terça-feira, 2 de julho de 2013

Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel

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Exclusivo: Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel

Posted: 02 Jul 2013 04:00 AM PDT
David Martosko
O oficial de inteligência do bloco soviético da mais alta patente a ter fugido para o Ocidente afirma em seu novo livro que o terrorismo islâmico antiamericano tem raízes em uma conspiração secreta da KGB da década de 70 para prejudicar os EUA e Israel por meio da disseminação, em países muçulmanos, de propagandas cuidadosamente dirigidas.
Tenente-general romeno Ion Mihai Pacepa é foi oficial de inteligência do bloco soviético de mais alta patente a ter fugido para o Ocidente.
Yuri Andropov, chefe da KGB por 15 anos antes de se tornar primeiro-ministro da União Soviética, enviou centenas de agentes e milhares de cópias de literatura de propaganda a países muçulmanos. 
“Por volta de 1972”, de acordo com o livro, “a máquina de desinformação de Andropov funcionava sem parar para persuadir o mundo islâmico de que Israel e os Estados Unidos pretendiam transformar o mundo todo em um feudo sionista”.
“De acordo com Andropov, o mundo islâmico era uma placa de Petri onde a comunidade da KGB podia cultivar uma cepa fatal de ódio antiamericano a partir da bactéria do pensamento marxista-leninista”.
Antes de Yuri Andropov governar a União Soviética, ele chefiou a KGB por 15 anos. Foi durante esse tempo, segundo Pacepa e Rychlak, que ele arquitetou um plano para virar Oriente Médio contra os EUA por meio da disseminação da ideia de que os EUA apoiavam os israelenses em um plano para dominar a Europa.
Essas declarações vêm do ex-tenente-general Ion Mihail Pacepa e do professor de direito da Universidade do Mississippi, Ronald Rychlak.
Em seu livro, intitulado Disinformation (Desinformação), Pacepa revela os segredos que guardou por décadas como chefe do aparato de espionagem da Romênia e da polícia secreta, o DIE, antes de receber asilo político nos EUA em 1978.
Ceausescu governou a Romênia com punho de ferro e recebia ordens de Moscou até sua morte em 1990. Seu chefe de inteligência fugiu para os EUA em 1978, e agora revela seus segredos da Guerra Fria em um novo livro. Ceausescu foi executado em um atentado no natal de 1989.
Andropov assumiu a KGB poucos meses após a Guerra dos Seis Dias entre os árabes e Israel em 1967, na qual Israel humilhou os aliados importantes da União Soviética: Síria e o Egito. Ele então decidiu acertar as contas treinando militantes palestinos para sequestrar aviões da companhia aérea El Al e bombardear locais estratégicos em Jerusalém.
Os Protocolos dos Sábios de Sião são uma falsificação russa baseada em uma peça francesa do século XIX. Andropov popularizou a ideia de que os “Sábios de Sião” estavam no congresso americano
E o que é ainda mais chocante, Andropov encomendou a primeira tradução para o árabe dos Protocolos dos Sábios de Sião, um livro propaganda forjado pela Rússia em 1905 que alegava que os judeus conspiravam para dominar a Europa e estavam sendo ajudados pelos Estados Unidos.
Os Protocolos, de acordo com Pacepa, se tornaram “a base de boa parte da filosofia antissemita de Hitler”. E a KGB, segundo ele, disseminou “milhares de cópias” em países muçulmanos durante a década de 70.
Além da língua russa, os “protocolos” foram traduzidos para muitas outras línguas, incluindo árabe.
Antes de o presidente Jimmy Carter aceitar sua solicitação de asilo, Pacepa chefiou os serviços de inteligência da Romênia governada pelo ditador Nicolae Ceausescu, que foi sumariamente executado junto com a esposa em 1989 após um levante popular.
Em 1972, escreve Pacepa, sua agência DIE “recebeu da KGB uma tradução em árabe dos Protocolos dos Sábios de Sião junto com um ‘documentário’ material, também em árabe, ‘provando’ que os Estados Unidos eram um país sionista”.
Ele foi ‘instruído’, acrescenta, a disseminar ‘discretamente’ ambos os ‘documentos’ em países islâmicos específicos.
“Durante meus últimos anos na Romênia”, lembra-se, “todos os meses o DIE disseminava milhares de cópias no seu círculo de influência islâmico. Nas reuniões que tive com meus correspondentes dos serviços de inteligência húngara e búlgara, com quem tinha relações próximas na época, descobri que eles faziam o mesmo em seus respectivos círculos de influência islâmicos".
A KGB assumiu a “autoria secreta” por uma série de ataques contra alvos israelenses poucos anos antes de Pacepa deixar a Romênia, afirma, listando onze deles. Dentre eles está o ataque de 30 de maio de 1972 no Aeroporto Ben Gurion, que deixou 22 mortos e 76 feridos, e o bombardeio de 4 de julho de 1975 à Praça Sião, em Jerusalém, em que 15 pessoas foram mortas e 62 ficaram mutiladas.
Teria o terrorismo militante islâmico suas raízes em uma campanha de desinformação soviética que ligava os EUA a Israel? Ex-chefe da inteligência romena diz que sim
Pacepa e Rychlak concluem que boa parte do sentimento antiamericano no Oriente Médio e em outros lugares remonta a operações clandestinas da União Soviética, muitas nas quais ele desempenhou um papel importante.
As campanhas de desinformação do primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, da era Kennedy, “aumentaram a distância entre o cristianismo e o judaísmo”, afirmam os autores. E “a desinformação de Andropov virou o mundo islâmico contra os Estados Unidos e provocou o terrorismo internacional que hoje nos ameaça”.