sábado, 17 de março de 2012

O Poder da Pequena Semente


O Poder da Pequena Semente 
Joubert de Oliveira Sobrinho
Devocional CRE – 12.03.2012
As sementes de mostarda estão abaixo e à direita da figura acima

E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra. 
Marcos 4:30-32

Arqueólogos encontraram sementes de trigo nas pirâmides. As pirâmides eram as tumbas dos Faraós. Os egípcios criam que, para viagem pós-morte do Faraó, precisavam suprir todas as necessidades, colocando junto da múmia vários objetos de arte, móveis, vasos e pratos de ouro e alimentos como mel e cereais. Um pesquisador resolveu plantar algumas daquelas sementes de trigo a fim de conhecer a qualidade do grão dos tempos do Antigo Egito. As sementes, mesmo inertes por mais de 4.000 anos, germinaram e frutificaram sem nenhuma diferença das sementes de hoje.

Na semente está concentrado todo o poder de reprodução da vida, sendo que, em condições propícias, pode seguir o propósito de sua existência mencionado por Jesus: a arrecadaçãoo dos frutos no dia da colheita.

E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa. Marcos 4:26-29

Os dois tipos de sementes

A Bíblia se refere a dois tipos de semente: a corruptível e a incorruptível:

Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23

Corruptível é aquilo que se corrompe, que se estraga, vicia, perverte, apodrece, seduz.
Incorruptível é aquilo não se corrompe; que é incapaz de se deixar corromper, estragar, apodrecer ou subornar.

Pedro, quando menciona a semente corruptível, está se referindo à velha vida pecaminosa e, quando fala da semente incorruptível, refere-se à Palavra de Deus, que tem o poder de nos conceder uma nova vida, a vida eterna, em Jesus Cristo. A vida cheia de pecado foi resultado da semeadura de Adão e Eva. Quando eles pecaram aceitando a palavra de Satanás, eles rejeitaram a Palavra de Deus, a semente incorruptível e semearam seus corações com a semente que se corrompia, que apodrecia, a semente do pecado. Jesus veio para que nos livremos da vida cheia de pecados da semente que se corrompe e sejamos semeados com a semente que não se corrompe, a Palavra de Deus, que nos lava e nos dá a vida eterna.

O joio e o trigo


Para ajudar a explicar a nossa situação Jesus contou a parábola do trigo e do joio – Mateus 13.24-30

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. Mateus 13:24-30

Como eles poderiam diferenciar o trigo do joio na ceifa? Apesar de ambos serem muito parecidos, a diferença ficaria evidente na etapa final. O joio não tem espiga cheia, isto é, não produz grãos na espiga, permanecendo leve e altivo. O trigo, quando começa a encher as espigas com os grãos, começa e se curvar devido ao peso dos grãos. Assim é mais fácil reconhecer o trigo e o joio no momento da colheita.

Que havemos de apresentar a Deus os frutos de nossa semeadura está evidente no texto de Paulo aos Coríntios:

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. 1 Coríntios 3:11-15

Não despreze as coisas pequenas nem os pequenos começos

Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Zacarias 4.10

Os vícios e as corrupções da vida começam com algo pequeno. Pequeno como uma semente. Pesquisas indicam que as pessoas que hoje são viciadas em drogas pesadas e destruidoras como o crakc e o óxi iniciaram sua caminhada em direção à morte com o uso das drogas lícitas: bebida alcóolica e cigarro. Se não tivessem dado a primeira tragada no cigarro nem a primeira experimentação da bebida, provavelmente não chegariam às drogas mais destrutivas.

Um médico fumante conhecido meu confessou-me que jamais deveria fumar, pois ele tinha visto na dissecação dos cadáveres nos estudos de anatomia como ficava um pulmão de alguém que fumava. As placas de nicotina são como chicletes pretos que grudam no interior dos pulmões onde deveria receber o ar. Onde estão as placas já não pode entrar o oxigênio, sendo o fumante condenado a perder aos poucos a capacidade respiratória. Pensando em nosso texto bíblico, o hábito foi criado plantando-se uma pequenina semente tragada em baforadas de cigarro e de[pois se tornou um grande arbusto, uma grande árvore não tão fácil de removê-la de sua vida.

Por esta razão é tão importante não desprezar as coisas pequenas, os pequenos começos. Considerando isto seria bom aos pais reverem a prática de permitirem aos filhos a experimentação da bebida ou fumo conforme a idade. Muito mais agora em que se descobriu que o alcoolismo se torna uma herança genética. É possível verificar em laboratório se uma pessoa tem o potencial para se tornar uma alcoólatra. Ela pode nunca ter bebido, porém, se beber, sentirá como se já tivesse bebido muito anteriormente e terá toda a possibilidade de rapidamente se viciar e se tornar dependente.

