quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Igreja X O Mundo


A Igreja x O Mundo

John MacArthur, Jr.

Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia. 1Jo 3.13


Por que os evangélicos tentam tão desesperadamente cortejar o favor do mundo? As igrejas planejam seus cultos de adoração para servir aos "sem-igreja". Os produtores cristãos imitam a coqueluche mundana do momento em termos de música e entretenimento. Os pregado¬res se sentem aterrorizados de que a ofensa do evangelho possa fazer alguém se voltar contra eles; então deliberadamente omitem partes da mensagem que o mundo pode não se agradar.

O movimento evangélico parece ter sido sabotado por legiões de falsos especialistas mundanos que estão empenhados em tentar fazer o melhor que podem para convencer o mundo de que a igreja pode ser tão inclusiva, pluralista e de mente aberta quanto a mais politicamente correta pessoa mundana.

A busca pela aprovação do mundo é nada mais, nada menos que adultério espiritual, Na verdade, isto é precisamente a imagem que o apóstolo Tiago usou para descrevê-la. Ele escreveu "Infiéis [NKJV: "adúlteros e adúlteras"], não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).

Existe e sempre existiu uma incompati¬bilidade fundamental, irreconciliável entre a igre¬ja e o mundo. O pensamento cristão é totalmente desarmônico com todas as filosofias da História. A fé genuína em Cristo implica numa negação  de todo valor mundano. A verdade bíblica contradiz todas às religiões do mundo. O próprio Cristianismo é, portanto, virtualmente contrário a tudo o que este mundo admira.

Jesus disse a seus discípulos, "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mun¬do amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia" (Jo 15.18,19).

Observe que o nosso Senhor considerou como certo que o mundo desprezaria a igreja. Longe de ensinar a seus discípulos a que tentas¬sem ganhar o favor do mundo, reinventando o evangelho para se adequar às suas preferências, Jesus expressamente advertiu que a busca pelas aclamações mundanas é uma característica dos falsos profetas: "Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas" (Lc 6.26).

Ele foi mais longe, "Não pode o mundo odiar-vos, mas a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más" (Jo 7.7). Em outras palavras, o desprezo do mundo pelo Cristianismo deriva de motivos morais, não intelectuais: "O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras" (Jo 3.19,20). É por esta razão que, não importa quão dramaticamente a opinião do mundo possa vir a variar, a verdade cristã não será jamais popular ao mundo.

Contudo, virtualmente em toda época da história da igreja, tem havido gente na igreja que está convencida de que a melhor maneira de ganhar o mundo é satisfazer os seus gostos. Tal tipo de abordagem tem sempre sido em detrimento da mensagem do evangelho. As únicas vezes que igreja causou impacto significativo sobre o mundo foi quando o povo de Deus permaneceu firme, se recusou a compactuar e ousadamente proclamou a verdade apesar da hostilidade do mundo. Quando os cristãos se desviam da tarefa de confrontar os enganos do mundo com as impopulares verdades bíblicas, a igreja invariavelmente perde sua influência e impotente se mescla ao mundo. Tanto as Escrituras quanto a História atestam esse fato.

E a mensagem cristã simplesmente não pode ser torcida para se conformar com a ins¬tabilidade da opinião do mundo. A verdade bíblica é fixa e constante, não sujeita a mudança ou adaptação. A opinião do mundo, por outro lado, está sempre em fluxo constante. Os vários mo¬dismos e filosofias mudam radicalmente e regu¬larmente de geração para geração. A única coisa que permanece constante no mundo é seu ódio por Cristo e seu evangelho.

Ao que tudo indica, o mundo não abraça¬rá por muito tempo qualquer das ideologias que estão atualmente em voga. Se a História servir como indicador, quando nossos netos se torna¬rem adultos a opinião do mundo terá sido dominada por um sistema completamente novo de crenças e um conjunto de valores totalmente diferente. A geração de amanhã renunciará a todos os modismos e filosofias de hoje, mas uma coisa permanecerá imutável: até que o Senhor mesmo volte, seja qual for a ideologia que ganhe popularidade no mundo, ela será tão hostil às verdades bíblicas como o foram todas as precedentes. 

