sábado, 23 de abril de 2011

As produções de Fanny Crosby


As produções de Fanny Crosby


Joubert de O. Sobº 
Devocional CRE de 11.04.11

Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaías 55.11


Quando Jesus se referiu aos males que procedem de dentro do coração dos homens, ele estava mencionando a fonte das ações humanas. Para que se produzam bons frutos é necessário que o coração esteja purificado e transformado por Deus. Do contrário nossas ações não serão melhores que qualquer um que desconheça a Deus.

Pessoas más produzem abundantemente aquilo que transborda de seus corações. Elas, sem paz, sem sossego, produzem e expelem seus males de muitas maneiras:

Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar, e as suas águas lançam de si lama e lodo. Isaías 57.20

Algumas pessoas, porém, transbordam virtudes e vida exemplar, mesmo estando em “certa desvantagem”, comparadas a outras. Vamos conhecer a excepcional Fanny Crosby.

Fanny nasceu em Putnam County - NY, no dia 24 de março de 1820, em perfeitas condições de saúde. Era a bênção que seus pais sonharam. Os vizinhos e parentes logo quiseram conhecer a luz da linda menina com que Deus iluminou aquela família.

Depois de um pouco mais de um mês, os olhos de Fanny apresentaram uma enfermidade. Era uma infecção. Foram ao médico, mas o clinico que conheciam não estava. Um outro médico os atendeu e receitou cataplasmas (uma pasta)  de mostarda quente. Fato é que a menina ficou completamente cega com menos de seis semanas de vida. O doutor teve que fugir da cidade. Foi muito difícil para seus pais imaginarem o que seria da Fanny no futuro. A luz, as cores, a escuridão da noite, o brilho das estrelas e da lua, o sol do meio-dia, jamais seriam vistos por ela.

Seu pai faleceu logo depois e sua mãe teve que trabalhar enquanto ela ficava com a avó. Com a vovó ela passou a maior parte do tempo enquanto crescia. Vovó leu a Bíblia para ela, a fez conhecer as histórias da Palavra de Deus e a receber, logo cedo, a salvação em Jesus Cristo.

Ela nada enxergava, mas não reclamava. Desde cedo, compunha muitos poemas e poesias de louvor a Deus.
Aos oito anos de idade escreveu este poema:

Que criança feliz sou eu!
Não posso ver, mas tenho decidido ser feliz,
Porque tenho muitas bênçãos que outros não têm;
Portanto, eu não chorarei ou lamentarei por ser cega!

Posteriormente, em sua biografia escrita em 1903, ela afirmou que o melhor de sua vida foi ter aprendido a Bíblia, suas histórias e seu ensino. Seu amor pelas Escrituras Sagradas foi demonstrado de muitas maneiras. Ela disse:

Aos 10 anos, eu podia recitar de cor os primeiros cinco livros do Antigo Testamento e os primeiros quatro livros do Novo Testamento sem cometer um erro sequer; também podia recitar muitos poemas.

Ela se casou com o professor de música Alexander Van Alstyne. Sofreu, porém, grande dor ao perder seu único filho ainda criança.

Apesar de ser uma poetisa, ela nunca havia composto uma canção. Resolveu colocar as palavras de louvor em música e, aos quarenta e quatro anos de idade, compôs seu primeiro hino de louvor e adoração... E não parou mais! Ela compôs mais de 8.000 belíssimos hinos exaltando a Deus.

Sua fama cresceu, mas mantinha sua humildade. Conheceu presidentes, foi a primeira mulher a falar ao Senado dos Estados Unidos, fazia conferências e palestras em vários lugares.

Dizia ser feliz por nunca ter visto. Sua cegueira não permitiu que ela visse ninguém na vida. No entanto, ela se alegrava porque a primeira pessoa que ela veria, após sua morte, seria Jesus. Em seus últimos dias pode dizer aos que a rodeavam:

Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.

Fanny faleceu em 1915 deixando milhares de hinos que até hoje são cantados nas igrejas. Seu amor pela Palavra de Deus e sua produção de cânticos exalta a Jesus continuamente por mais de um século.

Hinos compostos por Fanny:
  • ·       A Deus demos glória por Seu grande amor
  • ·       Desperta já, meu coração
  • ·       Conta-me a história de Cristo
  • ·       Santo Espírito, ouve com favor
  • ·       Somente um passo a Cristo
  • ·       Cristo te chama com mui terno amor
  • ·       Pecador, teus pecados, brancos
  • ·       Que segurança, sou de Jesus
  • ·       Mais perto da Tua cruz
  • ·       Quero o Salvador comigo
  • ·       Quero estar ao pé da cruz
  • ·       Nós marchamos para aquele bom país
  • ·       Ama o teu próximo, busca o perdido
  • ·       Salvo em Jesus, meu Mestre

Pense em si mesmo e pergunte: O que tenho produzido? Qual tem sido o tipo de frutificação de minha vida? Quando eu fechar os olhos o que deixarei para as pessoas do mundo? Elas continuarão onde eu comecei? Poderão glorificar a Deus com a minha produção?

Que Deus prospere tudo o que você fizer:

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará. Salmo 1.3

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