sábado, 23 de abril de 2011

As produções de Fanny Crosby


As produções de Fanny Crosby


Joubert de O. Sobº 
Devocional CRE de 11.04.11

Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaías 55.11


Quando Jesus se referiu aos males que procedem de dentro do coração dos homens, ele estava mencionando a fonte das ações humanas. Para que se produzam bons frutos é necessário que o coração esteja purificado e transformado por Deus. Do contrário nossas ações não serão melhores que qualquer um que desconheça a Deus.

Pessoas más produzem abundantemente aquilo que transborda de seus corações. Elas, sem paz, sem sossego, produzem e expelem seus males de muitas maneiras:

Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Isaías 57.20

Algumas pessoas, porém, transbordam virtudes e vida exemplar, mesmo estando em “certa desvantagem”, comparadas a outras. Vamos conhecer a excepcional Fanny Crosby.

Fanny nasceu em Putnam County - NY, no dia 24 de março de 1820, em perfeitas condições de saúde. Era a bênção que seus pais sonharam. Os vizinhos e parentes logo quiseram conhecer a luz da linda menina com que Deus iluminou aquela família.

Depois de um pouco mais de um mês, os olhos de Fanny apresentaram uma enfermidade. Era uma infecção. Foram ao médico, mas o clinico que conheciam não estava. Um outro médico os atendeu e receitou cataplasmas (uma pasta)  de mostarda quente. Fato é que a menina ficou completamente cega com menos de seis semanas de vida. O doutor teve que fugir da cidade. Foi muito difícil para seus pais imaginarem o que seria da Fanny no futuro. A luz, as cores, a escuridão da noite, o brilho das estrelas e da lua, o sol do meio-dia, jamais seriam vistos por ela.

Seu pai faleceu logo depois e sua mãe teve que trabalhar enquanto ela ficava com a avó. Com a vovó ela passou a maior parte do tempo enquanto crescia. Vovó leu a Bíblia para ela, a fez conhecer as histórias da Palavra de Deus e a receber, logo cedo, a salvação em Jesus Cristo.

Ela nada enxergava, mas não reclamava. Desde cedo, compunha muitos poemas e poesias de louvor a Deus.
Aos oito anos de idade escreveu este poema:

Que criança feliz sou eu!
Não posso ver, mas tenho decidido ser feliz,
Porque tenho muitas bênçãos que outros não têm;
Portanto, eu não chorarei ou lamentarei por ser cega!

Posteriormente, em sua biografia escrita em 1903, ela afirmou que o melhor de sua vida foi ter aprendido a Bíblia, suas histórias e seu ensino. Seu amor pelas Escrituras Sagradas foi demonstrado de muitas maneiras. Ela disse:

Aos 10 anos, eu podia recitar de cor os primeiros cinco livros do Antigo Testamento e os primeiros quatro livros do Novo Testamento sem cometer um erro sequer; também podia recitar muitos poemas.

Ela se casou com o professor de música Alexander Van Alstyne. Sofreu, porém, grande dor ao perder seu único filho ainda criança.

Apesar de ser uma poetisa, ela nunca havia composto uma canção. Resolveu colocar as palavras de louvor em música e, aos quarenta e quatro anos de idade, compôs seu primeiro hino de louvor e adoração... E não parou mais! Ela compôs mais de 8.000 belíssimos hinos exaltando a Deus.

Sua fama cresceu, mas mantinha sua humildade. Conheceu presidentes, foi a primeira mulher a falar ao Senado dos Estados Unidos, fazia conferências e palestras em vários lugares.

Dizia ser feliz por nunca ter visto. Sua cegueira não permitiu que ela visse ninguém na vida. No entanto, ela se alegrava porque a primeira pessoa que ela veria, após sua morte, seria Jesus. Em seus últimos dias pode dizer aos que a rodeavam:

Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.

Fanny faleceu em 1915 deixando milhares de hinos que até hoje são cantados nas igrejas. Seu amor pela Palavra de Deus e sua produção de cânticos exalta a Jesus continuamente por mais de um século.

