segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

5 Maneiras de Preparar Seus Filhos Contra Ataques à Fé


5 Maneiras de Preparar Seus Filhos Contra Ataques à Fé


Saber se seus filhos serão cristãos fiéis e piedosos é uma constante preocupação de vários pais crentes, principalmente quando eles estão para entrar na faculdade, local onde serão bombardeados com cosmovisões diferentes. Em entrevista recente para revista Tabletalk, do ministério Ligonier, D. A. Carson, palestrante da nossa próxima Conferência Fiel, forneceu cinco conselhos sobre o assunto, que você pode ler abaixo.


Qual a melhor maneira de os pais prepararem seus filhos contra os ataques a sua fé que eles podem enfrentar na faculdade?
Não há uma fórmula mágica e nem garantias. Para começar, nossos filhos são extraordinariamente diferentes. Muitos podem ser tentados por pressupostos pós-modernos. Outros sentirão ameaças muito maiores de biólogos, cosmólogos ou psicólogos que operam sob pressupostos de ateísmo implícito ou, pior, ateísmo explícito. Tudo o que posso fazer é enumerar alguns valores e práticas em casa que me parecem ser sábias, biblicamente fieis e úteis em atenuar os perigos. Estes são exemplos, não abrangem tudo.
Primeiro, o lar deve encorajar uma compreensão cristã vigorosa. O canteiro mais perigoso para a rebelião intelectual é um lar onde a fé é sentimental e até mesmo anti-intelectual, e onde os oponentes são retratados como patifes ignorantes, porque eventualmente nossos filhos descobrirão que há algumas pessoas realmente agradáveis que são ateus e agnósticos, e eles podem apresentar argumentos de uma maneira sofisticada, gentil e persuasiva.

Semelhantemente, a igreja local com jovens que estão ingressando na faculdade deve fazer o que puder para prepará-los — primeiramente com um domínio sólido dos fundamentos cristãos, e segundo com os rudimentos de uma apologética responsável.
Ao mesmo tempo, tanto o lar quanto a igreja devem estar vivendo uma fé cristã que é mais do que intelectualmente rigorosa. Deve existir um empenho por autenticidade biblicamente fiel em todos os sentidos: amor genuíno por Deus e o próximo, viver considerando a eternidade, prontidão em confessar o pecado e buscar reconciliação, uma preocupação pelos perdidos e fracos, fidelidade no louvor e na oração intercessora, um deleite transparente na santidade e uma alegria contagiante em Deus. Mesmo se nossos filhos forem sugados para o niilismo intelectual por um tempo, a longo prazo é importante que eles se lembrem como se parece um cristianismo biblicamente fiel no lar e na igreja.
Quarto, a sabedoria em moldar nossos filhos requer mais estrutura quando eles são jovens; mais discussão, controles cuidadosamente monitorados e uma rede de segurança conforme eles crescem; e uma disposição, na maioria dos casos, em esperar até que o conselho seja pedido quando eles genuinamente deixaram o ninho e não são mais dependentes de nosso teto ou nossas carteiras.
Por último, ore por eles. Ore por eles ainda mais diligentemente quando você reconhecer, como você repetidamente o fará, que a menos que o Senhor edifique a casa, em vão trabalham aqueles que a edificam.


D. A. Carson é um dos fundadores e diretores do ministério The Gospel Coalition, é professor pesquisador do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School. É mestre em Divindade pelo Central Baptist Seminary, em Toronto, e o Ph.D em Novo Testamento pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Carson já escreveu e editou mais de 50 livros, dentre eles O Deus Presente (Fiel). Carson também será um dos principais palestrantes na 29ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes.

Entrevista disponível em: Christ and the Academy: An Interview with D.A. Carson. © 2013 Ligonier Ministries
Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel – Editora Fiel © Todos os direitos reservados. Website: blogfiel.com.br. Original: As Profecias Cumpridas Demonstram a Inspiração Divina das Escrituras

Fonte: Blog Fiel
http://tinyurl.com/b3qmhaz

Quando o Pai proíbe, obedeça

Quando o Pai proíbe, obedeça



Em declaração ao portal Terra, o estudante João Vitório Tavares, 19 anos, diz que poderia ter sido mais uma das mais de 200 vítimas do incêndio na boate Kiss, ocorrido na madrugada de domingo (27), em Santa Maria, RS. Segundo ele, sua vida foi salva pelo pai. “Os guris já tinham me ligado umas setes vezes para ir para a Kiss, já tinha até me arrumado, mas meu pai trancou o pé na porta e não me deixou sair. Acabei dormindo e fui acordado por várias ligações me perguntado se eu estava bem”, disse o estudante. Ele perdeu ao menos três amigos na tragédia. “Poderia ter sido eu, era para eu estar lá”, pondera. “A ficha ainda não caiu, não sei como pode ter acontecido uma coisa dessas.”


