quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Leão e a ovelha


O Leão e a Ovelha

E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos. E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto... Ap 5.4-6.

Esta visão do apóstolo João contém revelações surpreendentes e profundas dos mistérios do evangelho de Jesus. João se angustia e chora ao perceber que mesmo nas regiões celestiais parecia não haver quem pudesse abrir o livro selado. Porém, um ancião lhe anuncia que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, havia vencido para abrir o livro. 

Ao procurar pelo Leão, João vê o Cordeiro no trono, com marcas de quem tinha morrido, isto é, marcas de sofrimento e feridas de morte. Esta revelação refere-se à encarnação de Jesus, que mesmo sendo Deus, o Leão, tomou a natureza humana, do cordeiro, para sacrificar-se em nosso lugar. Apesar de Cordeiro com marcas de feridas de morte ele não deixou de ser o Leão da tribo de Judá.

O livro selado

Naquele tempo, quando alguém vendia uma propriedade, por exemplo, o contrato era acertado entre as partes que assinavam o documento. Este era enrolado e selado, na presença de testemunhas, passando a pertencer ao novo proprietário. Somente o proprietário teria direito de abrir os selos do documento (rolo ou livro), pois, detinha o direito sobre ele.

Direito de abrir o livro

Sabemos pela Bíblia que Adão cedeu seus direitos de administrador da terra (o "documento" que autorizava seu domínio sobre a terra) a Satanás por causa do pecado. A partir de então, ninguém mais poderia “abrir os selos” do livro que confere direitos sobre a humanidade e a criação, a não ser que o adquirisse legalmente, alguém o comprasse por alto preço. Jesus pagou com a vida ao verter seu sangue sem pecado. Um Cordeiro puro em sacrifício. Jesus uniu o divino e o humano em sua natureza. Por isso, como Cordeiro, apesar de ser Leão, ele pode abrir o livro. Ele é o novo proprietário; aquele que adquiriu direito legal sobre a humanidade e a Criação.


Um leão que habita com ovelhas

O Espírito Santo vem habitar em nós quando recebemos a Jesus como nosso Salvador e Senhor. O trabalho do Espírito de Deus é gerar Jesus em nós: até que Cristo seja formado em vós, Gálatas 4.19.

Ora, nossa natureza humana, caída e frágil é figura da ovelha. Davi escreveu o Salmo 23 colocando-se na perspectiva de uma ovelha diante de seu pastor. A ovelha precisa de condução, cuidado, proteção, renovação de forças, pois está sujeita à tentação, injustiças, erros e sofrimentos. A ovelha tem muitos predadores e, às vezes, é oferecida em sacrifício.

O Leão, por sua vez, é figura de Deus, Oséias 5.14; 11.10, da realeza, da força, da justiça, da autoridade, coragem, confiança, digno de todo o domínio, poder, honra e glória.

Isto indica que, apesar de sermos “ovelhas”, apesar da fragilidade de nossa natureza humana, em nós habita o Leão da tribo de Judá, a realeza divina, aquele que tem força, autoridade e direito legal sobre as nossas vidas.

Esta verdade é confirmada pelo profeta Isaías 11.6,7 E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão, e a nédia (de pele lustrosa por efeito de gordura) ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, e seus filhos juntos se deitarão; e o leão comerá palha como o boi.

O Leão tornou-se cordeiro para que possamos habitar com o Leão

2 Coríntios 8:9 porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico (Leão), por amor de vós se fez pobre (Cordeiro), para que, pela sua pobreza (sacrifício do Cordeiro), enriquecêsseis (a ressurreição, a vida do Leão em nós).

Neste aspecto, esta é a nova vida que Deus nos dá: a íntima convivência de nossa fragilidade, instransponível por nossas próprias forças, com o poder ilimitado da nova vida divina que habita em nós pelo Espírito de Deus que nos edifica com seu poder e a sua Palavra: Gl 2.20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; 2Co 5.17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.