Hinos compostos por Fanny:
  • ·       A Deus demos glória por Seu grande amor
  • ·       Desperta já, meu coração
  • ·       Conta-me a história de Cristo
  • ·       Santo Espírito, ouve com favor
  • ·       Somente um passo a Cristo
  • ·       Cristo te chama com mui terno amor
  • ·       Pecador, teus pecados, brancos
  • ·       Que segurança, sou de Jesus
  • ·       Mais perto da Tua cruz
  • ·       Quero o Salvador comigo
  • ·       Quero estar ao pé da cruz
  • ·       Nós marchamos para aquele bom país
  • ·       Ama o teu próximo, busca o perdido
  • ·       Salvo em Jesus, meu Mestre

Pense em si mesmo e pergunte: O que tenho produzido? Qual tem sido o tipo de frutificação de minha vida? Quando eu fechar os olhos o que deixarei para as pessoas do mundo? Elas continuarão onde eu comecei? Poderão glorificar a Deus com a minha produção?

Que Deus prospere tudo o que você fizer:

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Salmo 1.3

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os pobres vestidos de Salomão



Joubert de Oliveira Sobrinho
Devocional CRE de 04.04.11

Vejam como crescem os lírios do campo... nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles, Mateus 6.28,29.

Antes de morrer, o rei Davi instruiu Salomão, seu filho e sucessor, encorajando-o a guardar os mandamentos do Senhor e a andar em seus caminhos para que tivesse um reinado abençoado, 1Re 2.1-12. Salomão assumiu o reino após a morte do pai e logo depois teve um sonho. Nele, o Senhor lhe deu a oportunidade de pedir qualquer coisa: “Pede-me o que queres que eu te dê”. Diante desta oferta extraordinária Salomão não se deixou levar por interesses próprios. Não pediu longevidade, riquezas nem a morte de seus inimigos, pelo contrário, reconheceu sua inexperiência e incapacidade para administrar seu povo, como seu pai fazia. Pediu, então, unicamente um coração compreensivo para poder atender as demandas do povo.

Deus se agradou do pedido de Salomão. Deu-lhe sabedoria e entendimento mais do que qualquer outra pessoa na terra. Deu-lhe ainda mais: riquezas, glória e longevidade, caso andasse diante de Deus como Davi seu pai, 1Re 3.3-15. Assim, Salomão se tornou um homem repleto de inteligência e discernimento, capaz de julgar as causas mais difíceis. Também se tornou muito rico, mais do que todos os que existiram antes e depois dele.

O brilho das ricas vestes

Sua fama se estendeu pelas nações. Falava-se da sabedoria e riqueza de Salomão nos lugares mais distantes do mundo. A rainha de Sabá quis conhecê-lo pessoalmente e, ao constatar a grandeza do seu reino, ficou impressionadíssima, 1Re 10.5. Dentre as coisas extraordinárias que ela viu estava a beleza dos vestidos que os oficiais, criados e copeiros trajavam. Todos os reis e autoridades que o visitavam traziam, dentre seus presentes, vestidos da melhor qualidade, 1Re 10.25. É evidente concluir que o próprio rei Salomão vestia-se do bom e do melhor; ele deveria ser exigente ao escolher o melhor dos tecidos e, com rigor e primor vestir-se dos mais belos. No entanto, o homem mais rico e sábio do mundo não tinha as melhores e mais belas vestes. Ainda havia algo mais lindo que as vestes gloriosas de Salomão.



As vestes do lírio

Jesus, ao recomendar que não nos preocupássemos com o que havemos de nos vestir, disse:
“Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles”, Mateus 6.28,29.

Aos olhos de Jesus, os lírios do campo se vestiam muito melhor do que Salomão, por mais riqueza e glória que este tivesse. Diante da beleza e design do lírio, os vestidos mais caros de Salomão eram pobres trapos velhos. O rei de Israel, filho de Davi, o mais rico homem do mundo, jamais de vestiu como eles.

Há muitas espécies de lírio, porém, a pureza é o significado mais associado a esta flor. Principalmente porque algumas de suas espécies crescem no pântano, local cheio de lodo, de matéria orgânica em decomposição, cujo aroma pode não ser nada agradável. Mesmo assim, cresce nesse meio mantendo sua pureza e seu perfume. Suas vestes continuam as melhores e mais ricas.