A experiência do jovem João faz pensar nas proibições de Deus. Somos livres para escolher nosso caminho, mas não somos livres para dar as costas para as consequências dessa escolha. Mesmo quando Deus “tranca o pé na porta”, ainda podemos insistir e dizer “não”. Ele respeita nosso livre-arbítrio. Com lágrimas nos olhos (como fez o pai do filho pródigo), Ele diz: “Ok, filho, siga seu caminho, mas não se esqueça de que sempre estarei aqui, de braços abertos, para recebê-lo.”


Quando Deus nos adverte para evitar o consumo do álcool, Ele o faz porque sabe que essa invenção diabólica tem o poder de destruir famílias, vidas, carreiras. Quando Ele recomenda o sexo após o casamento, o faz porque sabe que o sexo é uma bênção (porque Ele o criou), quando praticado no contexto certo, com a pessoa certa, na hora certa; mas, quando usado com irresponsabilidade, o sexo é fonte de tristeza, frustração, desilusão e atédoenças. Quando nos pede para escolher sabiamente os lugares que escolhemos frequentar, as pessoas com que vamos nos relacionar e os prazeres a que vamos nos entregar, Deus faz isso porque sabe que lugares, pessoas e prazeres podem representar bênção ou maldição; podem edificar ou destruir; podem refazer, recrear, santificar, revigorar ou desfazer, poluir e escravizar.


Relacione-se com Deus para conhecer a vontade dEle para sua vida. Reconheça que neste mundo somos todos “adolescentes inconsequentes” carentes da orientação do Pai. Ore, converse com Ele e leia a carta de amor que Ele deixou para você, a Bíblia Sagrada. Nela estão os conselhos e as orientações necessários para que tenhamos uma vida tão segura e frutífera quanto é possível neste mundo de pecado. E quando Deus “trancar o pé na porta” querendo bondosamente impedir sua passagem, fique feliz. Você tem um Pai que se importa com você.


Michelson Borges

Fonte: http://tinyurl.com/bddsoc6
Blog Criacionismo

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Morte de Uma Igreja


A Morte de Uma Igreja


Hernandes Dias Lopes



Hernandes Dias Lopes é bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas-SP e doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary em Jackson, Mississippi, nos Estados Unidos. Foi pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Bragança Paulista no período de 1982 a 1984 e desde 1985 é o pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória-IPB. Hernandes é conferencista e escritor de mais de 70 obras. É casado com Udemilta Pimentel Lopes e pai de Thiago e Mariana.

As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?

Em primeiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia quando abandona sua fidelidade às Escrituras nem a inevitabilidade da morte quando se aparta dos preceitos de Deus. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por  um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Não podemos confundir numerolatria com crescimento saudável. Nem sempre uma multidão sinaliza o crescimento saudável da igreja. Uma igreja pode ser grande e mesmo assim estar gravemente enferma. Sempre que uma igreja troca o evangelho da graça por outro evangelho, entra por um caminho desastroso.

Em segundo lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido. Alguém disse: "Fui procurar a igreja e a encontrei no mundo; fui procurar o mundo e o encontrei na igreja". A Palavra de Deus é clara: ser amigo do mundo é constituir-se inimigo de Deus. Quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Há pouca ou quase nenhuma diferença hoje entre o estilo de vida daqueles que estão na igreja e daqueles que estão comprometidos com os esquemas do mundo. O índice de divórcio entre os cristãos é tão alto como daqueles que não professam a fé cristã. O número de jovens cristãos que vão para o casamento com uma vida sexual ativa é quase o mesmo daqueles que não frequentam uma igreja evangélica. A bancada evangélica no Congresso Nacional é conhecida como a mais corrupta da política brasileira. A teologia capenga produz uma vida frouxa. Precisamos voltar aos princípios da Reforma e clamar por um reavivamento!

Em terceiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes. O cristão não deve ser um fariseu. O fariseu aplaudia a si mesmo por causa de suas virtudes, mas olhava para os publicanos e os enchia de acusações descaridosas. O cristão verdadeiro não é aquele que faz um solo do hino "Quão grande és tu" diante do espelho, mas aquele chora diante de Deus por causa de seus pecados.

Em quarto lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Doutrina sem vida produz orgulho e aridez espiritual; vida sem doutrina desemboca em misticismo pagão. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade, credo e conduta!

Em quinto lugar, a morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?

Fonte: http://editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=455

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

À procura de Jesus (mas, sem o endereço)


À procura de Jesus (mas, sem o endereço)
Que preço estamos dispostos a pagar para alcançar nossos objetivos?

