segunda-feira, 25 de julho de 2011

Valores modernos...


Repasso a obra abaixo como uma ótima 
descrição da realidade de nosso tempo...
Abração
Joubert


Quino,
o cartunista argentino autor da Mafalda,
desiludido com o rumo
deste século no que diz
respeito a valores e educação, 
deixou impresso
no cartum o seu sentimento




  
  





A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.

"Você não é um ser humano que está passando por uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana."   Wayne W. Dyer


terça-feira, 19 de julho de 2011

Quer conhecer um MILAGRE?

Ela vive um milagre todos os dias.

Elisa é esposa do Pr. Francisco da Família São Bernardo com quem gravamos um CD anos atrás. Leia, em suas próprias e breves palavras, o que ela tem experimentado. Se você quiser entender os detalhes desta ação sobrenatural de Deus, pode até conversar com ela no Facebook (basta clicar no nome dela sob a foto) ou na própria igreja em S. Bernardo. Principalmente se você está vivendo uma situação sem saída, ou se não crê que Deus possa operar milagres ainda hoje! Foi lá (no Facebook) que ela postou esta mensagem.
Joubert O. Sobº




                “Essencial é para a fé não ver e crer no que não se vê” 
Louis Bourdaloue


“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”
Hebreus 11:1

Há 5 anos recebi um diagnóstico de câncer no cérebro (glioblastoma nivel IV – maior grau de malignidade), sendo inoperável e incurável.

Eu teria 6 a 9 meses de vida, segundo vários médicos. 

Se puder, procure na Internet esta doença para entender sua gravidade. Simplesmente não há casos de cura!!!

Há mais de 4 anos tenho vivido sem a compreensão deles. 

Exames recentes ainda confirmam a presença do tumor, miraculosamente “estacionado”. 

Eu esperava ouvir que ele deixou de existir ou está cauterizado!!! Mas o Senhor continua a falar: você precisa crer no que não se vê!! todos os dias... Esta é a fé que agrada a Deus!!! 

Quero viver os meus dias servindo-O e agradecendo pelo presente que Ele tem me dado: a vida! 

Quero usufruí-la plenamente em nosso ministério, com nossos filhos, nossa família, nossos amigos... e crendo, mesmo não vendo!!!

sábado, 18 de junho de 2011

Hic sunt leones



Hic sunt leones

Joubert de O. Sobº
Devocional CRE – 13.06.11

Esta é uma frase latina que significa “aqui moram leões”. Segundo Malba Tahan*, é comum encontrá-la nas antigas cartas geográficas. Certamente os conquistadores, descobridores tiveram grandes surpresas ao adentrar em novas terras e continentes. Cada montanha, cada rio, cada floresta deveria ser detalhadamente descrita e, nos mapas, desenhado; muito mais se encontrassem feras temíveis como os leões.

Os alunos são, em parte, como os descobridores. Passam a conhecer territórios nos quais nunca estiveram antes. Descobrem os rios e fontes da Língua Portuguesa, os montes e vales da Física, as cavernas e cavidades subterrâneas da Matemática, as florestas da Química, as planícies da Geografia, as variações climáticas da História e os mares das Artes. Todas estas descobertas se fazem, especialmente em nossa escola, sobre os princípios da Palavra de Deus, onde o conhecimento da verdade se faz reconhecendo sua origem em Deus. Consequentemente, com este mapa que compõe a nossa cosmovisão cristã, passamos a conhecer também a pessoa de Deus.

Há duas grandes necessidades no mundo: conhecer a Deus e conhecer o ser humano. Sob a revelação bíblica, ao conhecer a Deus conhecemos também a humanidade. Porém, é patente que muitos especialistas e profundos conhecedores de determinadas áreas da ciência desconhecem quase que totalmente os meandros de si mesmos, os valores ocultos da alma, as potências das paixões ameaçadoras e a localização exata das feras interiores. No mapa de si mesmos não sabem onde devem escrever: hic sunt leones...     
    

Pensadores antigos já enxergavam essa necessidade e propunham alguns exercícios para conhecimento de si mesmos, conforme descreve Malba Tahan. Seria bom se nos acostumássemos a fazer o mesmo.

