terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Imagine se tivéssemos a coragem deste bispo que se opôs ao Terceiro Reich



Posted: 01 Feb 2011 12:16 AM PST
26 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família/Breakpoint.org) — No começo desta semana, lhes contei a história de Lothar Kreyssig, o juiz alemão protestante que desafiou o programa do Terceiro Reich de livrar a Alemanha do que chamavam de “vidas indignas de viver”.
(A história de Lothar Kreyssig está logo abaixo postado em 25.o1.11)
Mas embora Kreyssig tivesse sido uma exceção, ele não estava sozinho.
Clemens August Graf von Galen era o Bispo de Muenster. Ele se tornou bispo em 1933, no mesmo ano em que Hitler chegou ao poder, e desde o início ele dificultou a vida para as autoridades nazistas.
Ele se opunha às políticas do Reich na educação e seus ataques à liberdade religiosa. Quando outros estavam fazendo tudo o que podiam para evitar provocar os nazistas, von Galen partiu para a ofensiva retórica: Ele zombava da ideologia nazista e defendia a autoridade do Antigo Testamento contra os ataques nazistas.
Mas o confronto mais importante de von Galen com o regime ocorreu por causa do programa Ação T4 — a campanha nazista para eliminar os deficientes físicos e mentais. Em 1941, a perseguição nazista aos católicos, a qual incluía enviar milhares de padres para campos de concentração, havia feito com que importantes prelados alemães, conforme o historiador Richard Evans descreveu, “mantivessem a cabeça baixa”.
Mas à medida que mais e mais pacientes deficientes estavam sendo assassinados, manter a cabeça baixa se tornou equivalente à cumplicidade com a maldade. Além disso, como von Galen percebeu, era fútil — porque os nazistas iam perseguir a Igreja Católica, de todo jeito.
Portanto, em julho e agosto de 1941, ele deu uma série de sermões que denunciavam o regime nazista. Ele disse para o povo alemão que se os deficientes podiam ser mortos com impunidade, “então o caminho está aberto para o assassinato de todos nós, quando ficarmos velhos e fracos e assim improdutivos”. Se dava para um regime desprezar o mandamento contra o assassinato, dava também eliminar os outros nove mandamentos”.
Os sermões provocaram sensação internacional: Cópias foram enviadas para os soldados alemães nas linhas de frente; a BBC leu trechos no ar. O líder nazista local exigiu que von Galen fosse executado. A irmã do bispo, uma freira, foi detida e trancada no porão do convento, do qual ela escapou subindo e saindo pela janela.
O próprio von Galen esperava ser martirizado. Mas algo extraordinário ocorreu: Os nazistas recuaram. Os sermões do bispo estimularam o público: enfermeiras e assistentes hospitalares começaram a obstruir o programa. Então, Hitler decretou uma ordem suspendendo que adultos deficientes fossem mortos nas câmaras de  gás.
Embora os nazistas tivessem continuado a matar os deficientes, principalmente as crianças, eles mataram menos e faziam todo o possível para esconder o que faziam. Conforme Evans escreveu, não fosse pelas ações de von Galen, os nazistas teriam prosseguido sem impedimentos em sua meta de livrar a sociedade alemã “daqueles que continuavam a ser um peso sobre ela”.
Von Galen viveu mais do que o Terceiro Reich, mas não muito: logo depois de ser feito cardeal em 1946, ele morreu de uma infecção de apêndice. Mas ele não foi esquecido: em 2005, ele foi beatificado pela Igreja Católica. Em termos católicos, isso faz dele o “Bendito Clemens von Galen”. Mas somos nós que somos abençoados com exemplos como o dele e o de Lothar Kreyssig. Eles assumiram a postura de defender a vida em circunstâncias difíceis que não podemos imaginar e forçaram uma ditadura demoníaca a recuar.
Imagine o que poderíamos realizar hoje com o tipo de compromisso e coragem deles.
Este artigo foi reproduzido com permissão de breakpoint.org
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário