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Exclusivo: Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel
David Martosko
O oficial de inteligência do bloco soviético da mais alta patente a ter fugido para o Ocidente afirma em seu novo livro que o terrorismo islâmico antiamericano tem raízes em uma conspiração secreta da KGB da década de 70 para prejudicar os EUA e Israel por meio da disseminação, em países muçulmanos, de propagandas cuidadosamente dirigidas.
“Por volta de 1972”, de acordo com o livro, “a máquina de desinformação de Andropov funcionava sem parar para persuadir o mundo islâmico de que Israel e os Estados Unidos pretendiam transformar o mundo todo em um feudo sionista”.
“De acordo com Andropov, o mundo islâmico era uma placa de Petri onde a comunidade da KGB podia cultivar uma cepa fatal de ódio antiamericano a partir da bactéria do pensamento marxista-leninista”.
Essas declarações vêm do ex-tenente-general Ion Mihail Pacepa e do professor de direito da Universidade do Mississippi, Ronald Rychlak.
Em seu livro, intitulado Disinformation (Desinformação), Pacepa revela os segredos que guardou por décadas como chefe do aparato de espionagem da Romênia e da polícia secreta, o DIE, antes de receber asilo político nos EUA em 1978.
Andropov assumiu a KGB poucos meses após a Guerra dos Seis Dias entre os árabes e Israel em 1967, na qual Israel humilhou os aliados importantes da União Soviética: Síria e o Egito. Ele então decidiu acertar as contas treinando militantes palestinos para sequestrar aviões da companhia aérea El Al e bombardear locais estratégicos em Jerusalém.
Os Protocolos, de acordo com Pacepa, se tornaram “a base de boa parte da filosofia antissemita de Hitler”. E a KGB, segundo ele, disseminou “milhares de cópias” em países muçulmanos durante a década de 70.
Em 1972, escreve Pacepa, sua agência DIE “recebeu da KGB uma tradução em árabe dos Protocolos dos Sábios de Sião junto com um ‘documentário’ material, também em árabe, ‘provando’ que os Estados Unidos eram um país sionista”.
Ele foi ‘instruído’, acrescenta, a disseminar ‘discretamente’ ambos os ‘documentos’ em países islâmicos específicos.
“Durante meus últimos anos na Romênia”, lembra-se, “todos os meses o DIE disseminava milhares de cópias no seu círculo de influência islâmico. Nas reuniões que tive com meus correspondentes dos serviços de inteligência húngara e búlgara, com quem tinha relações próximas na época, descobri que eles faziam o mesmo em seus respectivos círculos de influência islâmicos".
A KGB assumiu a “autoria secreta” por uma série de ataques contra alvos israelenses poucos anos antes de Pacepa deixar a Romênia, afirma, listando onze deles. Dentre eles está o ataque de 30 de maio de 1972 no Aeroporto Ben Gurion, que deixou 22 mortos e 76 feridos, e o bombardeio de 4 de julho de 1975 à Praça Sião, em Jerusalém, em que 15 pessoas foram mortas e 62 ficaram mutiladas.
As campanhas de desinformação do primeiro-ministro soviético Nikita Khrushchev, da era Kennedy, “aumentaram a distância entre o cristianismo e o judaísmo”, afirmam os autores. E “a desinformação de Andropov virou o mundo islâmico contra os Estados Unidos e provocou o terrorismo internacional que hoje nos ameaça”.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original do Daily Mail: EXCLUSIVE: New book reveals how KGB operation seeded Muslim countries with anti-American, anti-Jewish propaganda during the 1970s, laying the groundwork for Islamist terrorism against U.S. and Israel
Fonte: www.juliosevero.com |
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terça-feira, 2 de julho de 2013
Novo livro revela como uma operação da KGB disseminou em países muçulmanos propaganda antiamericana e anti-Israel na década de 70, construindo a base do terrorismo islâmico contra os EUA e Israel
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