terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Poder do Madeiro Verde



O poder do madeiro verde


Devocional CRE 05.09.2011
Joubert de O. Sobº




Porque os cavalos de Faraó, com os seus carros e com os seus cavaleiros, entraram no mar, e o SENHOR fez tornar as águas do mar sobre eles; mas os filhos de Israel passaram em seco pelo meio do mar. Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; e lançou no mar o cavalo com o seu cavaleiro. Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água. Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E ele clamou ao SENHOR, e o SENHOR mostrou-lhe uma árvore, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces. Ali lhes deu estatutos e uma ordenança, e ali os provou. E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara. Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas. Êx 15.19-27.



Os versos acima descrevem uma festa que ocorreu logo após o povo hebreu vivenciar um grande milagre e uma grande libertação. O grande milagre foi que o mar se abriu para que todos passassem a seco. As águas se abriram como muros à direita e à esquerda e permaneceram abertas até que o último hebreu chegasse ao outro lado. A grande libertação foi que o exército do Faraó, que queria cativá-los novamente, foi destruído inteiramente após Moisés ordenar às águas que se fechassem. A alegria era contagiante. Miriã, acompanhada de muitas outras mulheres, saiu dançando e cantando com o tamborim nas mãos, exaltando a Deus pelo milagre e pela libertação.


Logo depois Moisés fez o povo partir daquele lugar de festa porque deveriam chegar à terra prometida. Após andarem pelo deserto de Sur por três dias, não encontraram água. Até que chegaram ao um lugar chamado Mara onde havia água, porém, intragável de tão amarga. O povo reclamou de Moisés e Moisés clamou a Deus. Deus lhe mostrou uma árvore que, lançada nas águas, tornou as águas doces. Então puderam beber dela livremente. Ali Deus lhes deu os estatutos, uma ordenança e os provou, revelando-se como o Deus que sara.


Novamente levantaram acampamento e seguiram por um dia de caminhada e chegaram a Elim. Ali havia doze fontes e setenta palmeiras, um oásis para descanso de todo o povo.



Desta história retiramos grandes ensinos para nossas vidas.

1. Não podemos estacionar e passar a viver dos milagres e libertações do passado. Elas são marcos, sinais, memórias, referências que nos revelam o amor de Deus, porém temos que continuar caminhado e progredindo para o alvo a que fomos chamados, o cumprimento do propósito de Deus.


2. Para chegar à “terra prometida” passamos por desertos. O nome do deserto em que caminharam era Sur. Esta palavra significa muro, muralha, fortificação. São ocasiões em nossa vida em que sofremos resistências, impedimentos que visam nos fazer desistir de caminhar.



3. Na caminhada pode até faltar elementos básicos para manutenção da vida: água. Água é fundamental para a vida humana. Três dias sem água já corremos risco de vida. O sofrimento vem para todos, ninguém está imune à angústias na caminhada da vida com Cristo. A promessa de Deus é que ele estará conosco na angústia, mesmo quando a vida está em risco. É a hora de nos lembrar dos milagres e livramentos do passado e raciocinar: o Deus que nos chamou à terra prometida, nos fez passar em seco pelo meio do mar e nos livrou do exército inimigo nos deixaria morrer de sede no meio do caminho?


4. Haverá momentos em que a vida nos oferecerá amarguras para beber. O lugar se chamava Mara que significa “amargo”. Há muitas fontes de amargura para nosso coração neste mundo. Este mundo “jaz (está) no maligno”, portanto está repleto de tristezas e angústias fruto do pecado. Nestas horas teremos que escolher que atitude tomar.


5. Temos que escolher entre clamar ou reclamar. O povo reclamou contra Moisés três dias depois de fazerem festa. Aos olhos deles, ele era o “culpado” daquela situação crítica. Não raro, em tempos de crise, procuramos por culpados para a situação. E murmuramos injustamente. Não entendemos que Deus está nos provando para nos aperfeiçoar. Moisés optou por clamar a Deus e esperar dele uma solução. Clamar é chorar, gritar, chamar por ajuda. 

6. A resposta de Deus pode ser incomum. Talvez os murmuradores do povo quisessem mudar de lugar, procurar outras fontes, voltar para a beira do Mar Vermelho. Talvez até o próprio Moisés esperasse outra saída para a crise. Mas Deus trouxe uma solução impensada. Mostrou-lhe uma árvore que deveria ser cortada e lançada nas águas para que se tornassem doces, potáveis. E assim aconteceu. O povo pode saciar a sede porque as águas amargas se tornaram doces.

O que significa a árvore cortada e lançada nas águas amargas?

Jesus, porém, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos... Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco? Lc 23.28,31.


Jesus fala de si mesmo como o madeiro verde, a árvore que foi cortada e lançada nas águas amargas da humanidade. Ele tem poder de tornar a águas de amargura dos nossos corações em águas doces, potáveis. Nossa vida seria uma fonte de amargura, não fosse o seu sacrifício por nós.

Os momentos de crise e provas podem trazer uma profunda revelação de Deus. Deus lhes deu mandamentos, ordenação e os provou naquela situação crítica. Porém, depois de lhes dar solução através do lenho, revelou-se o Deus que cura, preserva e restaura o seu povo. A amargura traz adoecimento e enfermidades. Ele providenciou cura para nós em Jesus Cristo.


Não desista. Deus providencia dias melhores à frente. A apenas um dia de caminhada a partir de Mara o povo chegou a Elim, um oásis com doze fontes de águas puras e setenta palmeiras para o povo descansar à sombra. O tempo em Mara era de prova e conhecimento de Deus. Há um descanso adiante, há fontes abundantes e segurança. Jesus afirmou que as águas de nosso coração seriam excelentes e abundantes:


Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. João 7.38

Eis que foi para minha paz que eu estive em grande amargura; tu, porém, amando a minha alma, a livraste da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados. Isaías 38.17


3 comentários:

  1. Deus Seja Louvado!!! Interessante, gostei! Deus o abençoe! Dito por mais um dos servos de Deus, eu Roni!

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  2. Maravilhoso esse comentário, e num momento que estou passando, por um certo deserto,mas compreendo que desertos são feitos para nos aperfeiçoar.Principalmente aos que estão em Cristo Jesus,pois ele é a fonte;em Tiago 1;12 fala do Varão que sofre tentação,e depois de aprovado,receberá a Coroa da vida.São esses alguns desertos,mas se perseverarmos até o fim, seremos salvos.Não poderia deixar de falar ,que o mais impressionante que mesmo ao meio de algumas dificuldades o Senhor tem me dado Vitória.Louvo ao Senhor todos os dias,pois ele é o meu refúgio, e no início de cada batalha, mesmo não sendo animador, eu sio vencedor!Ohhh Glória a DEUS...querido irmão viu como eu fiquei ainda mais animado com seu comentário, é assim que funciona, o Espirito Santo,trabalha de varias maneiras.E na condiçãoe comissão em que o Senhor me colocou, preciso marchar sem olhar para as circunstâncias, forte abraço irmão e a Paz de Cristo que excede todo entendimento. Amém!!!

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