O descaminho de Salomão em sua velhice

A sabedoria incomum que “vestia” Salomão não o impediu de afastar-se de Deus. Ele se uniu a setecentas mulheres e trezentas concubinas, muitas delas mulheres que ele não deveria se unir. Elas lhe perverteram o coração:

E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, Das nações de que o SENHOR tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas, e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Porque sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito para com o SENHOR seu Deus, como o coração de Davi, seu pai, Porque Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, a abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos olhos do SENHOR; e não perseverou em seguir ao SENHOR, como Davi, seu pai. Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a abominação dos filhos de Amom. E assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras; as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses. Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão; porquanto desviara o seu coração do SENHOR Deus de Israel, o qual duas vezes lhe aparecera. E acerca deste assunto lhe tinha dado ordem que não seguisse a outros deuses; porém não guardou o que o SENHOR lhe ordenara. 1Re 11.1-10

Salomão não se manteve em pureza em meio ao pântano do pecado. No tempo de sua maturidade ele não manteve a fidelidade a Deus e pecou gravemente contra ele. Suas ricas vestes de sabedoria e inteligência jamais suplantariam a pureza dos lírios do campo. Um lírio sabe crescer e se manter puro em meio à sujeira. Salomão não cuidou de sua pureza diante de Deus. Suas veste aparentemente ricas não podiam cobri-lo da nudez de seu pecado.

Você é um lírio neste mundo

Se você entregou a vida a Jesus significa que recebeu um chamado para ser um lírio no pântano do mundo. Jesus é maior do que Salomão, Lucas 11.31. Ele partilhou com você as vestes de sua santidade. Você foi desafiado a brilhar onde só existe trevas, perfumar onde só existe odor fétido, embelezar ambientes horrorosos, declarar com tudo o que você é que há esperança de vida em meio ao lodo da morte. Você é um lírio. Tem sabedoria divina para dizer não à impureza, inteligência do Espírito para afastar-se do mal, discernimento da Palavra de Deus para saber o que é certo e o que é errado.

"Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão.” Isaias 1.18.

Sujou-se? Ainda é tempo de voltar atrás de purificar-se de toda imundícia. Há outros lírios no campo que podem ajudar você a voltar a perfumar o mundo. Mantenha a sua pureza. Espalhe o seu perfume. Não se desvie do Senhor quando estiver rodeado da podridão dos pântanos. Não há virtude em cheirar mal enquanto o mundo emite o odor da morte. Há virtude, sim, em recender o perfume de Jesus em narinas cansadas de fedor. Você é um dos poucos lírios virtuosos que podem fazer isto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Um bebê que sobreviveu ao aborto - Gianna Jessen

Amados,

Este é o testemunho de Gianna Jessen, uma menina que sobreviveu ao aborto.
Que as palavras desta sobrevivente amplie o seu entendimento sobre a vida.

Abração
Joubert



domingo, 10 de abril de 2011

A Disciplina do Senhor - 1



Joubert de Oliveira Sobrinho, pr.
Palavra ministrada na Família Campo Belo – 03.04.11


“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não deixes a lei da tua mãe; Ata-os perpetuamente ao teu coração, e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida”, Pv 6.20-23.

“Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado. E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”; Hb 12.3-14

Visões deturpadas da disciplina

A palavra disciplina vem do latim e significa “instrução”, “treinamento”. Ela apresenta conotações amplas: modo de vida de um grupo (incluindo seus métodos e penas aos transgressores); tipo de vida ascética e de penitência; flagelos da correção da vida monástica; treinamento sistemático visando aprimoramento e cumprimento de algum propósito e; curso acadêmico ou matéria de estudo.

Enquanto a Bíblia declara a disciplina natural e necessária, para alguns pais a palavra disciplina adquiriu uma conotação de autoritarismo, abuso e falta de diálogo típico das gerações anteriores, motivo de seu banimento na educação dos filhos, segundo Dr. Içami Tiba. O construtivismo, uma linha pedagógica experimentada a partir dos anos 80, por exemplo, repudia qualquer ação disciplinar, considerando-a arcaica, controladora e prejudicial.

“[Disciplina] não é obediência cega às regras, como um adestramento, mas um aprendizado ético, para se saber fazer o que deve ser feito, independentemente da presença de outros. Aliada à ética, a disciplina gera confiança mútua nas pessoas – um dos fortes componentes do amor saudável que traz progresso à humanidade. Disciplina é um dos fortes ingredientes da competência profissional, da cidadania, da boa convivência familiar, do aprendizado escolar, da economia psíquica e financeira, da ponderação e da felicidade... Tenho insistido em que um dos pilares para consolidar a sociabilidade é a disciplina, base fundamental para a formação e organização de toda e qualquer pessoa, estrutura, família, grupo e sociedade.” (TIBA, 2006, p. 15,16).