Livro: Princípios para uma Cosmovisão Bíblica – Uma mensagem exclusivista para um mundo pluralista – Editora Cultura Cristã.

domingo, 21 de outubro de 2012

Participação dos pais vale mais que boa escola, diz estudo


Participação dos pais vale mais que boa escola, diz estudo

Pesquisa reafirma posição de que família tem papel decisivo no desempenho acadêmico dos filhos. Mas atenção: qualidade da escola também importa

As boas escolas ensinam, mas só quem pode educar para a vida são os pais
As boas escolas ensinam, mas só quem pode educar para a vida são os pais (Photoalto/Getty Images )
Um estudo divulgado nesta semana reforça o conceito de que o ambiente familiar é determinante no desempenho escolar de crianças e jovens. De acordo com a pesquisa, realizada pela Universidade da Carolina do Norte, estudantes que frequentam escolas fracas mas são acompanhados de perto pelos pais obtêm desempenho superior ao de crianças matriculadas em boas escolas cujos pais pouco conhecem suas atividades acadêmicas.
O estudo contou com a participação de 10.000 jovens de 18 anos. Os cientistas avaliaram primeiramente o papel das famílias: o quanto os pais confiavam em seus filhos, o grau de envolvimento deles nas atividades escolares, com que frequência checavam os deveres de casa do filho e se costumavam comparecer a eventos escolares. Em um segundo momento, as instituições de ensino foram avaliadas segundo a qualidade de seus professores, o conceito que os alunos têm da escola, a variedade de atividades esportivas e extracurriculares e a frequência com que são reportados casos de bullying e outros tipos de abuso. Posteriormente, os resultados foram cruzados com o desempenho escolar de cada um dos estudantes em matemática, leitura, ciência e história.
"Os resultados apontam que o ambiente familiar influencia mais no sucesso acadêmico do que o ambiente escolar", diz Toby Parcel, professora de sociologia e uma das autoras do estudo. "Não estamos sugerindo que a qualidade da escola seja totalmente desprezível, mas queremos alertar para a importância dos pais no processo educativo", diz Parcel.
Para os autores da pesquisa, os pais devem estar conscientes de que investir tempo e dinheiro em um escola de ponta pode não ser o suficiente para garantir o sucesso dos filhos. "Ao acompanhar o dever de casa ou ir às reuniões escolares, os pais mostram aos pequenos que a escola é importante para toda a família e precisa ser levada a sério", diz Parcel. 
O estudo foi publicado na edição mais recente do periódico Research and Social Stratification and Mobility e reafirma as evidências de que a família é fundamental no sucesso acadêmico de um indivíduo. Já está provado que pais leitores criam filhos leitores e quanto mais os responsáveis se envolvem com a escola, mais comprometida a criança é com seus afazeres acadêmicos. É sabido também que os pais não precisam dominar todo o conteúdo que é ensinado pela escola: ainda que não tenham frequentado os bancos escolares, eles podem estimular as crianças a se dedicarem aos deveres com afinco.
A pesquisa deixa claro, contudo, que uma boa escola também importa no processo de formação acadêmico das crianças. Mais do que isso: é fundamental.
Fonte: Veja - http://tinyurl.com/9fmc4bc

terça-feira, 9 de outubro de 2012

TODA DISCUSSÃO TEOLÓGICA É DO DIABO?



TODA DISCUSSÃO TEOLÓGICA É DO DIABO?
Augustus Nicodemos


De vez em quando leio comentários de cristãos nas mídias sociais dizendo, "eu sou mais a Bíblia, eu só quero Jesus, esse negócio de discussão doutrinária só divide a igreja, é coisa de homem e do diabo".


É claro que eles estão certos se a discussão doutrinária for movida por interesse mercenários e pela luta pelo poder. Todavia, este tipo de juízo generalizado revela uma falsa piedade enorme e uma ignorância ainda maior.



Se hoje estes queridos têm a Bíblia no Brasil para ler em português e conhecem o Jesus que ela ensina é por que:
  • A Igreja reconheceu os 66 livros somente depois de muita polêmica contra Marcião e Montano no séc. II a III; sem isto, nem Bíblia teríamos ou então, uma mutilada;
  • Os Reformadores quebraram o pau na Idade Média para dizer que a Bíblia é a revelação final de Deus e com isto conseguir que ela voltasse para as mãos do povo;  sem isto, estaríamos escutando missa em latim até hoje e sem uma Bíblia em nossa língua para conferir;
  • Comitês de tradução brigam e disputam teologia para saber qual a melhor tradução do grego e hebraico para o português; imagino que estes irmãos "piedosos" não lêem nem grego e nem hebraico e que dependem do português para ler a Bíblia;
  • Teólogos e mestres crentes lutaram e brigaram contra os liberais para que as igrejas ficassem com o Evangelho puro acerca de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Sem estas disputas teológicas, estaríamos reverenciando um Jesus diferente daquela da Bíblia.
 Portanto, acho que estes irmãos estão simplesmente cuspindo no prato em que comem todo dia, ao condenar as disputas teológicas ao mesmo tempo que lêem sua Bíblia em português.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O maior no reino de Jesus