Semente Incorruptível
Palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre

É preferível investir na semeadura da semente incorruptível, a Palavra de Deus viva e que permanece para sempre. Jesus comparou seu reino a uma semente muito pequena que é a semente de mostarda. Aqui no Brasil existe uma semente de mostarda que é bem maior que a semente a qual Jesus se referia. Esta é tão pequena quanto um ponto feito com lápis ou caneta, senão menor. Esta tão pequena semente se torna um arbusto tão grande que as aves do céu podem usufruir de sua sombra.

Agora está em nossas mãos decidir que tipos de semente permitiremos que se plante em nosso coração. Não importa se são pequenas. O que realmente importa é se são corruptíveis ou incorruptíveis. Oro para que, ao final, você possa se alegrar junto com o seu Senhor pelo bom resultado de sua colheita.

terça-feira, 13 de março de 2012

OPÇÃO PELA INCERTEZA

SER CRISTÃO É FAZER OPÇÃO PELA INCERTEZA

Israel Belo de Azevedo




Quando Youcef Nakhardani escolheu ser cristão no Irã sabia que podia ser colocado na cova dos leões. Uma vez ali, pode ver Deus tapando as bocas dos leões e voltar para casa, como aconteceu com Daniel, ou pode ser devorado pelas feras, como aconteceu com tantos cristãos ao tempo dos imperadores romanos.

Quando uma família ora por sua mãe enferma pode ter certeza que Deus a está ouvindo, mas não tem qualquer garantia que ela ficará curada. Deus cura alguns doentes e não cura outros e isto não tem a ver com a quantidade de orações proferidas e nem com a santidade das pessoas que intercedem. O modo com que Ele intervém tem a ver com sua sabedoria, soberania e santidade juntas.


Ser cristão é fazer uma opção pela incerteza. (Obrigado, William Douglas.) Isto nos ajuda a avaliar se cremos mesmo em Deus ou nas coisas (cura e prosperidade, no topo) que esperamos que nos dê.


domingo, 11 de março de 2012

Corte Européia disse “não” à proibição de crucifixos em escolas italianas. Quem defendeu o direito de exibição do signo? Um judeu ortodoxo, de quipá na cabeça! Isso é civilização!


08/03/2012 às 16:34

Não pensem que os ateus e laicistas que pretendem eliminar os crucifixos das repartições púbicas brasileiras inovam, não! Essa não é uma luta nativa. Ao contrário! Há um movimento mundial neste sentido. A questão chegou à Corte Européia de Direitos Humanos, que fica em Estrasbugo, em fevereiro de 2011 — e não poderia haver ambiente mais laicista do que aquele. Não foi o crucifixo que venceu, mas o bom senso.
Qual é o caso? Sintetizo (leia mais aqui) . Sole Lautsi, uma miliante do ateísmo, recorreu à Justiça italiana para que, atenção!, SE PROIBISSE a exposição de crucifixos nas escolas da Itália. Perdeu! Procurou então a Corte Européia. Numa primeira instância, ganhou. O estado italiano recorreu, e se deu o grande e final jugalmento.
Por 15 a 2, o tribunal pleno da Corte Européia decidiu que as escolas italianas TÊM, SIM, O DIREITO, SE QUISEREM, DE EXIBIR O CRUCIFIXO. O advogado da Itália, no caso, foi Joseph Weiler, um judeu ortodoxo. Já falo mais sobre ele. FEZ A DEFESA COM O QUIPÁ NA CABEÇA!!! E de graça. Judeu que é, conhece as falanges do preconceito e da intolerância. Com humor, chegou a afirmar, como lembrou o caro leitor Gandalf, neste blog: “Se eu recebesse algo por essa causa, diriam: ‘Esse judeu é capaz até de defender o crucifixo por dinheiro!’”.
Atenção para esta fala:
“A secularização é excludente porque favorece a crença secular e exclui todas as outras crenças, especialmente as religiosas, enquanto o princípio da neutralidade e inclusivo porque permite as crenças religiosas e seculares no espaço público”. A afirmação é de Gergor Puppinck, diretor do Centro Europeu Pela Lei e Justiça.
Entenderam o ponto? Uma coisa é impor o crucifixo como símbolo do estado; outra é reconhecê-lo como expressão da liberdade e da história de uma nação. Proibir os crucifixos, entendeu a laicíssima Corte Européia, corresponderia a uma forma de exclusão, não de inclusão. Não descarto, claro!, que o doutor Wadih Damous, presidente da OAB-RJ, que quer depredar duas obras de arte do STF sob o pretexto de exercer a laicidade do estado, tenha alcançado altitudes teóricas mais elevadas do que os 15 juízes da Corte Européia que souberam distinguir liberdade de imposição.
Falo daqui a pouco do advogado judeu Joseph Weiler.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 9 de março de 2012

