quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Se eu pudesse ser um pardal...



Se eu pudesse ser um pardal...

Devocional CRE – 23.08.2010
Joubert de Oliveira Sobrinho

No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o Verbo se fez carne e habitou entre nós... João 1.1,14

A ENCARNAÇÃO NAS ESCRITURAS
A encarnação é um dos mais maravilhosos ensinamentos das Escrituras. É um mistério que nos foi revelado em vários momentos. Primeiro havia a promessa de Deus, no Antigo Testamento, de que o Messias, o Ungido, viria para salvar-nos. Durante dezenas de séculos essas promessas foram sendo confirmadas por Deus através de seus profetas que as documentaram, Isaías 7.14.

Até que um dia o anjo Gabriel anunciou à Maria que ela teria um filho gerado pelo Espírito Santo em seu ventre e o nome dele seria Jesus (Y@howshuwa = Jeová é Salvação), Lucas 1.26-38. Paulo chama esse momento de “a plenitude do tempo”, em que Deus enviou seu Filho, Gálatas 4.4, indicando que aquele era o instante exato em que deveria ter acontecido, Mateus 1.23.

Também jamais nesta vida compreenderemos a totalidade desta experiência. Imagine que você nasceu de família muito rica, possuindo muitos bens, rodeado de todo amor, cuidado e afeto que sempre quis e, de repente, você acordasse sobre jornais, debaixo de uma ponte, com fome, todo sujo e maltrapilho, ao lado de um esgoto e com ratos caminhando a o seu redor. Por mais perplexo que você possa ficar ao pensar como seria desagradável esta experiência, com Jesus foi infinitamente mais chocante. Paulo o descreve em Filipenses 2.5-11.

Jesus, que, embora sendo Deushttp:, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servohttp://, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em formahttp:// humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Auto-aniquilação e auto-humilhação
Jesus era Deus, o Verbo, e vivia envolvido na glória divina desde a eternidade, mas por amor a nós, a fim de nos abrir o caminho para o Pai e nos salvar, aceitou enfrentar um processo de auto-aniquilação, traduzido como a frase: “esvaziou-se” de si mesmo; ou seja, tornou-se nada, vazio, ou anulou a forma de Deus (não a essência) para assumir a forma humana (corpo físico, mas sem pecado). Mas não foi só isso. Depois ele se submeteu a outro processo: o de auto-humilhação, pois, na forma de homem, ao invés de ser um nobre, poderoso e rico governador, tornou-se servo obediente até a morte mais cruel e vergonhosa: na cruz.

Após cumprir sua missão, Deus exaltou Jesus acima de tudo, restaurou-lhe a glória da qual havia aberto mão, confirmou-lhe o nome de autoridade, Jesus, conquistado sobre tudo e todos. Diante dele e ao nome dele todos hão de se prostrar e se submeter um dia. Nós temos o privilégio de fazer isto desde já. Você também?

HÁ UM FORTE MOTIVO PARA DEUS TER VINDO À TERRA
Havia um homem idoso que, após a morte da esposa, resolveu morar nas montanhas. Os membros da igreja de sua esposa periodicamente iam visitá-lo desejando que ele não ficasse tanto tempo sozinho. Um homem foi visitá-lo com seu filho certa manhã. Além de levar uma cesta com bolinhos e geléias feitos em casa pretendiam convidá-lo para as comemorações da véspera de Natal da igreja. Quando ouviu o convite, seu semblante mudou. Balançando a cabeça negativamente foi dizendo que não comemorava o Natal desde a morte da esposa e, além disso, não via nenhum motivo para Deus ter vindo à terra como homem. Logo depois, olhando pela janela, agradeceu e recomendou que pai e filho se apressassem para ir embora antes da tempestade que estava para cair. Um pouco frustrados, pai e filho partiram.

Aquele idoso de barba branca sentou-se ao lado da lareira. A nevasca estava chegando e o vento esfriava ainda mais. De repente ele ouviu um barulho estranho. Lá fora um bando de pardais batia na vidraça fugindo da tempestade. Sabendo que os pardais morreriam se não se refugiassem em um abrigo, colocou um casaco e foi até o celeiro. Abriu as portas na esperança de que os pardais ali se refugiassem. Eles não vieram. Então acendeu a luz para atraí-los. Nada. Os pardais estavam desorientados. Ao ver que não entravam, jogou um pouco de fubá perto da porta. Mas eles se dispersaram. A nevasca já começava a cair e o velho resolveu se agachar ao lado do celeiro esperando que entrassem, mas os pardais estavam tão atemorizados que não entendiam a ajuda disponível.

Cansado e decepcionado o velho pensou: Se eu pudesse ser um pardal, eles não teriam medo de mim. Eu poderia explicar que não quero prejudicá-los. Só quero protegê-los da tempestade. Imediatamente  lembrou-se das palavras que sua esposa um dia havia lhe dito: Deus veio à terra como homem porque não havia outro meio de provar o quanto Ele nos ama. Lágrimas desceram pelo rosto do velho enquanto olhava os pardais do lado de fora do celeiro. Jamais poderia dizer novamente que não via nenhum motivo para Deus ter vindo à terra como homem. Também haveria de repensar o convite para as comemorações do Natal com seus irmãos.

Um comentário:

  1. NINGUÉM, faria isso!!! NINGUÉM tem um amor tão maravilhoso como esse....Jesus é simplesmente D+..... ótimo texto!!! bjo

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