Ândrocles e o leão

Ândrocles era escravo de um romano. Um dia resolveu fugir. Se fosse encontrado seria condenado à morte. Sendo assim correu desesperado para o meio da floresta buscando um refúgio. Viu uma caverna e aproximou-se na esperança de descansar. Porém, na porta da caverna estava um leão deitado. Ândrocles voltou atrás rapidamente notando que o leão somente olhou para ele, mas continuou deitado. Ora, não era o comportamento normal de um leão. Por isto, Ândrocles concluiu que o leão estava doente. Resolveu voltar e descobriu que o leão estava ferido na perna.

Ândrocles rasgou parte se suas vestes e começou a limpar o ferimento, retirando pedaços de madeira, cobriu a ferida com o pano e entrou na caverna para dormir, seguro que o leão não lhe faria nenhum mal. Após um tempo acordou somente para perceber que lá fora caía uma forte chuva e que o leão entrou para dormir ao seu lado.

Dias se passaram e Ândrocles trazia água e caça para o leão, que aos poucos foi se recuperando. Ambos usavam o mesmo refúgio e uma grande amizade nasceu entre os dois.

Um dia Ândrocles estava à beira do rio e sentiu uma lança em seu pescoço. Foi capturado por caçadores de escravos, levado para a cidade e preso debaixo de uma arena onde escravos eram condenados à morte, jogados às feras diante da multidão ávida pelo espetáculo de morte. Ândrocles sentia saudades de seu amigo leão.

O dia de sua morte chegou. Ele seria lançado às feras. Colocaram Ândrocles no meio da arena sob os gritos da multidão. Do outro lado um portão se abriu: um leão faminto foi solto e fustigado por soldados, para ficar bem raivoso. O leão, ao ver Ândrocles no meio da arena, começou a correr em sua direção. Sem armas, Ândrocles posicionou-se para lutar com as mãos até morrer. O leão pulou sobre ele derrubando-o. Ândrocles fechou os olhos aguardando o fatal cravar dos dentes afiados.

Mas, ainda de olhos fechados, sentiu algo quente, áspero e úmido passar pelo seu pescoço e subir pelo rosto várias vezes. Ao abrir os olhos reconheceu o seu amigo leão que havia deixado na caverna no dia em que foi preso.

A multidão silenciou. Era espantoso ver um leão, abanando a cauda, lambendo o rosto de um escravo que, por sua vez, não cansava de abraçar o leão como um velho amigo. O Imperador chamou Ândrocles e pediu que explicasse o que estava acontecendo. Ândrocles contou-lhe detalhadamente como fez amizade com o leão e da surpresa e alegria de reencontrá-lo ali.

O Imperador, admirado concedeu liberdade a ambos afirmando que uma amizade entre inimigos tão opostos deveria ser premiada e honrada.

Você tem o Leão de Judá como amigo?

Nós éramos escravos do pecado, mas o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi nos deu gratuitamente a vitória por meio de seu sacrifício. Hoje habitamos com o filho do leão, Jesus Cristo. Temos profunda amizade com aquele que venceu e tem toda autoridade para nos conduzir em liberdade e vitória até a eternidade.



terça-feira, 6 de abril de 2010

A doce riqueza da Lei do Senhor

Devocional do CRE de 08.03.10

A lei do SENHOR é perfeita e refrigera a alma;

o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração;

o mandamento do SENHOR é puro e alumia os olhos.

O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente;

os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.

Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino;

e mais doces do que o mel e o licor dos favos.

Também por eles é admoestado o teu servo;

e em os guardar há grande recompensa. Salmo 19.7-11


Parece que sempre que ouvimos a palavra Lei tendemos a pensar em rigidez, insensibilidade e rigor. Na verdade a Lei tem dois lados: o da punição da injustiça – onde o rigor e a rigidez têm seu lugar – e o da recompensa, o prêmio da justiça.