Percebam o plano maligno de tirar a potência, denegrir a ideia de disciplina a fim de impedir a edificação do caráter dos indivíduos:

Na Suécia, pais suecos foram presos por aplicar disciplina. Governo lhes tirou os filhos. No final de 2010, um tribunal regional da Suécia sentenciou um casal a nove meses de cadeia para cada um e os multou o equivalente a 10.650 dólares depois que eles confessaram que batiam em três de seus quatro filhos como parte normal de seus métodos de educar e disciplinar filhos. Em 1979, a Suécia tornou crime os pais aplicarem castigo físico nos filhos, uma medida que foi o primeiro passo, de acordo com um advogado de direitos dos pais nos EUA, para o Estado sueco praticamente se apoderar de toda a autoridade e direitos dos pais. Documentos do tribunal, citados pela Televisão Sveriges, disseram que os pais, cujos nomes não foram divulgados na imprensa, “explicaram que haviam usado o que eles mesmos descreviam como bater e castigo físico como parte de seus métodos de criar os filhos”. Os documentos disponibilizados não dão nenhuma indicação de que os pais cometiam abusos, e o tribunal ainda comenta que os pais “tinham um relacionamento de amor e cuidado com os filhos”. Apesar disso, os pais foram mandados para a prisão e multados em 25.000 coroas suecas para cada um dos “filhos afetados”. Os filhos foram enviados para um orfanato sustentado pelo Estado, onde estão desde junho deste ano, e Mike Donnelly, diretor de relações internacionais da Associação de Defesa Legal da Educação Escolar em Casa (ADLEEC), que tem sede nos EUA, disse para LifeSiteNews.com que é “extremamente improvável” que os filhos sejam devolvidos para sua família. Donnelly disse que esse caso é típico dos casos de muitas famílias com valores tradicionais na Suécia: “Na área de direitos da família na Suécia, as coisas realmente não estão indo bem ali”. Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/2010/11/pais-suecos-sao-presos-por-aplicar.html

A disciplina na Bíblia

No AT, disciplina (heb. mûsãr, yãsar) geralmente indica instrução com recompensas e punições visando orientar a conduta de obediência às leis divinas. De Deus emana a disciplina: “E hoje sabereis que falo, não com vossos filhos, que o não sabem, e não viram a instrução do SENHOR vosso Deus, a sua grandeza, a sua mão forte, e o seu braço estendido”, Dt 11.2. A Lei do Senhor ou de Moisés é um aspecto desta disciplina com recompensas e punições.
Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida. No caminho da sabedoria te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar. Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e se correres não tropeçarás. Pv 3.10-12.

Em Lv 26.14-39 há uma lista de castigos que poderiam vir sobre o povo que desprezasse a Lei do Senhor. Se lêssemos de relance poderíamos nos espantar com toda a sorte males: pragas, pestes, pobreza, feras selvagens, lavouras improdutivas, destruição de propriedades, fome, espada, cativeiro, medo, saudade, enfermidades, desolação e morte. No entanto, uma leitura acurada nos mostra que o interesse divino era o retorno do povo à comunhão divina. A cada dois ou três versículos há uma declaração de Deus dizendo “e se ainda não me derem ouvidos...”, mostrando que por detrás da punição está o amor de um Pai quem não quer o mal dos filhos.

No NT, disciplina (gr. paideia, paideuõ) traz a ideia de instrução e orientação de natureza positiva, associada mais ao amor que à lei. Jesus elevou a disciplina a um meio essencial e desejável de alcançar altos objetivos; o termo é aplicável a treinamento de crianças e modos de correções com a finalidade de conduzir ao propósito correto.

Entende-se, então, a disciplina bíblica como instrução, correção, admoestação, ensino e treinamento que aprimora, molda, atribui força, completa, valoriza e aperfeiçoa o caráter. É educação moral obtida através da submissão à obediência por meio da supervisão, inspeção criteriosa e minucioso exame, quer seja no treino infantil do cultivo da mente para a obediência e cuidado do corpo, quer seja no treino do adulto, no cultivo da alma através da correção de erros e contenção das paixões para a purificação e o crescimento nas virtudes. Ela é uma virtude que emana de Deus e é delegada a instituições como governo, famílias, igrejas e escolas, e deve encontrar morada nos indivíduos.

