu propósito e de sua lealdade à fé e piedade, mas persiste mesmo diante das maiores provações e sofrimentos; alguém que permanece pacientemente, firmemente, esperando por alguém ou algo com lealdade.

Nossa visão educacional é permeada com esta esperança. Queremos trabalhar pela manutenção da fé saudável e crescente no coração de cada aluno até que se cumpra o propósito de Deus em suas vidas. Queira Deus que em aliança com os pais alcancemos nosso objetivo continuamente.