Joubert de Oliveira Sobrinho
FCB 23.12.12
Mateus 2:1-23 
E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém,
Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.
E o rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta:
E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel.
Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
E, enviando-os a Belém, disse:
Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria.
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
E, sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
E, levantando-se ele, tomou o menino e sua mãe, de noite, e foi para o Egito.
E esteve lá, até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.
Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:
Em Ramá se ouviu uma voz, Lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não querendo ser consolada, porque já não existem.
Morto, porém, Herodes, eis que o anjo do SENHOR apareceu num sonho a José no Egito,
Dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel; porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
Então ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.
E, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá; mas avisado em sonhos, por divina revelação, foi para as partes da Galiléia.
E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno. Mateus 2:1-23

Buscar ao Rei ou assistir de camarote???

Os magos buscaram Jesus para o adorar

Sem dúvida os magos do oriente receberam um “chamado”. Foram tão decididos e fiéis que nos deixaram um excelente exemplo: obedientemente saíram de suas casas para adorar o rei dos judeus, dispostos a encontrá-lo, mesmo “sem endereço”! Sim, eles tinham um sinal especial: uma estrela indicando o nascimento do rei. Esta estrela espetacular, fascinante, extremamente atraente, excepcionalmente intrigante que apontava para o Mediterrâneo, a região da Judéia.  Mas era o máximo que tinham de informações. Como encontra-lo sem o endereço? Mesmo assim eles se dispuseram a deixar sua terra, bens, família, atividades locais, trabalhos, pondo em risco a vida para viajar quilômetros por regiões inóspitas, numa viagem arriscada, perigosa, com destino inespecífico, generalizado, uma busca com uma dose razoável de incerteza, de mistério, de ausência de detalhes, sem endereço. Eles desejavam encontrar uma pessoa de grande valor para reconhecer, presentear e adorar!

Como eles souberam disto?

Teria Daniel, o servo de Deus e o chefe dos magos da Babilônia, deixado as Escrituras para eles no tempo do cativeiro? Teria ele anunciado que um dia viria o Messias com estas “credenciais”? Há no teu reino um homem (Daniel), no qual há o espírito dos deuses santos; e nos dias de teu pai se achou nele luz, e inteligência, e sabedoria, como a sabedoria dos deuses; e teu pai, o rei Nabucodonosor, sim, teu pai, o rei, o constituiu mestre dos magos, dos astrólogos, dos caldeus e dos adivinhadores; Daniel 5:11

Corpos celestes eram tidos como divindades para astrólogos do passado. Virgílio, o grande poeta romano, menciona que uma estrela magnífica havia guiado o fundador de Roma até o lugar em que a cidade cresceu. Porém, alguns comentaristas acreditam que Daniel possa ter deixado as Escrituras e até instruções sobre as profecias judaicas para os magos na Babilônia, já que passou tanto tempo com eles sendo-lhes mestre! Afinal, Balaão profetizou: Vê-lo-ei, mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel... Números 24:17

Que Jesus é comparado a uma estrela lemos em 2 Pedro 1:19: E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. De uma forma ou de outra os magos tinham a informação relevante, o chamado, a certeza, um sinal especial, a revelação fundamental. O resto viria a seu tempo. Eles agiram por fé, de alguma forma à semelhança do patriarca Abraão que também peregrinou sem ter o “endereço”.

A lógica humana

Na verdade, por não possuírem informações detalhadas, eles seguiram a lógica - a pérola do pensamento humano. Um rei deve nascer numa capital! Um rei certamente nasceria num palácio! E acabaram informando o nascimento de um rei a quem não deveria saber: Herodes! Acabaram perguntando pela ovelha ao lobo, no meio do covil, entre a alcateia. Mostraram parte de um mapa do Tesouro ao rei dos piratas. Perguntaram pela vida a quem amava a morte. 

Embora a razão da morte das crianças de Belém tenha sido o nascimento de Jesus, os magos involuntariamente contribuíram com alguma parcela na tragédia: Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos, v.16. Não digo que sejam culpados. Menciono o lamentável e involuntário despertar de um mal. Refiro-me ao fato de não possuir todas as informações, de desconhecer pessoas e reações, de não contar com a contrariedade, com a inimaginável perversidade e crueldade dos corações humanos. Enquanto desejavam encontrar e adorar o novo rei, Herodes desejava de todo o coração matá-lo.

Herodes procurou Jesus para o matar

Herodes perturbou-se com a informação junto com toda Jerusalém, v.3. Pudera! Herodes era um homem fascinado, insano, enfeitiçado, obcecado pelo poder, sanguinário e vingativo. Ele não podia conviver com a possibilidade, ainda que remota, de ter seu trono ocupado por alguém que não ele mesmo.