Pitágoras recomendava que se cada um fizesse estas perguntas a si mesmos duas vezes ao dia: Que fiz eu? Como o fiz? Fiz tudo o que devia fazer?

Quíntio Céxtio fazia para si todas a noites estas perguntas: A que fraquezas de meu caráter busquei remédio hoje? Que defeitos combatí? Em que foi que me tornei melhor?

Sêneca escreveu: Tenho o hábito de examinar-me cada dia. À noite, depois de apagar a luz, percorro o meu dia em pensamento e ponho todas as minhas palavras e todas as minhas ações no prato da balança.

Sabemos, porém, que muito antes desses pensadores concluírem que o conhecimento de si mesmo era importante para a vida, os profetas do Senhor já clamavam ao povo de Deus que fizessem um autoexame e se arrependessem:

Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR. Lamentações 4.40.

A Bíblia é clara em nos chamar ao autoconhecimento sob a perspectiva de Deus:

Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. 2 Coríntios 13.5.

Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. 1 Coríntios 11.28.

Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mateus 7.5

E não somente isto; a Bíblia indica qual é a causa de tanta dificuldade em se autoconhecer e se autoexaminar: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Jeremias 17.9. Essa é, hoje, a mesma causa que torna difícil às pessoas fazerem uma “carta geográfica” de si mesmos.

Se nosso coração não nos ajuda neste trabalho, podemos orar e pedir ajuda do Senhor para este autoexame:

Examina-me, SENHOR, e prova-me; esquadrinha os meus rins e o meu coração. Salmo 26.2

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno. Salmo 139.23,24.


Certamente o Espírito Santo nos esclarecerá e nos fará conhecer nossas forças e fraquezas, nossos lugares de paz e de extremo cuidado em nosso interior. Quanto mais conhecermos a Deus através das Escrituras Sagradas, mais conheceremos a nós mesmos a ponto de sermos capazes de elaborar o mapa da alma.

* TAHAN, Malba. Lendas do céu e da terra. 16.ed. São Paulo: Conquista, 1964. p.199.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O ateu e o mal


Gregory Koukl
por Hamilton Furtado, terça, 14 de junho de 2011 às 19:18

Depois de décadas discutindo o problema do mal, eu descobri uma abordagem que tem maciçamente simplificado minha tarefa, que sutilmente vira o jogo com os ateus, pendurando-os adequadamente sobre os chifres de seu próprio dilema.

Veja como ele funciona. Eu não começo a minha resposta com preocupações tácticas (manobras sobre as especificidades), mas sim com um ponto estratégico (o quadro geral) pretendendo mostrar que o ateu ele próprio não está fora do cerco do problema do mal.

Para preparar o terreno, começo esclarecendo o desafio em termos nítidos. Eu explico a lógica da denúncia. Então, eu ofereço uma anedota, ilustração ou notícia com cenas fortes (sempre há algum horror nas manchetes), acentuando a gravidade do protesto do ateu. Em suma, tento aumentar a força emocional da objeção.

Em seguida, eu digo ao público que não lido com o problema em primeiro lugar como teólogo ou filósofo, ou mesmo como um cristão, mas como um ser humano tentando entender o sentido do meu mundo. Provas do mal abundam flagrantemente. Como faço para contabilizar tal depravação?

Mas, eu sou rápido para acrescentar – e aqui é o movimento estratégico –  eu não estou sozinho. Como teísta, eu não sou o único confrontado com este desafio. O mal é um problema para todos. Toda pessoa, independentemente da religião ou visão de mundo, deve responder a essa objeção.

Até mesmo o ateu. E se alguém é assaltado por uma tragédia pessoal, afligido por eventos mundiais, vitimados pela corrupção religiosa ou abuso e responde a isso com uma rejeição a Deus tornando-se ateu (como muitos fizeram)? Note que ele não resolveu o problema do mal. Ele simplesmente eliminou uma possível resposta: o teísmo.

O ateu não pode levantar a questão, virar nos calcanhares e dar no pé. Sua objeção é que o mal existe realmente, objetivamente, como uma característica real do mundo. De outro modo, por que levantar a questão? Mesmo que o teísmo não consiga dar uma resposta satisfatória, o problema não desaparece. O mal continua.

