CRE - Centro Renovo de Educação
Devocional da Capelania - 01/06/2009
Pr. Joubert de Oliveira Sobrinho
A santidade de Deus é bela, agradável e excelente. É uma das virtudes ou atributos de Deus que adornam seu caráter. Através dela, Deus é moralmente puro, perfeito e separado, acima do que é mau e imperfeito.
Por outro lado o mundo não consegue entender sua própria maldade. Sua perversidade é horrível, sua crueldade é degradante, repugnante, abominável. Pagaríamos qualquer preço para vivermos longe dela, não é? Porém a imperfeição humana está mais perto do que imaginamos: no coração de cada pessoa neste mundo.
A Bíblia chama de pecado este estado de imperfeição, esta disposição para a transgressão. Adão e Eva foram criados em santidade. Eram puros e separados do mau. Quando romperam seu relacionamento com Deus, desobedecendo-o, trouxeram para sua natureza, para a sua descendência e para toda a criação, o horror do pecado.
É o pecado que tira a beleza humana. Junto a tantas obras admiráveis estão os atos mais vergonhosos, indignos e repugnantes que o ser humano pode cometer. Enquanto alguns usam da ciência médica para salvar vidas e aliviar o sofrimento, outros a usam para o contrabando de órgãos, o aborto e o desprezo pela vida. Uns aplicam a justiça para defender o pobre, o injustiçado e preservar o direito, outros dela se utilizam para convencer da falsidade, constranger o fraco e obter lucro indevido. Enquanto alguns utilizam a tecnologia para preservar e manter a vida (como a produção de alimentos), outros a utilizam para engendrar dispositivos de destruição em massa. Enquanto alguns formam família para ser o reduto de paz, segurança e amor, outros tornam a família o ambiente de abuso sexual, violência e destruição. Essa duplicidade de sentidos, essa capacidade ampla para o bem e para o mal destrói o próprio ser humano e demonstra o quanto estamos longe da santidade, da perfeição e pureza para a qual Deus originalmente nos preparou.
Quando trouxeram para Jesus a mulher surpreendida em adultério, diante da Lei ela estava condenada a morrer apedrejada por seu pecado. Jesus desafiou aos presentes que aquele que não tinha pecado deveria atirar a primeira pedra, Jo 8.1-12. Todos os acusadores daquela mulher foram embora. Ninguém se considerava sem pecado o suficiente para condenar e matar aquela mulher. Na verdade o único sem pecado ali era Jesus. Ele perguntou para ela: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.
Jesus, mesmo cheio de santidade, de perfeição e pureza, não condenou aquela mulher como não quer condenar a ninguém, hoje, pelos seus pecados. Ele veio com a missão de resgatar pecadores para nos levar a Deus. Com este resgate está a possibilidade de vivenciarmos o processo de santificação, fundamental para nos apresentarmos diante de Deus: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, Hb 12.14
Ao entregarmos nossa vida a Jesus, somos lavados dos nossos pecados e o Espírito Santo vem habitar em nós nos separando da conduta maligna e comum do mundo, mudando nossos costumes, nos levando a andar como quem pertence somente a Deus e é fiel a ele: Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. Hb 12.9,10.
É possível, neste mundo corrompido em seus valores, demonstrar a beleza da santidade de Deus. Muitos jovens cristãos que guardam a virgindade para o casamento resolveram declarar que o amor é puro. Um anel passou a ser usado pelos que assumem publicamente essa postura. Nele está a inscrição: uma vida, um amor.
Olhar para as imperfeições humanas faz mal e desanima a qualquer um. Mas podemos voltar os nossos olhos para a beleza da santidade de Deus. Mais ainda quando começarmos a reconhecê-la se manifestando em nós e em nossos irmãos mudando nossos pensamentos, conduta, vida e também o mundo.
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