A fala de um bestalhão covarde e arrogante : “Zombaremos de Jesus, mas não de Maomé”, diz chefão da BBC


08/03/2012 às 18:38



Vejam este senhor. É Mark Thompson. É o chefão da BBC. Traduzo, abaixo, texto publicado no ultimo dia 29 pelo The Christian Institute sobre uma entrevista por ele concedida. Leiam. Volto em seguida.

Mark Thompson: Eis um homem corajoso contra quem não pode lhe fazer mal!
O chefe da BBC, Mark Thompson, admitiu que a rede BBC jamais zombaria de Maomé como zomba de Jesus.  Ele justificou a espantosa confissão de preconceito religioso dando a entender que zombar de Maomé teria o mesmo peso emocional da pornografia infantil. Mas tudo bem zombar de Jesus porque o cristianismo suporta tudo e tem pouca relação com questões étnicas.

Thompson diz que a BBC jamais teria levado ao ar “Jerry Springer -The Opera” — um polêmico musical que zomba de Jesus — se o alvo fosse Maomé. Eles fez essas declarações numa entrevista para um projeto de pesquisa da Universidade Oxford.
Thompson afirmou: “A questão é que, para um muçulmano, uma representação teatral, especialmente se for cômica ou humilhante, do profeta Maomé tem o preso emocional de uma grotesca peça de pornografia infantil”. O porta-voz da BBC não quis comentar as declarações.

No ano passado, o ex-âncora da BBC Peter Sissons disse que é permitido insultar os cristãos na rede, mas que os muçulmanos não podem ser ofendidos. Sissons, cujas memórias foram publicadas numa série no Daily Mail, afirmou: “O Islã não pode ser atacado sob nenhuma hipótese, mas os cristãos, sim, porque eles não reagem quando são atacados”. O ex-apresentador disse também que os profissionais têm suas respectivas carreiras prejudicadas se não seguem essa orientação da BBC.

Voltei
Acho que está tudo aí e que não poderia haver evidência mais miserável destes dias. Bem, meus caros, qual é ponto deste “blogueiro reacionário”, como dizem alguns autoritários idiotas, que não se conformam com o fato de esta página ter sido acessada, só ontem, 107.420 vezes?


Por mim, todos os temas da cultura — inclusive as religiões — podem ser objetos de representação teatral. O corajoso Thompson, no entanto, acredita que os muçulmanos devem ser preservados de qualquer abordagem, irônica ou não, porque, ora vejam, eles não gostam. Para o chefão da BBC, uma ironia com os islâmicos pode ser tão grave quanto a “pornografia infantil”. Com o cristãos? Ora, com esses, vale tudo. 

Nota: o cristianismo é hoje a religião mais perseguida do mundo; é a religião que tem o maior números de fiéis assassinados em razão de sua escolha. E os perseguidores são… grupos muçulmanos! Isso não torna culpados todos os muçulmanos? Não! Apenas os perseguidores.

Convenham: o senhor Thompson é, antes de tudo, um farsante. E é a prova viva de uma frase deste escriba no livro Máximas de Um País Mínimo

“Os covardes pregam a morte de Deus no Ocidente; os verdadeiramente corajosos pregam a morte de Alá em Teerã”.

O sr. Thompson, como se vê, não tem nem mesmo a coragem de fazer uma piada com Alá em Londres. Ele só é ousado quando sabe que o outro lado não vai reagir.

Em suma, é um bestalhão covarde e arrogante.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 8 de março de 2012

A única perseguição religiosa que há no Brasil é aos crucifixos. Ou: O argumento tolo de que ou todas as religiões são representadas ou nenhuma. E digo por que é tolo


08/03/2012
 às 6:51

A única perseguição religiosa que há no Brasil é aos crucifixos. Ou: O argumento tolo de que ou todas as religiões são representadas ou nenhuma. E digo por que é toloPor Reinaldo Azevedo

Direitos e valores coletivos, à diferença do que pensam os que se auto-intitulam “progressistas”, estão correndo riscos. As minorias organizadas estão, aos poucos, minando valores universais para impor a sua pauta. Vale para a turma da bicicleta ou para aqueles que se querem representantes do “laicismo” e defendem que se cassem e se cacem os crucifixos dos tribunais. Nesse caso, com o devido respeito também a alguns leitores por quem tenho estima, o mais tolo dos argumentos é o que sustenta que “ou se contemplam todas as religiões ou não se privilegia nenhuma”. Então vamos pensar.