O ateu ainda tem de responder à pergunta: "Como posso explicar o mal agora, como um ateu? Como faço para responder ao problema do mal de uma visão de mundo materialista?" Ele já não tem os recursos do teísmo para sacar. Então o que é que restou a ele?

Há apenas uma solução para ele. O ateu tem que jogar a carta do relativismo. A moralidade é tanto o produto de um contrato social ou um truque da evolução. Isso é o melhor que o materialismo pode fazer. Sua própria resposta ao problema do mal, então, é que não há nenhum problema do mal. A moralidade é uma ilusão. Seja o que for, é certo. Nada mais pode ser dito.

Você vê em que lugar difícil isso coloca o ateu? Se esta é a resposta certa para o problema do mal, então a sua queixa inicial desaparece. O único mal que pode começar a tracionar um problema contra Deus deve ser algo real – mal objetivo – não apenas uma invenção cultural ou biológica.

Aqui está a ironia. A existência do mal inicialmente torna o ateu furioso, mas a sua própria visão de mundo transforma o mal objetivo com o qual ele ficou tão indignado em uma completa ilusão.

O grande filósofo ateu do século 20, Bertrand Russell, perguntava como alguém pode falar de Deus, quando ajoelhado na cama de uma criança morrendo. Seu desafio tem força retórica poderosa. Como alguém pode se agarrar à esperança de um soberano benevolente e poderoso em face de tal tragédia?

Então, o filósofo cristão William Lane Craig oferece esta resposta: "O que o ateu Bertrand Russell vai dizer quando ajoelhado ao lado da cama de uma criança morrendo? "Muito ruim"? "Azar"? "As coisas são assim"? Não há final feliz? Nenhum sol por trás das nuvens? Nada além do devastador mal sem sentido?

Eles não podem falar da paciência e da misericórdia de Deus. Eles não podem falar da perfeição futura que aguarda todos os que confiam em Cristo. Eles não podem oferecer o conforto de um Deus redentor trabalhando para fazer com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam e são chamados segundo o seu propósito. Eles não têm "boas notícias" de esperança para um mundo falido. Sua visão de mundo lhes nega esses luxos.

O que me leva à questão mais importante a fazer sobre o problema do mal: Que visão de mundo tem os melhores recursos para dar sentido a este desafio?

A resposta não é o ateísmo. A resposta para o mal é Deus, em Jesus, na cruz, no Calvário. As particularidades ainda devem ser desenvolvidas. Mas eu começo com a questão estratégica, primeiro. Isso define o cenário. Só depois posso entrar em detalhes.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Vai dar para fazer um acordo?

Joubert de Oliveira Sobrinho
Não há nenhum versículo que diga: “Não namorararararás alguém que não seja de sua fé...”.

Para este e para muitos outros assuntos, o que existe são princípios.
Esses princípios divinos permeiam muitos textos bíblicos. Por exemplo:

Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? 2 Coríntios 6:14.

O que é um Jugo

No dicionário significa: 1. Canga (de bois). 2. Junta de bois. 3. Espécie de forca por baixo da qual desfilavam (perante os romanos) os inimigos vencidos. 4. Fig. Domínio; força repressiva; sujeição.


Esta figura acima é um jugo. O pescoço dos bois (ou de outros animais) era preso em cada lado e o esforço conjunto tornava a carroça, mesmo que carregada, leve para ambos, pois dividiam a força. Significa um compromisso tomado a dois; uma responsabilidade em que dois assumem juntos. Enquanto ambos concordarem em ir para a mesma direção, não será difícil caminhar juntos e chegarem ao destino.




Geralmente o carro de boi, ou carretão, é levado por dois animais, um par ou parelha. Para carros com maiores cargas usa-se mais de uma parelha. Se, por um lado esta figura não seja tão, digamos, delicada para se referir a um casal, por outro não temos dificuldades para entender esta dinâmica.


E o jugo desigual?

Sabe-se que para treinar um boi novo, naturalmente rebeldezinho, coloca-se ao lado dele um boi mais velho e forte. O velho vai arrastar a carroça e, também, o boi novo que desejará ir para outro lado... Nestas horas também entra o “aguilhão”, tipo de espeto de ferro com que o “motorista” cutuca o boi novo. Às vezes o aguilhão é fixado no carro, logo atrás do traseiro do boi rebelde, para que ele não dê ré.