Herodes não era judeu; ele era edomita, descendente de Edom, um povo que havia sido derrotado e levado à força ao judaísmo por um general judeu, João Hircano, em 130 a.C. Aproveitando-se dos plenos poderes que Roma lhe concedeu, Herodes resolveu vingar a derrota sofrida pelo seu povo 83 anos antes. E sua vingança foi macabra. Para poder aproximar-se da família de João Hircano, Herodes casou-se com uma das suas descendentes e foi assassinando seus parentes, um por um. Por fim, matou a própria esposa e os filhos que teve com ela, extinguindo da face da Terra aquela importante família de heróis do povo judeu. 

Mas, sua loucura não se limitou ao sangue de seus inimigos; mandou matar Antípatre, seu filho com outra esposa, para que ele não dividisse o reino com seu irmão. Matou, ainda, dezenas de outras pessoas. E providenciou para que, após a sua morte, todos os nobres da corte do rei fossem assassinados de uma só vez, para que “não houvesse falta de lágrimas” por ocasião do seu enterro. Por essas e outras Herodes é figura de Satanás.

Herodes consultou todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo do templo, v.4, e deu a informação obtida aos magos, v.5. Ele, além de perguntar-lhes em secreto sobre detalhes da estrela, v.7, solicitou informações exatas sobre a localização do menino, v.8. Vendo frustrada sua estratégia, furioso, mandou matar todas as crianças de Belém e arredores de dois anos para baixo, v.16.

Sanguinário como era faria qualquer coisa para o encontrar e matar. Não importava o custo, a impopularidade, a injustiça, a dor que pudesse causar.

A atitude de todos os príncipes dos sacerdotes e escribas que aguardavam o Messias

A classe sacerdotal e os escribas eram os portadores do conhecimento das Escrituras Sagradas. Eles sabiam o endereço!!! Deveriam ensinar as Escrituras ao povo e prepará-los com a esperança da chegada do Messias. Eram conhecedores profundos da mensagem dos profetas.

Deveriam ser os primeiros a investigar a informação que perturbou Jerusalém, v.2 e o rei Herodes! Deveriam buscar acuradamente pelas informações dos magos. Inteirar-se acuradamente da notícia perturbadora. Verificar com diligência para atestar se a informação era digna de crédito ou não. Mas não consta que nenhum deles se importou por verificar se a informação era falsa ou verdadeira!

Mencionamos que os magos levaram a informação do nascimento do rei a Herodes, que não deveria saber. Porém, será que eles saberiam o endereço do nascimento de Cristo se Herodes não os juntasse com esta finalidade? Se assim ocorreu, podemos pensar em quem mais contribuiu com a morte das crianças de Belém e arredores, pois, aqueles que tinham condições de discernir os acontecimentos através da Palavra de Deus foram os primeiros a desprezar e descrer de qualquer informação indicadora do cumprimento das profecias!!!

Mas diante da solicitação de Herodes eles trouxeram o endereço: E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel.


Conclusão

Os magos fizeram de tudo para encontrar e adorar a Jesus. Quem tem esta disposição terá os céus ao seu lado. A Palavra de Deus os alcançará, os alumiará, os esclarecerá e os levará a Jesus.

E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração. Jeremias 29:13
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:8

Herodes fez de tudo para matar Jesus. Queria destruir o novo rei. Impedir a chegada do Salvador do mundo. Mesmo assim, ele acabou sendo o portador do “endereço do Messias”. Teve que participar positivamente indicando aos magos a verdadeira localização do Cristo. Deus usa até malignos perversos para cumprir seu propósito. O homem cruel e sanguinário, na ausência de servos e portadores fiéis da Palavra, é usado para levar o “endereço” a quem realmente necessita dele.

E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. Lucas 19:40

Os sacerdotes e escribas doutores da Lei não moveram uma palha. Não investigaram nem se interessaram em verificar os fatos e informar o povo perturbado de Jerusalém. Simplesmente expuseram as Escrituras ao lobo Herodes, sob pressão, e se aquietaram.

Por isto Jesus dizia aos príncipes e escribas: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer. Mateus 21:28-33

A Palavra de Deus é poderosa para alcançar corações verdadeiramente ansiosos por Deus. Se portadores legais da Palavra forem infiéis e descrentes e não a levarem, o Senhor a fará chegar por outro meio.  

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaías 55:8-11

Com que grupo você se identifica? Com os que procuram a Jesus ansiosamente para o adorar; com os que buscam Jesus para o destruir e matar a fim de que não governe sobre suas vidas; ou com os que possuem os “endereços” divinos, os portadores da Palavra, mas que não creem que ela possa se cumprir diante de seus olhos?