A disciplina efetuada pelo Pai celestial tem em paralelo a figura do pai humano que corrige seus filhos: “Saberás, pois, no teu coração que, como um homem corrige a seu filho, assim te corrige o Senhor teu Deus”, Dt 8.5. A filiação espiritual do crente é assegurada através da disciplina divina. O amor de Deus permeia e é a fonte de suas repreensões e ações corretivas, pois tem a finalidade de prover benefício e cumprir o seu bom propósito.

Porque a disciplina é necessária

O homem e a mulher foram criados em destaque, num plano superior, acima de todas as demais criaturas da terra; ambos foram criados deliberadamente, não acidentalmente, à imagem e semelhança de Deus, isto é, de certa maneira, parecidos com Deus e, ao mesmo tempo, distintos dos animais, com faculdade e disposição para se relacionarem pessoal e conscientemente com o Criador de maneira única. Afora os atributos divinos exclusivos, verificam-se características semelhantes, entre o ser humano e Deus, nos atributos morais oriundos do caráter de Deus e que fazem parte das qualidades morais humanas: bondade, amor, misericórdia, clemência, compassividade, paciência, fidedignidade, fidelidade, justiça, etc., além das competências de autorreflexão, autoconsciência, autodeterminação, transcendência, perscrutação, conhecimento, sociabilidade, criatividade, etc.

Adão e Eva viviam de forma ilibada, em total inocência, ausência de malícia, vergonha ou culpa pelo desconhecimento do bem e do mal. “Além de serem inocentes, sem malícia, Adão e Eva eram moralmente virtuosos em função do estado em que foram criados, pois Deus os dotou de perfeição moral. [...] não denota meramente a ausência de maldade, mas também a presença da bondade – não se trata, simplesmente, da ausência de vício, mas a presença real da virtude.” (GEISLER, 2010, p. 12)

Ao comerem do fruto proibido Adão e Eva perpetraram a desobediência e se tornaram pecadores trazendo sobre si condenação que se estendeu para toda a sua descendência. “...pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, Rm 5.19. Sem coação e por livre decisão da vontade, o casal decidiu desafiar a Deus, rejeitar sua Palavra e dar credibilidade à palavra enganadora e rebelde de Satanás gerando morte, depravação, destruição, trágicas consequências para toda a Criação e para todas as estruturas do ser humano onde dantes habitava a inocência, a virtude, a santidade e a plena comunhão divina.

Portanto, a disciplina é fundamentalmente necessária ao ser humano por causa do estado de imperfeição de sua natureza pecaminosa. Sem a disciplina não haverá saúde no caráter, paz na família, equilíbrio na sociedade nem felicidade. Ela deve ser bem aplicada, com base nas orientações divinas, e bem recebida, já que o objetivo de sua aplicação saudável é o retorno à perfeição da imagem e semelhança de Deus e o cumprimento do propósito divino para a existência, como exposto no texto de Hb 12.5-11.

A pior situação para um ser humano é estar sem a disciplina do Senhor

Por outro lado, a ausência de instrução evidencia desafeição, ódio e desdém, conforme Hb 12. A correção é parte do amor dedicado a trazer crescimento e maturidade àquele que faz parte da família.

O pior que pode acontecer é Deus deixar de nos disciplinar, como fez com Israel, por um tempo: Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o, Os 4.17. Também em Jr 7.28. Significava que já não havia sensibilidade no povo para reagir em retorno a Deus. O castigo seria inútil. O mesmo é descrito em Isaías 1.5: Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Isto significa que não adiantava corrigir, a insensibilidade por causa do pecado já tinha endurecido e enfermado o coração. É isto o que ocorre quando os homens freiam a verdade de Deus e escolhem se manter na injustiça, conforme Paulo em Rm 1.24,26,28: Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;

No Salmo 73, Asafe descreve a vida dos que não têm a disciplina do Senhor. A eles, aparentemente, nenhum mal ocorre. Não eram disciplinados, corrigidos; todo o caminho lhes era aberto para fazerem o que bem entendessem. Isto incomodou tanto Asafe que este chegou a questionar a razão de se manter buscando a pureza enquanto aqueles viviam regaladamente em seus pecados. Porém o salmista, no santuário, teve uma revelação: viu o fim deles e compreendeu que não vale a pena deixar de se submeter à orientação de Deus.