Essa é a ideia de Paulo (princípio) ao referir-se a uma união, seja de que natureza for, namoro, casamento, sociedade de negócios, etc., isto é, algo que comprometa profundamente duas pessoas em seus valores pessoais. Havendo-se firmado o compromisso entre pessoas diferentes em seus valores e formações, ainda que ambos se sujeitem (tomem o jugo), podem aparecer as diferenças. Um vai querer ir para um lado, outro para o outro. O mais forte vai arrastar o mais fraco. Um deles terá mais força e a convivência, dali um tempo, ficará insuportável, afinal, as intenções serão diferentes. Nessas alturas o peso da carroça cresce para quem quer ir pelo caminho certo... Mais um princípio:

Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? Amós 3:3



Direto ao assunto

Você vai ter que decidir: bebida alcoólica. Suporta ou não? Fumar, talvez usar uma “erva” de vez em quando. Sim ou não? Vai fazer vistas grossas por causa do jugo? "Amassos" e "malhos", convites para motel. O que você pensa sobre isto? Ele não tem freios, ela tem, mas é difícil pisar com força nessa descida... Ainda tem o peso do carretão... Alguém tem que parar, alguém tem que ceder... Quem vai ceder? Os valores, interesses, atrações, fundamentos, princípios, gostos são diferentes! Peças que terão toda a possibilidade de não se encaixarem adequadamente nas outras... A não ser que alguém desista de seus valores próprios... Portanto, haverá um custo, um preço para manter o compromisso. Por que? Porque o jugo não é igual; é desigual.

Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Efésios 5.25
De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Efésios 5.24

Nestes textos o marido deve fazer como Jesus fez: dar a vida pela mulher, enfrentar a cruz! Quem não conhece a Jesus  poderá imitá-lo?
E ela? Vai se sujeitar cegamente a um marido que pode não estar a fim de dar a vida por ela? Ela vai se sujeitar se não souber como é a igreja? Pode tratar o marido como Jesus sem conhecer a Jesus?

Por isso não dá para ter tanta diferença unida pelo mesmo jugo, entende?. Para que uma união tão íntima, como o casamento, tenha chances de ir longe e não se tornar uma viagem excessivamente pesada para um deles, o bom senso indica que temos que ter mais valores em comum do que diferenças. Se não, a gente fica que nem a foto abaixo:


Deixo para você definir quem dos dois é o crente...

Será que dá acordo? Será que vai dar para ambos se entenderem? 
Se for o jumento magrela, vai ser carregado pelo boi que é mais forte.
Se for o boi chifrudo, vai ter que carregar a carroça sozinho, e ainda tentar arrastar o jumento por todo o caminho...
No final das contas, Deus nem precisaria falar... 
É uma questão de bom senso, sabedoria, inteligência! Um princípio aplicável em todas as decisões da vida.

Avaliando as diferenças a gente pode perguntar: E aí? Tem certeza que vai querer encarar?

Portanto, antes de botar a cabeça no mesmo jugo com outra pessoa, é melhor usar a cabeça... Dobre-a para orar e, sobretudo, use-a para pensar.

Espero ter ajudado um pouquinho...

Abração
Joubert

Do que somos capazes






Os dias passados não voltarão.


Nenhum de nós, já entrando em anos, voltará a ser jovem, para poder aprender a levar a vida de modo mais idôneo.


Só nos resta uma coisa, de uma só coisa somos capazes, que é ajudar nossos pósteros na medida do possível.


Assim, demonstrando os erros em que nossos preceptores nos lançaram, mostraremos o caminho para evitá-los. 

João Amós Comenius

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A necessária dor da disciplina


A necessária dor da disciplina

O que tem a ver o narigão com a disciplina??? Leia e descubra.


Joubert de Oliveira Sobrinho
Devocional CRE de 16.05.11

E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Hb 12.5-11

O autor de Hebreus com clareza ensina que a disciplina divina é parte do processo de nosso crescimento como filhos de Deus. Quando necessário Deus nos disciplina (ou castiga) com a finalidade de fazer-nos participantes de sua santidade. A disciplina é necessária devido à nossa natureza permeada pelo pecado. Quando Deus a exerce sobre nós, significa que ele nos ama. A ausência de disciplina indica carência de paternidade, distância do amor.