Condições para a existência da vida

Condições para a existência da vida



Se a concentração de oxigênio fosse maior no ar tudo que existe orgânico na terra poderia se queimar espontaneamente e não existiria vida, se fosse menor não poderíamos respirar. Se a concentração de CO2 na atmosfera fosse menor as plantas não cresceriam e os animais não existiriam. Se não existisse os mares deste tamanho não existiriam as chuvas e sem a umidade relativa no ar tudo se secaria.

Se não existisse a camada de ozônio morreríamos de câncer de pele pela exposição ao UV. Se não existisse o campo magnético da terra morreríamos pela exposição da chuva radiativa do sol. Se a terra estivesse mais próxima do sol torraríamos e se tivéssemos mais longe, toda a água congelaria. Se a lua não existisse no tamanho e posição certa, não protegeria a terra de meteoritos e se não existisse os planetas como saturno e júpiter, grandes cometas cairiam na terra e extinguiriam a vida.

Se o tamanho da terra fosse diferente ou a espessura da atmosfera fosse diferente ou o tempo em horas de cada dia não fossem tão certo, também não existiria vida. Se a Via Láctea tivesse um outro tipo de buraco negro no seu centro, não existiria uma terra como a nossa e se o sol estivesse em uma posição mais próxima ou longe do centro da galáxia , não existiria vida na terra.

Se as placas tectônicas de movessem mais rápidas, se chocando, existiriam muito mais vulcões em erupção contaminando a atmosfera de enxofre e fuligem e não existiria a vida, se não existisse o magma quente em movimento no interior da terra, não existiria este controle de temperatura possível para a vida na terra.

Se as forças fracas que unem as partículas do núcleo dos átomos fosse pouco diferente, não existiria a tabela periódica, por sua vez não existiria o universo. E se um destes elementos principais não existisse na terra , não existiria vida. Recentemente descoberta, se não existisse a chamada partícula de Deus dentro do núcleo dos átomos, não existiria o universo. Se as constantes universais da física, como a constante gravitacionais, fossem pouco diferentes, nada poderia existir.

Parece que esta lista é interminável! Se ocorrer a proliferação de um vírus ou bactéria nociva sem controle, como quase já ocorreu várias vezes na historia, a humanidade e muitos animais deixariam de existir. Se um átomo reagir errado nas milhões de reações na formação de um DNA, não existira a formação de um ser vivo e se não existir um elemento para esta formação , não existirá a vida .

Quanto maior o tempo considerado para que viesse a existir a vida na terra, muito maior a probabilidade de um cataclismo ocorrer ou um evento dar errado, eliminando a possibilidade da existência da vida. Se não existisse a dor, os homens e muitos animais morreriam sem saber que estavam doentes e não procurariam se curar .

Se não existisse a adrenalina, não tomaríamos atitudes ousadas para nos livrar do perigo e morreríamos dentro de uma catástrofe.Se não existisse a misericórdia, não existiria ser humano, pois em nossa história necessitamos de um auxilio extra para permanecermos vivos e a história está cheia de exemplos: como alguém nos salvando de um afogamento. Se não existisse a justiça o homem se destruiria procurando sempre levar a melhor. Se não existisse o perdão e a vingança dominasse, pense.

Alguém dirá, tudo vem pelo acaso. Eu direi uma frase conhecida (dita por Jesus):
“Louco. Hoje mesmo te pedirão a tua alma”!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Em poucos anos, haverá mais de 1 bilhão de pentecostais no mundo


Em poucos anos, haverá mais de 1 bilhão de pentecostais no mundo


Enquanto o protestantismo tradicional mingua e retrocede na Europa e no Ocidente, pentecostalismo mostra pujança e força para avançar

Julio Severo
Posted: 13 Jan 2013 04:33 AM PST
Com o titulo da matéria “Pentecostalismo manterá protestantismo vivo”, a revista Mensageiro da Paz da CPAD edição de janeiro de 2013 aponta que estudos mostram que o que manterá o protestantismo vivo em todo o mundo nas próximas décadas será o pentecostalismo.
O Mensageiro da Paz, a mais importante publicação da Assembleia de Deus no Brasil, publicou um relatório especial que destaca que os pentecostais são o maior segmento dos protestantes. De acordo com seu relatório, os cristãos pentecostais no mundo são 630 milhões. Ou seja, 70% dos 900 milhões de protestantes que existem no mundo são pentecostais.