Continuaremos no próximo estudo a tratar deste assunto. Veremos alguns exemplos de personagens bíblicos que se submeteram à disciplina do Senhor em diferentes níveis e como o Senhor disciplina seus filhos de forma diferente, justa, de acordo com o crescimento e maturidade de cada um.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A religião verdadeiramente perseguida no mundo hoje é o cristianismo! Ou: de corajosos e covardes

Leiam e vejam mais um ousado artigo de quem não tem medo de falar a verdade. Reinaldo Azevedo é um atalaia ao mencionar a perseguição ao cristianismo.
A mídia ignora o assunto, trata-o como irrelevante, porém, sabe-se que nas últimas décadas morreram mais cristãos como mártires do que em todos os séculos desde o início da era cristã.

Nataniel Scheffler em seu blog http://refletindoumpouquinho.blogspot.com postou o texto com imagens para facilitar a mensagem. Se quiser pode ler o texto logo abaixo ou diretamente do blog Reinaldo Azevedo, na VEJA: http://tinyurl.com/68x4qvn

Recomendo.

Abração
Joubert


04/04/2011
 às 19:25

A religião verdadeiramente perseguida no mundo hoje é o cristianismo! Ou: de corajosos e covardes

Os nazistas capturavam vilarejos na Segunda Guerra e transformavam os civis em reféns. A cada soldado alemão morto no conflito, podiam executar, sei lá, cem civis. Mas nem eles matavam pessoas sob o pretexto de que o Mein Kampf tinha sido vilipendiado… É claro que estou fazendo uma ironia macabra! É para ver se certos cérebros  ligam nem que seja no tranco! É inacreditável— ou melhor: é acreditável, mas é espantoso! — que delinqüentes intelectuais no Ocidente responsabilizem dois pastores imbecis, que queimaram um exemplar do Corão no EUA, pelos atentados terroristas no Afeganistão!
Com raras exceções, a imprensa ocidental teve a moralidade seqüestrada pela lógica do terrorismo islâmico. É um troço escandaloso! Durante a “revolução egípcia”, a chamada “Primavera Árabe”, que leva Arnaldo Jabor ao delírio, igrejas foram queimadas, cristãos foram assassinados pelo simples fato de… serem cristãos!, casas foram invadidas. Procurem saber o que a imprensa noticiou a respeito. Quase nada!
Atenção! Há, sim, uma religião perseguida no mundo hoje. É o cristianismo! A quase totalidade de mortes em razão de perseguição religiosa se dá contra cristãos: na Nigéria, no Sudão, na Indonésia, em quase todos os países árabes, sejam eles aliados do Ocidente ou não. Há quase dois milhões de filipinos católicos trabalhando na Arábia Saudita, fazendo o serviço que os nativos se negam a fazer. Estão proibidos de cultuar sua religião. A transgressão é considerada um crime grave. Na Nigéria, no Sudão ou na Indonésia,  não se queimam exemplares da Bíblia, não; queimam-se pessoas mesmo!
Ninguém dá a menor pelota porque, afinal, o cristianismo é considerado uma religião ocidental — o que, diga-se, chega a ser uma outra burrice histórica; está fora das “vítimas influentes”. Até a minoria Bahá-í, no Irã, tem mais prestígio. Quando digo “até”, não é para subestimar ninguém. A questão não é qualitativa, mas quantitativa. São milhões os cristãos submetidos ao regime de terror, sem que isso comova os “defensores da humanidade”. Parece que o cristianismo não merece nem o olhar caridoso nem o militante.
Não obstante, em nome da “tolerância” religiosa, os nossos “pensadores” eximem de seus próprios crimes os facínoras afegãos que saem degolando a primeira coisa que se mova — desde que estrangeira — para protestar contra a “violação” de seu livro sagrado.
A que se deve isso? Por incrível que pareça, a esquerda antiamericana, antiocidental, vê no islamismo uma espécie de aliado, ainda que regimes fundamentalistas, ainda que os comunas sejam os primeiros a ir para a forca quando os regimes  fundamentalistas se instalam. Os esquerdistas ainda não perceberam que só a democracia ocidental, que eles adoram odiar, garante-lhes a devida segurança para que possam tentar destruir a… democracia ocidental.
De resto, detesto gente covarde! E covardes protestam contra a queima de exemplares do Corão nos Estados Unidos. Os realmente corajosos vão protestar contra a queima de Bíblias em Cabul!!!
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O RETORNO DE HITLER