Fundamento

O crucifixo não está nos tribunais porque os juízes vão julgar segundo os dogmas de uma religião, mas porque aquele signo concentra valores, ATENÇÃO!, da nação brasileira, de sua história e de sua formação. Eliminá-los corresponde a uma tentativa de reescrever essa história. Quando alguém diz que, então, elementos de outras religiões deveriam estar presentes, passa a operar com outro critério, que é o da REPRESENTAÇÃO. Ora, caso se vá levar adiante esse critério, é preciso ser sério: mais de 90% dos brasileiros são cristãos. Logo, a exposição desses elementos teria de ser feita segundo uma hierarquia, certo? Mas esperem.

Os ateus continuariam excluídos, uma vez que, para eles, aqueles elementos todos são inúteis e não espelham o seu pensamento. Ao se eliminar o crucifixo, o que se tem por óbvio? Já que é impossível expressar todas as convicções, então que não se expresse nenhuma! Logo, os que abraçaram o critério da representação acabam se dando por satisfeitos que prevaleça a convicção da minoria: a parede nua! Em nome da justiça, folgam, então, com a injustiça. É bonito isso?

Não! O meu critério, já disse, não é esse. Aqueles crucifixos, para começo de conversa, não estavam lá — e não se espalham Brasil afora — por força de uma lei, mas de uma herança cultural. É UMA EXPRESSÃO DA NAÇÃO, NÃO DO ESTADO. SIM, O ESTADO É LAICO, A NAÇÃO É RELIGIOSA. A religião da maioria, é bom destacar, vive em harmonia com todas as outras crenças. A ÚNICA PERSEGUIÇÃO QUE HÁ NO BRASIL É AOS CRUCIFIXOS. Eliminar esses signos corresponde a tentar levar confusão onde ela não está instalada.

Ademais, há uma covardia essencial nisso tudo, de que tratarei em outro post — nele, farei um desafio ao presidente da OAB do Rio. Se ele tiver uma boa resposta, publicarei de bom grado. Mas sigo. Ora, caso se leve, então, a sério a representação, o que estariam querendo dizer seus defensores? Que as demais religiões tiveram na formação da nação brasileira e sua mentalidade a mesma importância do cristianismo? Bem, acho que ninguém correria o ridículo de afirmá-lo.

A verdade, lamento, é que os novos perseguidores de crucifixo, em nome da igualdade, estão é sendo notavelmente intolerantes. Na Internet, com raras exceções, os que defendem a proposta com unhas, dentes e poucos argumentos afirmam as maiores bobagens sobre a Igreja Católica, a Santa Inquisição, as Cruzadas… No fim das contas, tudo restolho de anos de marxismo chulé nas escolas, nos cursinhos, nas faculdades, em que rematados ignorantes deixam de lado os fatos para fazer proselitismo de suas convicções.

Um bobalhão mandou um comentário pra cá: “Não venha me dizer agora que a Inquisição não matou ninguém…” Claro que não vou dizer! Ele é que não se conforma com o fato de que a Revolução Francesa tenha matado em quatro anos mais do que o Santo Ofício em quatro séculos. Ademais, o que isso tudo tem a ver com o caso? Devo considerar agora que todas as idéias republicanas são essencialmente más porque Robespierre cortava cabeças?

Se o debate devesse se concentrar nos valores essenciais do cristianismo e nos valores essenciais do laicismo, tentando saber, vá lá, quem matou mais, a conta seria amplamente favorável aos cristãos. MAS O DEBATE NÃO É ESSE!!! Eu me oponho à caça aos crucifixos porque vejo nisso a intolerância de uma minoria e a tentiva de apagar a história. A ação foi de uma tal Liga Brasileira de Lésbicas. Suas representantes deveriam se envergonhar. O cristianismo foi a primeira grande corrente religiosa e de pensamento a dignificar as mulheres e a lutar de maneira organizada para protegê-las de práticas homicidas.

Não! Não é o laicismo do estado que está na base dessa escolha. É a intolerância.

Por Reinaldo Azevedo - http://tinyurl.com/7b72afu