quinta-feira, 5 de maio de 2016

SE EU FOSSE UM PARDAL




Se eu fosse um pardal




Joubert de Oliveira Sobrinho
Devocional CEDUC de 14.04.16



E o Verbo (Jesus) se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. Jo 1.14


A encarnação é um dos mistérios que a Escritura nos revela. O Deus-Filho veio ao mundo em um corpo humano. Sem deixar de ser Deus, fez-se homem. Concebido no ventre de Maria por obra do Espírito Santo e sem a semente de um pai humano, Mt 1.18,20; Lc 1.35;3.23. O nascimento virginal possibilitou a união da plena divindade e da plena humanidade em uma só pessoa, Jo 3.16; Gl 4.4. 

Jesus adquiriu a verdadeira humanidade sem a herança do pecado, Lc 1.35 (chamado “santo”). Desde a concepção ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, duas naturezas unidas em uma só pessoa. Ele era o Emanuel, o Deus conosco, Mt 1.23, desde que foi gerado no ventre e, mesmo criança, segundo a profecia messiânica, “Porque um menino vos nasceu, um filho se nos deu”, é chamado de “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte”, Is 9.6. Diz-se: “Permanecendo o que era, tornou-se o que não era”.

A encarnação é a união das duas naturezas, divina e humana, presentes em uma só pessoa, Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Uma pessoa, duas naturezas, Jo 1.1-18; Rm 1.3-4, numa personalidade singular e não dividida. Em Filipenses 2.6-11, o uso da palavra “forma” indica que a pessoa única, Jesus, tinha as duas naturezas.


Certo homem constantemente repetia à esposa cristã que não entendia porque Deus teria que ter vindo ao mundo. Ela, por sua vez, sempre lhe respondia: Deus veio à terra como homem porque não havia outro meio de nos provar o quanto Ele nos ama. Mas ele não fazia força para entender o que não queria. Quando sua esposa faleceu ele resolveu viver solitariamente na floresta. Certa tarde os céus se fecharam em cinza prenunciando uma gélida tempestade. O homem sentou-se na sala, acendeu a lareira e imediatamente começou ouvir um barulho estranho. Os pardais, em desespero, voavam de encontro ao vidro da janela em busca de refúgio. 


Pensando em ajudá-los, saiu de casa, foi até o celeiro e abriu as portas certo de que os pássaros se refugiariam ali. Mas os pardais estavam confusos. Ele acendeu as luzes, jogou grãos perto da entrada e nada. Eles não entendiam. Se não encontrassem refúgio poderiam morrer. O homem então pensou: Se eu fosse um pardal diria aos pássaros que só quero ajudar! Neste instante lembrou-se das palavras de sua esposa: Deus veio à terra como homem porque não havia outro meio de nos provar o quanto Ele nos ama. Seu entendimento se iluminou. Já não podia dizer que não entendia porque Deus teve que vir ao mundo.



Nenhum comentário:

Postar um comentário