Luiz Sayão 


            Uma das figuras mais sombrias do século 20 foi o ditador nazista Adolf Hitler. O artista desiludido austríaco conseguiu crescer na política alemã dos anos 30 até tornar-se o chanceler de um pretenso império germânico que acabaria se desmoronando em 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial. As terríveis decorrências do governo de Hitler ainda hoje nos causam espanto e pavor. Além da perseguição deflagrada contra os judeus, bastante conhecida e divulgada, e dos campos de concentração criados pelo regime nazista, Hitler foi o causador direto e indireto de atrocidades imensuráveis. Conforme as estimativas, a Segunda Guerra Mundial deixou cerca de 70 milhões de mortos, sendo mais de 24 milhões de russos, 20 milhões de chineses, 7.5 milhões de alemães e 6 milhões de judeus. Destes, 60% eram civis. A perseguição e os maus tratos atingiram diversas comunidades como ciganos, eslavos, homossexuais, judeus, evangélicos e comunistas. Um dos principais mártires evangélicos do período nazista foi Dietrich Bonhoeffer. Entre os teólogos renomados que perderam sua posição por causa da intolerância Führer, destacam-se Karl Barth e Paul Tillich.
            As propostas imperialistas e racistas de Hitler chocaram o mundo por sua frieza no processo de condenação, prisão e assassinato dos “indesejados” para o sistema. O assassinato de milhares de pessoas calculado e premeditado associado às experiências genéticas e científicas cruéis e desumanas deixaram o mundo consternados. Estávamos diante de um império da morte.
            No entanto, parece que a percepção desta realidade está mudando. A consternação perdeu espaço nos últimos anos. Rencentemente, por exemplo, conversei com alguém que comentou uma aula de filosofia. Nela a professora afirmou a lógica da sociedade relativista: “o que Hitler fez é errado para nós, mas para eles estava certo. Cada cultura e sociedade decide o que acha certo ou errado.”
            Voltando a atenção para a perspectiva bíblica, vamos encontrar o fato de que Deus é descrito como o Deus que dá a vida e tem poder sobre ela (Dt 30.15; 1Sm 2.6; Ne 9.6). Em grande parte, a teologia do Antigo Testamento é uma teologia da vida. A relação de polarização “vida-morte” marca muito da revelação das Sagradas Escrituras. O primeiro pecado humano tem como retribuição o castigo da morte (Gn 2.17). Em seguida, o que é vedado ao homem, que deseja indepedência de Deus, é a árvore da vida (Gn 3.22-24). Toda impureza ritual que encontramos em Levítico está relacionada com a morte. Os animais ligados à morte (carnívoros e rastejantes) não podem ser comidos (Lv 11). A impureza do fluxo do homem e da mulher os tornam imundos (Lv 15), pois o que era para ser vida tornou-se morte. Toda a promessa de bênção para Israel envolve bênçãos da terra e de prosperidade, que são, em resumo, uma celebração da vida. Basta ler as decorrências da aliança de Deus com Israel em Deuteronômio 27-29 e observar como a distinção básica é bênçãos para a vida e ameaças que significam morte. O salmista louva a Deus e clama ao Senhor por causa daquilo que representa a diferença entre a vida e a morte (e.g. Sl 30). A renovação da promessas de Deus por ocasião do exílio está claramente apresentada por Jeremias: “Ponho diante de vocês o caminho da vida e o caminho da morte” (21.8). Quando chegamos ao Novo Testamento, a polaridade permanece, agora, porém, o enfoque é distinto. A qualidade de vida sobe! A vida que está em vista é de qualidade plena e superior é a vida eterna (Jo 3.16). O próprio Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Já a morte absoluta descrita no Novo Testamento também é a morte eterna.