No Brasil, o número de membros de igrejas pentecostais está crescendo. De acordo com censo de 2010 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve aumento de pentecostais em todas as regiões do Brasil, especialmente da Igreja Assembléia de Deus.
Os evangélicos no Brasil são mais de 22,2%, onde 25 milhões de membros são representados pelas denominações Assembleias de Deus, Deus é Amor, Brasil para Cristo, Comunidade Sara Nossa Terra, Igreja Quadrangular e muitas outras.
Outros estudos confirmam essa tendência. Uma estimativa do Instituto Hartford de Pesquisa Religiosa diz que, em 2025, os pentecostais serão mais de um bilhão em todo o mundo, representando 45% de todos os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes em geral).
Nas últimas décadas tem havido um “crescimento explosivo” nos pentecostais, principalmente na África, América Latina e Ásia. Uma pesquisa realizada em (2006) pelo Pew relata que, por exemplo, a maioria dos evangélicos no Brasil se identificou como pentecostal.
Contudo, esse crescimento está sendo comprometido no Brasil nos últimos dez anos por ideologias esquerdistas oriundas de setores das igrejas protestantes tradicionais, de onde sai não somente o grosso da esquerda ideológica evangélica, mas também a principal oposição ao pentecostalismo e neopentecostalismo.
Ainda assim, os pentecostais são, na opinião dos promotores da cultura da morte, os que mais impedem a devassidão patrocinada pelas autoridades esquerdistas e, segundo os líderes petistas Gilberto Carvalho e José Dirceu, os televangelistas neopentecostais são o maior impedimento para o avanço total do socialismo, pela postura que esses evangelistas têm contra o aborto e o homossexualismo.
Com informações do InforGospel.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Quando o poder de Deus se revela


Quando o poder de Deus se revela

O ministério do pastor luterano Johann Christoph Blumhardt


Traduzido e adaptado por Julio Severo, com a devida permissão, do artigo original 

“When God’s Arm is Revealed, The Ministry of Pastor Blumhardt”, 
publicado na edição de maio de 1993 do jornal americano 
Herald of His Coming em 1 de dezembro de 2005


A vida e o ministério do Rev. Johann Christoph Blumhardt (1805-1880) são um dos exemplos mais notáveis do poder e amor de Jesus Cristo sendo liberados em resposta à fé e oração. Seu trabalho extraordinário em favor dos necessitados era uma demonstração clara de que “Deus ainda é o Deus vivo, e hoje, assim como há milhares de anos, Ele ouve as orações de Seus filhos” e salva, ajuda e cura todos os que põem sua confiança nEle.


Christoph Blumhardt nasceu na Alemanha em 1805 e depois de uma preparação completa tornou-se pastor luterano. Embora as universidades estivessem geralmente fazendo pouco caso das verdades evangélicas e da fé simples no Senhor Jesus Cristo, ele passou pelos seus cursos teológicos inteiramente treinado, porém com a fé intacta.

Não há dúvida de que toda a sua vida cristã foi edificada de uma maneira fantástica durante os vários anos que ele passou trabalhando ligado à Escola de Treinamento Missionário em Basel. Aí o fervor missionário foi implantado e ele teve oportunidade de ver o poder da verdade do Evangelho.

A característica marcante desse homem nessa fase de sua experiência foi uma forte fé em Deus, uma fé que se apegava completamente às promessas da Palavra de Deus e descansava nelas com calma confiança. Ele aparentava ser um homem de autoridade, mas tinha maneiras serenas, bondosas e atraentes, e no convívio social ele sempre demonstrava interesse e amor por todas as pessoas. Deus estava preparando coisas surpreendentes para ele, e então veio o chamado para trabalhar em outro lugar.

Após um breve serviço como pastor em Iptingen, em 1838 ele se mudou para Mottlingen. Mottlingen era uma vila luterana na Floresta Negra, no reino de Wurtemberg. No começo de seu trabalho ali, ele casou com Johanna Dorothea Kollner, que veio a ser uma dedicada esposa e ajudante.

Muitos riam dele e desprezavam sua simples confiança em Jesus, mas o jovem pastor começou corajosamente a pregar onde seu Mestre havia começado antes dele, com aquele primeiro e muitíssimo importante Evangelho para os pecadores: “Arrependam-se, pois o Reino de Deus está perto”. Logo sua seriedade e ardor deram frutos e multidões se aglomeravam para ouvir a simples Palavra de Deus. Um reavivamento foi brotando, e junto veio oposição e conflitos, mas ele avançou com calma e firmeza e se esforçou para guiar no caminho da dedicação a Deus todos os que criam.

Sem exagero na comparação, pode-se dizer seguramente que Blumhardt tinha a mesma fibra espiritual de pregadores como John Wesley, George Muller e Charles Finney. Ele tinha uma confiança sem limites na redenção de Cristo para a alma e para o corpo, e jamais se sentia envergonhado de declarar abertamente a sua fé.

Deus muitas vezes nos ensina por meio de alguma crise espiritual. Blumhardt aprendeu a caminhar pela fé com mais perfeição quando se deparou com um caso em sua experiência que nem mesmo a oração parecia estar conseguindo resolver alguma coisa.