Mas a descrição da Lei do Senhor no Salmo 19 – salmo de Davi - não enfoca aqueles severos adjetivos. Pelo contrário, as referências à Lei do Senhor remetem à perfeição que renova a alma, à fidelidade que enche as pessoas de sabedoria, à justiça que alegra o coração, à pureza que esclarece a mente e doa eternidade. A Lei do Senhor é descrita como verdadeira e justa a ponto de ser mais desejada que o ouro fino e mais doce que o mel dos favos.


Quanto à ação da Lei, ela admoesta seus servos. Ora, o que é admoestar? Admoestar é repreender branda e benevolamente, benignamente, denunciando o mal feito e recomendando muito o bem a fazer. Mesmo em face de seu maior rigor ela corrige de forma meiga, afável, leve e suave aos servos de Deus.


Além disso, o salmista Davi afirma que aquele que guarda, obedece, cumpre a Lei terá grande recompensa. A palavra recompensa, no hebraico, refere-se à conseqüência, isto é, o resultado natural, provável ou forçoso sobre a vida de quem se submete à Lei do Senhor. O fato é que guardar a Lei traz benefícios para a vida. E uma grande recompensa não é uma recompensa comum!


Por outro lado, há na Bíblia muitos exemplos sobre a tristeza e desgraça causada pelo desprezo da Lei de Deus, no entanto, o caso que passo a contar demonstra a importância de atentarmos para Lei do Senhor, refletida nas regras sociais, sempre e em todas as ocasiões.


Certa vez um jovem, querendo impressionar sua namorada, após algumas latas de cerveja, convidou-a para nadar. Acontece que o dia já havia terminado. Ela logo perguntou onde poderiam nadar naquela noite e ele lhe disse que era na piscina do seu vizinho. Questionado se o vizinho tinha lhe dado permissão para isto, ele logo respondeu:


- Meu vizinho viajou com a família esta manhã. Não vai voltar tão cedo...


A garota, mesmo insegura, concordou em transpor com ele a cerca de altos arbustos sob forte escuridão. Ambos riam muito com a “aventura da transgressão”. O rapaz, mesmo nada enxergando, começou a se despir e caminhar para o fundo do quintal dizendo à namorada que daria um mergulho “olímpico” usando o trampolim encontrado com dificuldade, sobre o qual andou avisando que estava prestes a pular. A garota esperou rindo. Mas parou de rir quando ouviu um barulho estranho de um corpo se chocando contra o chão ao invés de águas em movimento.


A piscina estava sem água. O vizinho havia se aproveitado da viagem com a família para esvaziar a piscina. Como resultado o jovem fraturou a coluna e ficou paraplégico sofrendo o prejuízo por todo o restante de sua vida, acrescentando um fardo de dores para sua família unicamente por ter quebrado uma regra da Lei.


Maravilhosa é a Lei do Senhor que nos livra do mal e nos acumula de doces riquezas e grandes recompensas: “porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”, Romanos 8.2.

domingo, 4 de abril de 2010

NÃO É UM SOM ESTRESSANTE???



Sabe, gente...

Tirei uns poucos dias de férias para descansar, mas veja o que encontrei...

Veja o vídeo, ouça o som e concorde comigo:

ESTE "BARULHO" NÃO LEMBRA A AVENIDA 23 DE MAIO, ÀS 18h, NUMA SEXTA-FEIRA COM CHUVA?

Você não imagina a dificuldade para dormir!

Estou estressado até agora... Querendo voltar pra lá...

Abração
Joubert

sábado, 3 de abril de 2010

Falou pouco, mas falou bonito!


Em 04 de agosto de 2009 o Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosos das repartições publicas. Pois bem, veja o que diz o Frade Demetrius dos Santos Silva:

Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas...

Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!

Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas e compradas;

Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte;

Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados;

Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento;

É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças; das misérias e sofrimentos dos pequenos; dos pobres e dos menos favorecidos.

Frade Demetrius dos Santos Silva
São Paulo/SP
Fonte: FOLHA de SÃO PAULO, de 09/08/2009