A disciplina também, quando exercitada, a princípio, não traz alegria, senão tristeza. Mas posteriormente frutifica em justiça na vida de quem a vivencia. Somos afiados na base do atrito de acordo com nossa resistência. Uns com mais força, outros de forma mais tênue, mas todos os discípulos são disciplinados por Deus. E por que a disciplina é dolorida e causa tristeza? Entre outros fatores, em razão dela expor à luz o que gostaríamos que ficasse escondido.

Quando não se corrige o caminho no início da jornada, o desvio leva ao destino que não se almeja, com prejuízo da perda de tempo, oportunidade, bens, quando não a honra e a dignidade. Quantas vezes ouvimos de pessoas que foram surpreendidas em conduta reprovável merecendo a punição e correção da lei? Quando se estabelece a disciplina para corrigir alguém, ela exige prioridade e anula todos os planos e construções edificadas, por vezes, há anos, obrigando a pessoa a frear a vida para dar contas de um vício, transgressão ou culpa diante da justiça.

Em Deus temos como nos desvencilhar de vergonhas futuras. Podemos nos adiantar e confessar perante ele nossas culpas e iniqüidades, clamar pelo livramento do Espírito e nos alimentar do Pão da sua Palavra que nos purifica e fortalece a alma. Resistir a Deus ou tentar esconder-se dele é tolice. Ele conhece todos os meandros e acessos dos corações e pode desarmar o resistente em poucos passos para expor toda a transgressão oculta, todos os pecados secretos. Assim sua disciplina revela nossas imperfeições e deformidades causando-nos tristeza e dor. Se a rejeitamos, não podemos ser filhos. Se a aceitamos, crescemos em sua justiça e santidade sob sua paternidade.


Há uma divertida história narrada por Malba Tahan em seu livro Maktub, chamada O nariz do rei Mahendra. Esse rei era alguém de caráter estúpido e injusto, que se recusava a perceber que possuía um nariz torto, monstruoso e horrível. Mandava enforcar quem quer que levemente se referisse ao seu real narigão disforme. Em contrapartida, ousava considerar-se o padrão de beleza masculina. Transbordando de vaidade, o rei resolveu fazer um concurso entre os melhores pintores do país para que lhe produzissem um retrato. O ganhador levaria de prêmio um elefante, um palácio e uma caixa repleta de jóias.

Três excelentes pintores se apresentaram e iniciaram seus trabalhos. O primeiro a expor sua obra foi o pintor realista que elaborou um retrato perfeito do rei, inclusive sua enorme deformidade nasal. Ao ver que sua figura incluía as grotescas ventas, o rei furioso mandou enforcar o pintor. O segundo, temendo o mesmo fim, abriu mão da escola realista e pintou o rei com as feições perfeitas, especialmente o nariz, afilado, proporcional, belo e até levemente arrebitado. Ao vê-lo o rei ficou mais colérico, praguejou e mandou enforcar o infeliz.

O último pintor considerava-se perdido. Clamava aos céus por um escape. A cidade toda antecipadamente lamentava o seu certeiro e triste fim. Ninguém acreditava que ele pudesse se livrar da forca. No entanto, para espanto de todos, eis que desce a rampa do palácio o pintor com uma comitiva para se apossar do palácio que ganhara, com servos do rei conduzindo o elefante e carregando a caixa de jóias. Viu-se cercado de amigos que queriam saber como se livrara da forca. Ele então respondeu: - Pintei o rei exatamente como ele é. Tive, porém, a ideia de imaginá-lo a caçar tigres, e a arma que ele levava ao rosto tapava-lhe perfeitamente o nariz grotesco e monstruoso!

Talvez por passar muito tempo negando a existência de erros que necessitam de correção, temos agido à semelhança deste rei, usando subterfúgios para ocultar nossas monstruosidades da alma. Esse não é absolutamente o caminho. A disciplina do Senhor nos alcançará e apontará para o lugar escuro onde ocultamos os defeitos. Antes que isto aconteça, adiantemo-nos em expor perante ele nossas deformidades e dispostos a nos despir delas. Assim teremos um aliado que nos ajudará a nos revestirmos da nova vida em Jesus, o Espírito Santo.

Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Rm 8.13.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Por um tesouro mais valioso


Joubert de Oliveira Sobrinho
Devocional CRE de 09.05.11


Ainda que também podia confiar na carne: se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu, Circuncidado ao oitavo dia da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo, Fp 3.4-8

 

No texto acima, o apóstolo Paulo mostra que, na qualidade dos valores humanos, da projeção pessoal, do ganho por herança e das conquistas pelo próprio esforço, ele estava em posição privilegiada em relação à maioria das pessoas comuns. Com estas credenciais ele poderia se apresentar orgulhosamente perante a sociedade e receber o reconhecimento que poucos possuiriam.

 

No entanto, algo muito poderoso levou Paulo a inverter completamente seu raciocínio, a ponto de considerar como perda ou algo sem valor o que dantes era ganho, lucro. O que era motivo de orgulho pessoal passou a ser tão desprezível quanto o esterco, o estrume, o excremento de animais. Afinal, o que aconteceu na vida de Paulo que fez com que aquelas coisas perdessem o brilho? Ele conheceu a Jesus e isto mudou toda perspectiva que possuía.

 

Agora nenhuma das vantagens anteriores poderia ser comparada ao valor descoberto em Cristo. Este passou a ser a maior riqueza e a maior busca de sua vida. Paulo menciona que em Jesus estão “escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência”, Cl 2:3; manifesta desejo de conhecê-lo cada vez mais, bem como a virtude de sua ressurreição, Fp 3.10. Enfim, valores estes não estão sujeitos à degeneração do tempo e dos costumes humanos.

 

Milhões de pessoas tiveram a mesma percepção ao conhecerem a Jesus. Uma delas é William Thompson - que passou a ser conhecido como Lord Kelvin por suas conquistas no campo da ciência. Nascido na Irlanda em 1824, Lord Kelvin era físico, matemático e engenheiro, ícone das ciências físicas do século XIX. Ele fez importantes contribuições na análise matemática da eletricidade e termodinâmica e na unificação das disciplinas emergentes da física em sua forma moderna. Adquiriu notoriedade por desenvolver a escala Kelvin de temperatura absoluta e participou também no projeto de transmissão telegráfica por cabo submarino.



Certa vez um jovem fez uma longa viagem até a Escócia para entrevistar e conhecer pessoalmente Lord Kelvin. Diante do grande cientista o jovem disse:

- Vim conhecê-lo, depois de longa e difícil caminhada, movido apenas pelo desejo de lhe fazer uma pergunta. Vejo que as paredes de sua sala de estudos estão forradas de milhares de livros. Creio que o senhor já deve ter lido todos eles... Sei que o senhor é autor admirado de vários compêndios e que viajou pelo mundo inteiro comunicando-se com os homens mais sábios, guias do pensamento, orientadores de opiniões. Permita-me perguntar, depois de tantos anos consumidos no estudo de tantas ciências, e das experiências adquiridas, qual o conhecimento que o senhor considera mais valioso?

Lord Kelvin, emocionado pelas palavras, tomou as mãos do jovem entre as suas e disse-lhe:

- Meu caro amigo, mais preciosas que todos os conhecimentos que amontoei no cérebro, são duas lições que aprendi de valor incalculável: a primeira que sou um grande pecador; e a segunda que Jesus Cristo é o único e suficiente Salvador. Na aquisição destas duas verdades inabaláveis e indubitáveis, aplicadas à minha própria experiência, repousa toda a minha felicidade, repousam todas as minhas esperanças!

Semelhante a Paulo, Lord Kelvin tinha o conhecimento de Cristo como infinitamente superior a toda sabedoria adquirida neste mundo e a todo sucesso obtido aqui.

Você já se deu a oportunidade de conhecer a Jesus? Proponho uma maneira de começar a conhecê-lo: leia o evangelho de João, um capítulo por dia. Medite nas palavras de Jesus em cada situação descrita. Você terá grandes chances de descobrir o tesouro e de iniciar uma amizade que durará para a eternidade.