À Família CEDUC
Como Jesus amou sua mãe Maria
Joubert de Oliveira Sobº – Capelão
Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele
amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois
disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu
em sua casa. Jo 19.26,27
Na dor só importa o
urgente
Uma vez
senti a tremenda dor no abdome. Era uma cólica renal, a segunda maior dor depois da dor do
parto. Logo aprendi uma coisa: em meio à dor, não se pensa em coisas de menor
importância. Na dor, só o que é urgente e importantíssimo poderá ocupar nosso
pensamento.
Você sabe que Jesus sofreu muito antes e durante a crucificação. Dores
insuportáveis percorriam seu corpo. Cãibras, deslocamento de juntas, músculos
rasgados, nervos estirados, feridas inflamadas, dificuldade respiratória, além
disso, a carga emocional da angústia diante da morte e o inimaginável peso espiritual
de levar os pecados de todo o mundo sem nunca ter cometido pecado algum. Na
cruz, em sua mente só havia lugar para o que era extremamente importante.
Em meio
àquela imensa dor, Jesus olha para baixo e vê seu discípulo João, sua mãe Maria
e outras mulheres. Enquanto a dor se agudiza e a morte se aproxima, Jesus
considera que uma coisa muito importante precisa ser feita: pede a João que
cuide de Maria como se fosse sua mãe; e a ela, que o tome por filho. João
cumpriu fielmente este pedido levando-a para sua casa.
Não é interessante? Para Jesus, cuidar de sua mãe era algo
importantíssimo. Principalmente se lembrarmos que Jesus tinha irmãos e irmãs,
ainda não convertidos, que poderiam assumir aquela responsabilidade (Mt
13.55,56; Lc 8.19-21; Jo 2.12; 7.3-10). Por alguma razão, naquele instante, Jesus
não contava com eles.
O que aprendemos com
isto?
1) é possível ter como mãe uma mulher que não nos gerou;
2) é possível ter como filho alguém que não foi gerado em nosso
ventre;
3) nem sempre os filhos amparam seus pais;
4) é característica do amor divino fazer todo o possível para amparar os
pais em sua velhice.
O que se tornou
importante para a menina
Havia uma
menina que amava sua avó. A velhinha lhe contava histórias e cuidava dela com
carinho. Mas, a mãe da menina constantemente maltratava sua avó. Tanto que um
dia a mãe expulsou a avó do quarto, tirou-lhe a cama e a fez dormir no chão da
cozinha, numa esteira com tapetes.
Quando a avó desprezada morreu, com muita
tristeza a menina pegou a esteira e os tapetes, enrolou e procurou um lugar
para os guardar. A mãe, vendo o que a filha fazia, perguntou:
–
Por que você está guardando esses panos sujos?
Ela
logo respondeu:
– Mamãe, quando
você ficar velhinha como a avó, eu vou por você para dormir ali no chão da
cozinha, sobre a esteira com tapetes.
Lembre-se
que colhemos o que plantamos. Cuidemos de nossos pais com amor, honra e
dignidade. Não precisamos reproduzir os erros de nossos antepassados. É
promessa do Senhor abençoar a vida de quem tem esse cuidado:
Honra a teu pai e a
tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus,
te dá. Êxodo 20:12
Honra a teu pai e a
tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, Efésios 6:2
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