Havia uma jovem em sua congregação que tinha um padecimento físico bastante estranho. Ela parecia realmente estar possuída por demônios, pois em seu muito tormento ela costumava primeiro falar com uma voz e então com outra voz estranhamente diferente. Mandaram chamar os médicos e ao fazerem os exames eles perguntaram se não havia alguém que soubesse orar, já que esse não parecia ser um caso para tratamento médico.

Esse caso veio como um desafio para Blumhardt, e a pressão foi aumentando quando alguns membros de sua congregação, que haviam aceitado seu ensino sobre o poder da oração, foram até ele e disseram que essa era sua oportunidade. Não havia tempo para bater em retirada — e ele passou a se dedicar a orações intensas.

No começo, suas orações não pareciam estar alcançando nenhum resultado. A jovem piorou. Em suas visitas à moça ele muitas vezes levava consigo o prefeito, que via com os próprios olhos o fenômeno fora do comum que se manifestava nessa jovem alucinada e encolerizada, mas todas as suas orações e visitas pareciam não estar sendo de utilidade alguma.

Jesus É Vencedor!

Depois de algum tempo, sua atenção foi atraída para aquela passagem da Bíblia que diz que “esse tipo de demônio só pode ser expulso com oração e jejum” (veja Mateus 17:21). Em seu desespero, ele se dedicou à oração e ao jejum e então mandou que novamente trouxessem a doente e, no nome de Jesus, ordenou que os espíritos maus saíssem.

Ela foi liberta imediatamente, e com uma voz sobrenaturalmente alta, que pôde ser ouvida por toda a vila, ela exclamou: “JESUS É VENCEDOR!” Um dos membros do corpo dela era consideravelmente mais curto que o outro, mas na mesma hora se alongou e ela foi totalmente curada!

Não foi somente a extraordinária cura que exaltou o poder e a glória de Deus, mas aquele grito “JESUS É VENCEDOR” foi ouvido por um homem devasso que estava passando perto da casa dela naquele momento. Ele caiu em tal estado de convicção e arrependimento por seus pecados que foi procurar o Pastor Blumhardt e acabou entregando o coração a Jesus Cristo. Ele passou o resto da vida levando pessoas a conhecer o amor de Deus.

O Pastor Blumhardt passou meses ocupado dando assistência espiritual aos necessitados. Por meio dessa resposta à oração, sua própria confiança em Deus aumentou, e Deus começou não só a salvar almas, mas também a curar os doentes de um modo tão marcante que muitos homens e mulheres de diferentes partes da Alemanha começaram a ir até ele. Às vezes multidões se acampavam no gramado da igreja, e ele lhes pregava o Evangelho e orava por eles.

Todas as acomodações ficavam lotadas de pessoas que estavam buscando alguma bênção espiritual ou física. Isso fez com que ele colocasse toda essa situação diante do Senhor em suas orações, e pelo fato de que as multidões continuavam aumentando e muitos estavam vindo de outros países, ele procurou um lugar maior onde pudesse lhes ministrar.

Nas casas de banho de Boll havia sido construído um enorme lugar de diversão que ia ser usado inteiramente para a depravação e jogatina. Por algum motivo, o projeto não teve êxito financeiro e o lugar foi retido pelo governo, que o pôs à venda. Deus agiu providencialmente de tal maneira que o Pastor Blumhardt teve condições de comprar esse enorme lugar e dar-lhe um pouco de beleza.

Aí, por muitos anos, chegavam visitantes de todas as partes da Alemanha. Aliás, de todas as partes do mundo. Seus visitantes representavam todas as classes de pessoas: ricos e pobres, camponeses, generais e muitos da nobreza. Alguns vinham buscando bênção e alívio espiritual e muitos vinham em busca de cura física.

O rei e as autoridades da Alemanha mandavam donativos para o seu trabalho, por causa dos resultados benéficos e da simples fé cristã que estava sendo propagada. 


Rev. Johann Christoph Blumhardt
O Pastor Blumhardt era um pregador e músico de talento. Seu semblante jovial e alegre, suas palavras de esperança e espírito de oração tocavam a todos. Obras poderosas estavam sendo realizadas — tão grandes que muitos duvidavam, e outros vinham para ver com os próprios olhos. 


Um professor de uma grande universidade fez uma visita especial e perguntou: “Que provas há de que Deus está curando de modo tão fenomenal os doentes?” O Pastor Blumhardt o levou a uma mesa cheia de cartas.

O professor teve a liberdade de ficar ali e examinar as cartas. Ele ficou pasmo e mais do que convencido ao ler carta após carta relatando a maneira incrível como Deus estava agindo em resposta à simples oração de fé.

O Pastor Blumhardt cria naqueles versículos do capítulo 16 de Marcos que dizem: “Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão curados” (NVI).