            Conforme podemos observar, o Deus da Bíblia cria, enfatiza, valoriza e concede vida e vida em plenitude (Jo 10.10). Quem crê tem vontade de viver e razão para celebrar a vida. Para falarmos sobre isso, é preciso entender que a vida é um valor importante nas Escrituras por causa da perspectiva bíblica da realidade. Segundo as Escrituras, o ser humano é imagem de Deus (Gn 1.26), o que lhe dá significado no universo e dignidade intrínseca. O homem possui origem e propósito definidos e caminha teleologicamente para um destino, sob o domínio divino. O ser humano sobrevive após a morte e terá de prestar contas de sua vida a Deus, o justo juiz. Neste sistema bíblico, faz sentido viver. Todavia, quando isso é deixado de lado, o sistema desmorona e passamos a caminhar na direção de uma cultura “da morte”.
            Será que é sem razão e explicação que vivemos numa sociedade que banalizou o aborto e que trivializou a violência? Por que, à semelhança do paganismo greco-romano antigo, há uma obsessão crescente na sociedade pela morte e pela violência? Há uma sede de sangue no ar! Os filmes de terror, obsessão máxima pela morte, tornaram-se divertimentos triviais. É a triste universalização do “Halloween” americano. Não é assustador e estarrecedor observar a busca da morte nas drogas e nas experiências radicais sexuais e religiosas que rondam o público adolescente e juvenil, em pleno vigor da vida? Por que grupos de rock como ACDC, Kiss e Sepultura fazem sucesso e cativam tantos fãs? Como entender a epidemia mundial de suicídio, principalmente em países abastados, incluindo crianças e adolescentes? O que está acontecendo conosco? Socorro! Parem o mundo que eu quero descer! A irrelevância e a fascinação da morte nos assustam!
            O fato é que, sem o Deus da vida, caminhamos para a morte. Estamos de novo sob a sombra de Hitler, filho lógico da sociedade secular, pós-nietzscheana. A verdade é que a sociedade secular, que se enraizou na cultura ocidental nos últimos quatro séculos, a partir da natureza e do homem, não tem base para estabelecer e defender o valor da vida e do ser humano. Sem Deus, o homem está morto. Sem Deus, não há paradigmas, e sem paradigmas absolutos, não há razão para viver. Sentimos a maresia e a náusea dos escritos existencialistas ateus. Por que o racismo de Hitler deve ser condenado? Em que base? Se o ser humano não tem valor intrínseco, por que uma etnia específica teria algum valor? Se não há parâmetros para definir o que é certo e errado, como dizer que Hitler cometeu crimes contra a humanidade? O americano imperialista belicoso, o terrorista radical islâmico, o índio que comete infanticídio e o neonazista homicida estão todos corretos em seus próprios pontos de vista! Só resta a voz (ou a arma) do mais forte para impor a lei, neste admirável mundo bárbaro.
Nossa sociedade está em crise. O fato é que em muitos países, assassinos são hoje protegidos pela lei. O aborto tornou-se “direito” e sinal de “avanço”. O suicídio tornou-se “requinte” de sociedades sofisticadas. O nível de barbárie dos crimes apavoraria até os carrascos de Auschwitz: “Vemos pedofilia seguida de morte, canibalismo, chacinas, crianças homicidas, suicídio coletivo, etc.” Onde vamos parar?
A sociedade secular, com seu humanismo, ateísmo e agnosticismo, nunca foi coerente com seus pressupostos. Embora crítica do cristianismo, sempre viveu de seus valores. No secularismo ateu não há lugar para a misericórdia, a caridade, o amor e a esperança. Os ateus e agnósticos vivem, na prática, com idéias cristãs de amor, igualdade, perdão, etc. A grande pergunta é: “o que acontecerá conosco quando tivermos gerações criadas sem a influência cristã?” Se Deus não existe e não juízo final, e a vida é apenas agora, um mero acidente que deu certo, a lógica necessária é a selvageria. O que vale é aproveitar ao máximo o pouco que temos neste mundo sem lei e sem lógica. A questão se torna muito mais relevante quando vemos a barbárie crescente presente em nosso cotidiano e o surgimento de uma nova empreitada hostil de ateus e agnósticos contra a expressão religiosa, particularmente contra o cristianismo, exemplificada na obra recente de Richard Dawkins. Se não considerarmos a história de nossa tradição ocidental, com sua herança cristã e suas decorrências, corremos o sério risco de ver uma versão piorada do que foi o nazismo; seria o “retorno de Hitler”.

Luiz Sayão
Fonte: http://tinyurl.com/4xsl43x