O maior no reino de Jesus



Joubert de O. Sobº

Quem é o maior no Reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Mt 18.1-14

Os arqueólogos, ao escavarem cidades antigas encontraram, ao lado dos templos pagãos, cemitérios com vasos. Nestes havia ossos e restos de crianças usadas para sacrifício. O sacrifício de crianças era comum entre os cananeus, povos que habitavam nas terras que Deus prometeu ao povo de Israel. O culto a Baal e Astarote incluía estes sacrifícios. Os profetas de Baal no tempo do rei Acabe eram assassinos de crianças!

Na Roma e Grécia antiga os pais eram os donos, os proprietários de seus filhos e tinham o “direito” de matá-los ou abandoná-los nas florestas ou encostas das montanhas a fim de que fossem comidos pelas feras, pássaros ou tomados por viajantes para abusos ou sacrifícios, caso desejassem. A prática de matar os filhos era aplaudida socialmente e aprovada como um gesto digno. 

Em 1880, as missionárias Sofie Reuter e Anna Jakobsen se chocaram com o infanticídio na China. Os pais que não quisessem os recém-nascidos, principalmente meninas, levavam-nas para as “torres dos bebês” e os abandonavam para morrer de fome ou comidos por aves. As missionárias passaram a levar estas crianças, cuidando delas e salvando-as da morte certa. 

Adam Smith (escritos da obra A riqueza das nações) – menciona que, em 1776, todas as noites, bebês eram abandonados nas torres de bebês ou afogados na água. Algumas pessoas tinham esse ofício repugnante com o qual ganhavam sua subsistência. Era um trabalho, um serviço reconhecido e contratado pelos pais.

Até 1800 na Índia havia a prática do satie, infanticídio onde os pequeninos eram lançados pelos pais ao mar. Os missionários pressionaram para que essa prática - bem como outras semelhantes - fosse abolida. Hoje o aborto, em virtude do sexo do bebê, está voltando a crescer na Índia pela diminuição da influência cristã.

Quando Jesus veio à Terra seus ensinos mudaram o pensamento humano. A valorização da vida está na essência de sua mensagem. Os cristãos passaram a pensar a vida como sagrada

A igreja passou a salvar muito bebês e crianças abandonadas, adotando-as e a criando-as em família por causa da fé. O aborto, o infanticídio,  o abandono desapareceram na igreja primitiva Com estes valores foram fundadas as civilizações ocidentais com a ética de valorização da vida humana que persiste até hoje (leis, proteção, punição, programas sociais, etc.). 

Nem sempre as crianças tiveram o respeito que têm hoje. Vivemos numa nação que foi fundada sobre valores cristãos de respeito à vida. E isto se deve unicamente a Jesus Cristo e ao Evangelho que trouxe a valorização da vida. 

Infelizmente, nos países onde  evangelho não teve pleno acesso, a desvalorização da vida ainda está presente.

Na sociedade judaica, nos tempos de Jesus, embora as crianças tivessem o amor de seus pais, socialmente não tinham status, eram desprezadas. Pode imaginar o espanto quando Jesus apresentou uma criança representando o maior no reino dos céus? Para o discípulo de Jesus, tornar-se como uma criancinha significava ser considerado sem importância, pois era a imagem das posições mais inferiores da sociedade (pobres, mendigos, prostitutas, cobradores de impostos, os pequeninos, os últimos).

Um dia Jesus ficou muito bravo com os discípulos porque eles estavam impedindo as crianças de se achegarem a ele. Então ele pegou cada criança, uma por uma, e impondo as mãos sobre elas, as abençoou.

Você tem abençoado as crianças? Aproveite a oportunidade! Você foi uma criança abençoada? Se você pertence a Jesus você é um se seus pequeninos. Ele vai abençoar sua vida e demonstrar o valor que ele lhe dá.

E, tomando-as nos seus braços e impondo-lhes as mãos, as abençoou. Mc 10.15,16