Jesus é o Mesmo Ontem, Hoje e Sempre
Blumhardt sentia que a Igreja estava em necessidade de um novo derramamento do Espírito Santo, tal qual ocorreu no dia de Pentecostes, e que sem isso nada seria de duração. Eis o que ele mesmo disse:

“Isso me levou a orar pedindo um derramamento do Espírito, e essas eram orações incessantes, principalmente porque os sinais pareciam indicar que não estávamos longe dos últimos tempos. Quanto mais vejo a corrupção e as diversas deficiências da atual Cristandade, mais difícil se torna eu deixar de suplicar por sua renovação, o que só poderá ser realizado mediante uma atuação especial do Espírito de Deus. Após um estudo minucioso de Joel 3 e Apocalipse 14, posso e tenho de acreditar que os tempos anticristãos, conforme profetiza a Palavra de Deus, serão precedidos por reavivamentos no mundo inteiro. Meu coração se entristece quando olho para o mundo, mas se alegra quando olho pra o céu e para as profecias da Bíblia. Oh, que as abominações e sofrimentos da terra fossem logo aniquilados”.

Ele tinha profundo interesse na atividade missionária, e por intermédio dele muitos donativos fluíam para as diferentes missões do mundo, e para o sustento do Instituto de Treinamento Missionário em Basel.

Blumhardt era um homem que não pensava em si mesmo, um homem inteiramente dedicado a Deus, um homem que orava intensamente. Ele era um servo de Deus extraordinariamente rico no poder e amor de seu Mestre, e tinha um jeito muitíssimo fora do comum de aplicar as passagens da Bíblia de um modo que vinham ao encontro das necessidades espirituais e mentais dos aflitos. Ele também sabia mostrar como as passagens da Bíblia tinham profunda relação com cada detalhe da vida diária das pessoas. Esse dom de pregação era mais conhecido entre o povo do que sua intercessão em favor dos doentes.

Na verdade, ele nunca declarava publicamente que tinha capacidade, nem mesmo por meio da oração, de curar as graves enfermidades físicas dos homens e mulheres que iam até ele. Mas ele tinha uma confiança simples e inocente na misericórdia e amor do Pai celestial em favor de Seus filhos que estavam sofrendo e sendo tentados. Ele ensinava que havia um significado divino por trás de todo sofrimento da vida.

Quando o Pastor Blumhardt colocava gentilmente as mãos sobre a cabeça de um doente, e derramava sua oração diante de Jesus Cristo, o doente sentia claramente o afeto do pastor por ele. Quando ele exortava os homens e as mulheres a examinar seus corações, a revelar e confessar seus pecados secretos, ele jamais fazia isso como um padre. Sua orientação era que eles deviam confessar seus pecados a Deus.

Ele também os ensinava a reconhecer os erros que haviam cometido contra os outros, e a fazerem restituição, onde isso fosse possível. Mas mesmo quando ele exortava, sentia-se que seu coração se compadecia profundamente das pessoas.

A fé simples que ele tinha apegava-se firmemente à Bíblia como Palavra inspirada por Deus. Ele viveu até alcançar boa velhice, e no ano de 1880 partiu para estar na presença de seu Senhor, deixando o exemplo de sua vida como inspiração. Dois de seus filhos que o ajudavam como pastores ficaram para levar adiante seu grande trabalho.

As orações do Pastor Blumhardt muitas vezes eram batalhas contra as forças das trevas. Mas para ele e por meio dele, JESUS ERA VENCEDOR!

A época na qual estamos vivendo precisa de um testemunho semelhante. Tantos valores e comportamentos errados deste mundo estão infiltrando e enfraquecendo as vidas dos cristãos e fazendo murchar o testemunho de muitas igrejas. O poder de Deus precisa ser revelado! A atividade sobrenatural de Deus é necessária numa época em que se duvida da veracidade da inspiração da Palavra de Deus.

A Igreja precisa de pastores e membros que aprenderam a orar, que sabem tomar posse das promessas de Deus e que sabem que Satanás é um inimigo que já está derrotado, pelo poder da Cruz de Jesus Cristo.

À medida que vai se aproximando o dia do Senhor, temos o direito de esperar maiores manifestações da atuação sobrenatural de Deus!

Que a memória do Pastor Christoph Blumhardt nos incentive a confiar no poder do precioso sangue de Jesus e a nos apossar das promessas de Deus para a salvação das almas perdidas, para a cura dos doentes e para as poderosas ações sobrenaturais de nosso Deus! Que o exemplo de sua vida nos incentive a viver vidas cheias do mesmo Espírito Santo que o usou!

E que nós aprendamos que não só “todas as coisas são possíveis para Deus”, mas também que “todas as coisas são possíveis para quem crê” (veja Mateus 19:26 e Marcos 9:23).

Fonte: www.juliosevero.com